FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO
MAR
Geral: de segunda a quinta, das
8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça
a domingo, a partir das 14h.
Cinema do Dragão-Fundação Joaquim
Nabuco: de terça a domingo, das 14h às 22h.
Museus: de terça a sexta, das 9h
às 19h (acesso até as 18h30); sábado, domingo e feriados das 14h às 21h (acesso
até as 20h30). Gratuito.
Multigaleria: de terça a domingo,
das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
OBS.: Às segundas-feiras, o
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus,
Multigaleria e bilheterias.
► [CINEMA] FESTIVAL VARILUX
O Festival Varilux de Cinema
Francês segue em pleno crescimento e registra um recorde do evento no Brasil. A
edição de 2017, entre os dias 7 e 21 de junho, chega a mais de 55 cidades,
distribuídas em 21 estados e Distrito Federal. Em Fortaleza, o Cinema do Dragão
é uma das salas de exibição do festival, com programação até dia 21 de junho. A
programação deste ano é composta por 19 produções inéditas nos cinemas
brasileiros, incluindo um documentário e um clássico.
Os maiores astros do cinema
francês estarão presentes na seleção: o público poderá conferir os mais
recentes trabalhos de Catherine Deneuve, Gérard Depardieu, Juliette Binoche,
Marion Cotillard, Guillaume Canet e Cécile de France. Outro destaque é à última
atuação da inesquecível Emmanuelle Riva, falecida em janeiro último, em
“Perdidos em Paris”.
São Paulo e Rio de Janeiro
recebem a delegação formada por diretores e atores das várias produções e que
participam de debates com o público. Como nas edições anteriores, algumas
cidades realizam sessões educativas e sessões de democratização em locais
alternativos ou com pouco acesso a cinemas, gratuitas ou com preço especial. As
sessões educativas estão previstas com o filme “A Viagem de Fanny”, de Lou
Doillon, e o documentário “Amanhã”, codirigido por Cyril Dion e pela atriz
Mélanie Laurent.
O Festival oferece ao público
novas atividades paralelas este ano, com a organização de mesasredondas e
sessões democráticas em varias cidades, em parceria com as Alianças Francesas
do Brasil e ColaborAmerica, também para refletir sobre temas ambientais
abordados em “Amanhã”. A primeira será dia 10 de junho, no Rio de Janeiro.
Sucesso na França, o filme já foi visto por mais de 1 milhão de pessoas e
premiado com o César de melhor documentário em 2016. Para realizar a obra, a
dupla de diretores viajou por vários países para retratar pioneiros que
reinventam agricultura, energia, economia, democracia e educação.
Conheceram iniciativas positivas
e concretas já funcionamento e que sinalizam o que pode se tornar o mundo no futuro.
Sucesso de público em 2016, quando levou 156 mil pessoas aos cinemas, o
festival repete o formato do ano passado com duas semanas de exibição.
Produzido pela Bonfilm, o evento tem patrocínio principal da Varilux/Essilor,
Ministério da Cultura através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e
Secretaria de Estado de Cultura, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura
do Rio de Janeiro.
FILMES CONFIRMADOS
O Festival conta com 19 filmes na
programação. Entre eles, “Um Instante de Amor”, de Nicole Garcia, com atuação
elogiada de Marion Cotillard, ganhadora do Oscar de 2008 por "Piaf - Um
hino ao amor"; "Rock'n roll - Por trás da fama, comédia auto-satírica
de Guillaume Canet, e “Frantz”, o mais recente filme de François Ozon, uma
surpreendente adaptação do filme de Ernest Lubitsch de 1932, com o novo astro
do cinema francês Pierre Niney (“Yves Saint Laurent”).
Seguindo a tradição de exibir um
clássico do cinema francês, o Festival Varilux traz a reconhecida
comédia-musical “Duas Garotas Românticas” (“Les Demoiselles de Rochefort”), de
Jacques Demy e Agnès Varda, que completa 50 anos em 2017. O longa, com
Catherine Deneuve, foi indicado ao Oscar de melhor trilha sonora em 1969.
Programação no Dragão do Mar
Dia 13/06
14h - Reencontro
16h15 - Coração e alma
18h10 - A viagem de Fanny
20h - Na vertical
Dia 14/06
14h - Um instante de amor
16h15 - Rodin
18h30 - Perdidos em Paris
20h10 - A vida de uma mulher
Dia 15/06
14h - Uma família de dois
16h10 - Tal mãe, tal filha
18h - Frantz
20h10 - Na cama com Victoria
Dia 16/06
14h - Perdidos em Paris
15h40 - Uma agente muito louca
17h40 - Uma família de dois
19h50 - O reencontro
Dia 17/06
14h - Tal mãe, tal filha
15h50 - Rock'n'roll - Por trás da
fama
18h10 - Na cama com Victoria
20h05 - Rodin
Dia 18/06
14h - O filho uruguaio
15h55 - Perdidos em Paris
17h35 - Duas garotas românticas
19h55 - Rock'n'roll - Por trás da
fama
Dia 20/06
14h - Tour de France
15h50 - Um instante de amor
18h05 - Frantz
20h15 - Na vertical
Dia 21/06
14h - Coração e Alma
15h55 - Tour de France
17h45 - Um perfil para dois
19h40 – Amanhã
Confira a sinopse de cada filme:
http://variluxcinefrances.com/2017/
De 8 a 21 de junho de 2017, no
Cinema do Dragão. Ingressos: R$ 14 e R$ 7 (meia). Terça-feira é dia de MEIA
PARA TODOS.
► TEATRO DA TERÇA [TEMPORADA DE
ARTE CEARENSE]
Duplicité
Maria Vitória
O espetáculo é um solo da atriz
Maria Vitória que parte de uma pesquisa em torno do teatro-dança, inspirado nos
textos da escritora Clarice Lispector. A partir do pressuposto de que o ser
humano busca conceber uma imagem na qual reconheça a si mesmo e dentro dessa
imagem um paradoxo de dois “eus” que nem sempre se correspondem.
Dias 13, 20 e 27 de junho de
2017, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Classificação: 12 anos.
► ESPETÁCULOS CIRCENSES
[TEMPORADA DE ARTE CEARENSE]
Raiz do Céu
Camila Pessoa
Raiz do Céu é um número de
trapézio e tem como tema exprimir minimamente a alienação de si, quando se é
parte de uma engrenagem invisível. Há um transcorrer, uma movimentação em um
primeiro momento, no qual se desdobram aspectos corporais de uma transformação.
Num segundo momento, é o corpo suspenso no trapézio que se liberta.
Dias 14, 21 e 28 de junho de
2017, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia).
Classificação etária: livre.
► [FOTOGRAFIA] GOLPE DE VISTA
Tema: "Imagem e Cultura
LGBT: para além da visibilidade"
Os preconceitos relativos à
homossexualidade e às expressões de gênero que desafiam binarismos ainda são
muito presentes, em vários países, como é o caso do Brasil. Ainda há uma série
de motivos que impedem que pessoas que não se adequam às normas sociais que
regulam a sexualidade e o gênero saiam às ruas para manifestar e exigir
direitos. Alguns deles podem ser facilmente aqui listados: No Brasil, milhares
de pessoas LGBT morrem assassinadas simplesmente pelo fato de não se
enquadrarem aos rígidos padrões que são impostos para designar o que é “normal”
ou não. Recordemos o caso Dandara dos Santos, assassinada brutalmente em
fevereiro deste ano, aqui em Fortaleza/CE.
Ainda não é possível para casais
homossexuais, a adoção de filhos/as. Projetos de leis a favor da “cura da
homossexualidade” são, em pleno século XXI, formulados no Brasil. Dois homens
ou duas mulheres não podem demonstrar afeto publicamente sem passar por algum
tipo de humilhação e/ou violência simbólica (quando a violência não é física).
A mídia, o mercado, as escolas e o poder público veiculam, frequentemente,
estereótipos preconceituosos e infelizes sobre lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais.
A Parada do Orgulho é um momento
de visibilidade positiva e luta por direitos que promovam a equidade de gênero
e acabem com o terrorismo sexual. Não importa se uma pessoa é heterossexual,
homossexual, bissexual, transgênero, travesti ou intersex, o importante é ser
respeitada como um ser humano e ter todos os seus direitos garantidos.
Nesta edição do Golpe de Vista,
traremos as questões acima elencadas, numa conversa com cinco
artistas/ativistas que utilizam a imagem, dentre outras linguagens artísticas,
para promover a consolidação de direitos, a reflexão para a construção de uma
sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual.
São eles o jornalista Ari Areia; o designer e DJ Darwin Marinho; Régis Amora,
fundador do Descoletivo; a atriz, modelo e dançarina Jéssica Costa; e o
fotógrafo Eduardo Barrosa.
O Dia Internacional do Orgulho
Gay é comemorado anualmente em 28 de junho em todo o mundo. Comemoremos e
celebremos a diversidade nesta edição do Golpe de Vista e cotidianamente.
/// Sobre os convidados
ARI AREIA
Ari Areia é jornalista formado
pela UFC, militante pelos Direitos Humanos, Ativista LGBT e ator do Outro Grupo
de Teatro, onde desenvolve pesquisa sobre sexualidade e gênero resultante nas
montagens "Comer Querer Ver" (2012), "Caio e Léo" (2014),
"Histórias Compartilhadas" (2015) e "Ninguém" (2017).
DARWIN MARINHO
Darwin Marinho é uma bicha preta
de Tauá, designer, dj e estudante do Curso de Realização em Audiovisual da Vila
das Artes. Responsável pelo roteiro e direção do curta TETO.
RÉGIS AMORA
Membro fundador do Descoletivo.
Diretor de Comunicação do Ifoto – Instituto da Fotografia do Ceará (gestão 2014
– 2015). Finalista do prêmio La Salita, na Espanha, com o ensaio Corpos. Em
dezembro de 2016 teve a exposição individual CINE CASA como parte da Seção
Oficial do Festival Internacional Outono Fotográfico, na Espanha/ Galícia. Em
março de 2017 lançou, junto ao Descoletivo, a publicação Séries sobre o Sutil,
selecionada no Programa Produção e Publicação em Artes 2016 da Secretaria de
Cultura de Fortaleza.
JÉSSICA COSTA
É mulher, trans, negra, filha de
iansã, atriz, modelo e dançarina.
EDUARDO BARROSA
É bixa, mestrando no Programa de
Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC), integrante
do Laboratório de Arte Contemporânea, também vinculado à UFC e fotógrafo das
manas.
Dia 14 de junho de 2017, às 19h,
no Auditório. Acesso gratuito. Classificação etária: livre.
► CINE CULTURA POPULAR
O cine debate do Museu da Cultura
Cearense tem como proposta a veiculação de curtas-metragens de produtores
locais (amadores ou não) que discutam questões pertinentes ao cotidiano
cearense. Entendemos este tipo de produção audiovisual como manifestação
artística, representação, leitura e ficcionalização da realidade em que vivemos
e, portanto, pejado de potencialidades educativas.
Cultura popular é compreendida,
neste sentido, como um caleidoscópio de possibilidades enunciativas, criativas
e poéticas que circunscrevem-se num emaranhado onde a tradição e a ruptura se
inter-relacionam. Deste modo, produções que investiguem e façam conhecer as
manifestações tradicionais, contemporâneas e populares do rito, da crença, do
cotidiano, do centro, do sertão, da cidade e do litoral, das relações sociais,
etc serão apresentadas.
CURTAS DE MAIO 2017
ENCANTÁRIA
Direção: Fernanda Brasileiro
Encantária é o lugar onde seres
sagrados se manifestam através de forças da natureza. E através de Pajé
Barbosa, da etnia Pitaguary, esse lugar se revela em sua dimensão; seja em uma
roda de conversa, caminhando na Serra da Monguba seja em um ritual.
Direção de Produção: Leandro
Bezerra |Montagem: Fernanda Brasileiro | Direção de Fotografia: Alisson
Severino | Trilha Sonora: Ana Paula Oliveira
TEMPO DE LAGOA
Direção: Juan Lima, Luiz James,
Marcelino Oliveira e Wagner Abreu
A lagoa acolhe, protege e
alimenta aqueles que se achegam em suas margens, lava os que adentram suas
águas. Como um manto temporal, desacelera corpos e mentes fustigados pelo fluxo
alucinante de uma cidade que teima em lembrar que tempo é dinheiro.
Dia 15 de junho de 2017, às 16h,
no miniauditório do MCC. Acesso gratuito. Público livre.
► [MÚSICA] FORRÓ DA PRAÇA
No mês mais nordestino do ano, o
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura apresenta o Forró da Praça, uma
programação que veio para celebrar os mais tradicionais e saudosos estilos do
nosso forró. Imersa no clima junino, com direito a bandeirinhas de São João,
quadrilha improvisada e comidas típicas, a festa do forró será realizada toda
quinta-feira de junho, às 19h, na Praça Verde. Para aquecer os pés dos
forrozeiros, as noites vão começar com os DJs do projeto Borogodó Sistema Estereofônico.
Na sequência, sobem ao palco Os Muringa, que, a cada edição, serão acompanhados
por um nome diferente da música cearense. Nesta semana, as convidadas são
Nicinha do Acordeon e Paula Tesser. O acesso é gratuito.
Abrindo todas as noites de Forró
da Praça, o Borogodó Sistema Estereofônico, composto por Daniel Goiana e
Selekta Fisherman, passeia pela imensidão sonora brasileira, indo do rojão,
forró e baião ao carimbó. Logo depois, o grupo de forró Os Muringa chega
celebrando a cultura nordestina através do forró tradicional. Com muita alegria
e descontração, vão tocar desde o pé-de-serra para arrastar o pé agarradinho
até o forró mais agitado que guiará a quadrilha improvisada. “Vai ter
Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Falamansa, Dorgival Dantas e, claro,
muito Forró das Antigas”, adianta Ráu Rocha, sanfona e voz da banda.
Depois do show de Rita de Cássia,
no último dia 8, esta quinta-feira agora contará com a participação da
instrumentista Nicinha do Acordeon e da cantora franco-cearense Paula Tesser.
Na sequência, teremos ainda Néo Pinéo, Mel Mattos, Daniel Groove e Di Ferreira.
“É muito importante que um centro cultural do porte e relevância do Dragão do
Mar valorize, com uma programação ainda que sazonal, um gênero tão tradicional
da música cearense, que é o forró, promovendo ainda uma feliz troca entre o
autêntico forró e os novos nomes da cena musical do Ceará”, explica o diretor
de Ação Cultural do Dragão, João Wilson Damasceno.
Segundo o diretor, a partir deste
ano, o Forró da Praça será realizado todo mês de junho, na Praça Verde do
Dragão, seguindo o formato do Bloco Chão da Praça, programação que já entrou no
calendário do Pré-Carnaval de Fortaleza. O acesso ao Forró da Praça é
totalmente gratuito. Assim como em todas as programações realizadas na Praça
Verde, quando há venda de bebidas alcoólicas, a classificação etária é de 18
anos de idade, conforme orientação da Justiça do Estado. Não será permitida a
entrada com bebidas.
Programação
Dia 15/06
Borogodó Sistema Estereofônico e
Os Muringa convidam Nicinha do Acordeon e Paula Tesser
Dia 22/06
Borogodó Sistema Estereofônico e
Os Muringa convidam Mel Mattos e Néo Pinéo
Dia 29/06
Borogodó Sistema Estereofônico e
Os Muringa convidam Daniel Groove e Di Ferreira
/// MAIS INFORMAÇÕES
BOROGODÓ SISTEMA ESTEREOFÔNICO
Devaneio nascido de uma quimera,
percorrendo as estradas sonoras da música brasileira.
Uma antropologia capaz de
misturar diferentes vertentes num só caldeirão de ritmos e texturas originárias
do cancioneiro popular.
A beleza de melodias fortes em
cima de batidas percussivas, são apenas o tempero para a amplificação que nos
propomos a modular. Nosso laboratório são sebos e feiras nas quais garimpamos e
descobrimos a riqueza que a música brasileira foi, é e tem sido.
Queremos ser mais uma ponte que
inspire e traga o gosto da ginga e do suingue que só a música do Brasil contém.
Operando o sistema, Selektah Fisherman e Daniel Goiana vem para fazer a pista
sentir o peso da carga máxima sonora tupiniquim. “Nós somos cachaça pra se
beber”. Sejam bem-vindos a essa viagem, apertem os cintos que são muitas
rodovias rítmicas a serem percorridas.
OS MURINGA
Criado em 2009, Os Muringa é um
grupo de forró formado por quatro jovens amigos que se uniram com um ideal em
comum: difundir a cultura nordestina através do autêntico forró. É formado por
Ráu Rocha na sanfona e voz, Hailton na zabumba, Ednardo no triângulo e Alysson
Vidal na flauta e sax. Os Muringa vêm de forma irreverente expandir a
musicalidade nordestina com muita alegria e descontração em suas apresentações.
O objetivo dos Muringa é fazer um
forró jovem sem deixar de lado o regionalismo. O grupo tem o xote como um de
seus principais ritmos e suas canções denotam o amor, a saudade, a paixão, a
vida, a felicidade etc. Em 2010, lançaram seu primeiro CD, chamado “Meu forró é
pé de serra”, com algumas canções autorais e interpretações de outros
compositores.
Já em 2011, lançaram o segundo cd
intitulado “Os Muringa i é bom”, atualmente a banda gravou seu último CD,
chamado “Os Muringa – forró universitário com pós-graduação”. Atualmente, a
banda é uma das mais conhecidas em Fortaleza. Vem se apresentando nas
principais casas de forró da cidade e programas de TV. Suas influências são
Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Trio Virgulino, Dominguinhos, Alceu Valença,
Petrúcio Amorim, Dorgival Dantas, Falamansa, Rastapé, Flavio José, Luiz
Fidelis, Santana, entre outros.
Dias 15, 22 e 29 de junho (às
quintas-feiras) de 2017, das 19h às 23h, na Praça Verde. Acesso gratuito.
Classificação etária: 18 anos.
► QUINTA COM DANÇA [TEMPORADA DE
ARTE CEARENSE]
A Invenção do Baião teimoso
Balé Baião
A Cia Balé Baião se propõe a
trazer para o palco do Projeto Quinta com Dança a metáfora de uma
"teimosia dançada", protagonizada por corpos distintos, singulares,
lúdicos, místicos, dúbios, maleáveis. É “A Invenção do Baião Teimoso”,
espetáculo que traz para a cena todo o elenco da Balé Baião, veteranos e jovens
"baioenses". Corpos inacabados, em construção incessante, se
refazendo e reinventando-se à proporção que estabelecem diálogos entre si.
Corpos intactos, inabaláveis, infinitamente possíveis. Poesia de uma teimosia,
de uma ânsia rebelde em seguir adiante, em ir doravante, com o outro.
Dias 15, 22 e 29 de junho de
2017, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Classificação etária: 14 anos.
► RARA
No Barraco da Constância tem!
Atlas tropeça e deixa o universo
desabar, revelando um vazio-pleno. Esse espaço é um campo de expansão e tudo
vibra nas suas ondulações. Nesta batelada de movimentos ternários, os extremos
se encontram no infinito e recriam o não-conhecido ou o sistema das
semelhanças.
Uma bandeira, um livro, um
compasso, um ovo, umas frutas, um cálice, um osso, um cacto, uma caravela, um
esquadro, uma poeira e um disco voador. Agir pela não-ação. Perder o lugar da
fronteira. Balbuciar a linguagem. Descobrir os barulhos cósmicos. Reagrupar uma
sinfonia ao ouvido astuto. Diminuir a distância dos anos-luz. Este projeto foi
contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015.
Dias 16 e 23 de junho de 2017, às
20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). Classificação
etária: 16 anos. Mais informações: https://www.facebook.com/barracodaconstancia
► TEATRO INFANTIL [TEMPORADA DE
ARTE CEARENSE]
Ogroleto
Pavilhão da Magnólia
Um menino se percebe muito
diferente das demais crianças e lidar com essa diferença, para ser aceito,
parece não ser fácil. Nessa árdua tarefa da aceitação, ele conta com a ajuda da
sua mãe. A peça da autora canadense Suzanne Lebeau trata de temas muito
presentes na infância, como: medos, dúvidas e diferenças.
Dia 17, 18, 24 e 25 de junho de
2017, às 17h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Classificação etária: livre.
► [MÚSICA] PRAÇA DO ROCK
Realizado pelo Dragão do Mar em
parceria com a Associação Cearense do Rock, o programa mensal Praça do Rock
apresenta, a cada edição, as várias matizes do rock cearense. Em junho, confira
o thrash metal da Fist Banger Speed e a NFuria, com elementos do thrash e death
metal e grind e hardcore, com letras em português.
/// Mais informações sobre as
bandas
Fist Banger Speed
O trio de thrash metal gravou em
julho de 2013 o primeiro EP, “Invaders of the Thrash”. Lançado no fim de 2013,
o disco teve um relançamento em 2014 pelo selo e gravadora Obskure Chaos (SP).
As principais influências da bandas são Exciter, Agent Steel, Overkill, Razor e
Nuclear Assault.
Nfuria
A banda surgiu em meados de 2004,
em Fortaleza (CE), com o propósito de um estilo próprio, trazendo elementos do
Thrash/death/grind e hardcore em português que cospem na cara os problemas
sociais vividos na periferia. Com mais de uma década de existência, a Nfuri
passou por festivais importantes da cidade tais como Forcaos, Rock Cordel,
Procultura, Cuca Independente, entre outros shows undergrounds. Abriu shows
para ícones da cena como Krisiun, Worst, Matanza, Almar Vulcano. O primeiro
trabalho foi a demo “A Praga Ataca Pra Exterminar”, contendo quatro faixas,
lançado em 2012. O segundo trabalho foi o videoclipe do single “Peste Química”,
lançado em 2013. Com nova formação, a banda vem trabalhando no primeiro CD, intitulado
“Nascer da Fúria”, em comemoração aos 10 anos de carreira.
Dia 17 de junho de 2017, às 19h,
no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito.
► POLIFONIAS [TEMPORADA DE ARTE
CEARENSE]
Andrezão GDS + Impacto Feminino +
Coro MC e Banda
O programa Polifonias deste mês
apresenta três shows gratuitos de rap, no Anfiteatro do Dragão. Andrezão GDS
traz "Na certeza do groove", reafirmando seu rap de militância e
luta. As meninas da Impacto Feminino traduzem nesse estilo a força resistente
pela igualdade de gênero. As questões sociais também estão na música do Coro MC
e Banda, com o show "Vem desse naipe", de rimas cadenciadas e batidas
dançantes.
/// Mais informações sobre as bandas
Andrézão GDS – show “Na Certeza
do Groove”
Andrezão GDS é a voz da
resistência que abala as estruturas do sistema. O rap cearense confirma o seu
legado com uma nova geração de MC's de militância e luta que têm a música como
instrumento de transformação, inclusão e revolução. O Coletivo Maloqueria é
reconhecido em todo território cearense como um grupo de hip hop que vem
mudando a história. Figuras como Padêro MC, Roni Flow, Ernany RVM e Isabel
Gueixa são exemplos dessa revolução e da superação individual que tanto marca o
povo cearense, o povo nordestino, o povo brasileiro.
Juntos, eles provaram que é
possível se construir, de forma colaborativa, um ciclo de conquistas para o
movimento e garantir o seu protagonismo amparado em ações constantes. Um sonho
cultivado em vários corações e mentes que não descansam. Foi quando Andrézão
GDS chegou de São Paulo e conheceu o trabalho de Roni Flow, em 2013. Nesses
últimos três anos, junto desse time de guerreiros, GDS iniciou a trilha numa
estrada revolucionária onde se revelaram diversas perspectivas e um grande
horizonte para o rap cearense.
Foi também através dessa parceria
que o artista reuniu a mensagem cantada nas rimas que carregam as ruas banhadas
de sangue inocente e expressam o sentimento do trabalhador explorado e
condicionado à sobrevivência nessa selva de pedra.
Impacto Feminino
Impacto Feminino é um grupo de
rap cearense, fundado em 2009, atualmente formado por Karlinha Minnie, Rita
Impacto e Natalia Gois. Na busca de igualdade entre homens e mulheres e contra
a segregação, a ideia é socializar e aproximar pessoas ao movimento hip-hop,
mostrando que essa é uma cultura educativa, profissionalizante e que resgata a
autoestima da juventude feminina.
Coro MC e Banda – show “Vem Desse
Naipe”
O projeto Vem Desse Naipe é uma
forma de pôr em evidência a realidade das pessoas que vivem em comunidades
periféricas através da vivência do rapper no bairro Barra do Ceará, em
Fortaleza. Mas a sondagem proposta por Coro MC vê os impactos sociais refletidos
para além do bairro. Quando o eu lírico faz uma investigação de si mesmo, põe à
luz discussões sobre como o cotidiano influencia na formação do seu eu. Apesar
de abordar temas “pesados”, sua música é positiva, com rimas bem cadenciadas e
batidas dançantes de rap.
Dia 17 de junho de 2017, às 19h,
no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação etária: livre.
► MUSEU FERRAMENTA DE
APRENDIZAGEM
Encontros de formação mensais
para professores e coordenadores pedágogicos das redes públicas e privadas de
ensino e demais profissionais da educação interessados.
Encontro de junho –
Possibilidades pedagógicas na exposição Vaqueiros
Certamente você já conhece a
exposição Vaqueiros. Em cartaz há 18 anos, no andar inferior do Museu da
Cultura Cearense, a mostra já encantou e emocionou milhares de pessoas que por
ela passaram e vivenciaram a gostosa sensação do despertar da memória afetiva.
Mas quais referências teóricas
embasam a exposição? Quais questões seu acervo coloca? Quais as possibilidades
de aprendizado e abordagem temática? Quais metodologias os educadores do MCC
utilizam com os diferentes públicos? Na atividade, o Núcleo Educativo mergulha
no universo de metodologias e práticas de mediação na exposição Vaqueiros.
Dia 17 de junho de 2017, das 9h
às 12 h.
INSCRIÇÃO: enviar e-mail para
educamcc@gmail.com informando: nome, área de atuação profissional, instituição.
PÚBLICO ALVO: Professores,
educadores, coordenadores pedagógicos e profissionais de instituições que
vistarão o MCC.
//// TODA SEMANA NO DRAGÃO DO MAR
Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da
parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
Sempre de sexta a domingo, das
17h às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.
Planeta Hip Hop
Grupos promovem exibições de
dança e música hip hop.
Todos os sábados, às 19h, na
Arena Dragão do Mar. Gratuito.
Brincando e Pintando no Dragão do
Mar
Brincadeiras e atividades
infantis orientadas por monitores animam a criançada.
Todos os domingos, das 16h às
19h, na Praça Verde. Gratuito.
Fuxico no Dragão
Atrações artísticas e uma
feirinha com vinte expositores de produtos criativos em design, moda e
gastronomia agitam as tardes de domingo.
Todos os domingos, das 16h às
20h, na Arena Dragão do Mar. Gratuito.
//// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO
O Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura informa que o Planetário Rubens de Azevedo passa por manutenção
corretiva. Está, portanto, temporariamente fechado para atendimento ao público.
//// MUSEU DA CULTURA CEARENSE
(MCC)
► Exposição “Miolo de Pote: a
cerâmica cearense primitiva e atual”
Reunindo uma série de peças
feitas de barro, a mostra apresenta o dinamismo e vivacidade desta arte
ancestral e milenar, no Ceará, além de trazer ainda a contribuição de artistas
plásticos e visuais como Bosco Lisboa, Gentil Barreira e Tiago Santana.
Potes, panelas, alguidar, caco de
torrar café, brinquedos. A exposição Miolo de Pote revela um Ceará uno e
múltiplo, similar e diverso, em dia com as heranças indígenas, africanas,
ibéricas. “Primitiva e atual, a arte no barro mantém características próprias em
cada localidade ou região, seja no tipo de material, no desenho, nas técnicas,
seja no resultado final”, define a curadora Dodora Guimarães. Além dela, a
mostra tem ainda a contribuição curatorial da historiadora e diretora de museus
do Centro Dragão do Mar, Valéria Laena.
Miolo de Pote reúne, sobretudo,
duas coleções públicas: a do Museu da Cultura Cearense (Instituto Dragão do
Mar), feita entre 1997 e 1998, que cobriu a Região do Cariri, Saboeiro e
Iguatu; e a da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Governo do Estado do
Ceará), adquirida em 2005 e 2006, durante o Projeto Secult Itinerante, que
percorreu todo o Estado. Algumas peças advindas do Projeto Comida e da
exposição O Fabuloso Mundo do Barro, ambos do MCC, enriquecem a mostra que
conta ainda com a participação dos artistas plásticos e visuais Bosco Lisboa,
Gentil Barreira, Liara Leite, Sabyne Cavalcanti, Tiago Santana, Tércio Araripe,
Terry Araújo e Túlio Paracampos.
Instalação de Bosco Lisboa
Em julho, o MCC e o artista Bosco
Lisboa desenvolveram uma oficina gratuita, aberta ao público, cujas peças
produzidas agora são parte de uma instalação inédita, nesta exposição. Nas
aulas ministradas de 19 a
22 de julho, no ateliê da Praça Verde do Dragão do Mar, o artista ensinou as
técnicas para se trabalhar com argila.
Natural de Juazeiro do Norte
(CE), Bosco desenvolveu, por mais de dez anos, uma pesquisa com artesãos do
Sítio Touro e do bairro Tiradentes, tradicionais redutos da cerâmica de sua
cidade natal. Em 1994, passou a moldar o barro tendo em vista sua relação com o
cotidiano. Por seu trabalho, recebeu menção honrosa no Salão dos Novos em 1993,
em Fortaleza. Entre as exposições coletivas de que participou, destacam-se 1ª
Bienal do Cariri (Juazeiro do Norte, 2001), Bienal Naif’s (Sesc Piracicaba,
2004) e Projeto Abolição Tudo É de Barro, no Centro Cultural do Abolição
(Fortaleza, 2005).
Em cartaz por tempo
indeterminado, no Piso Intermediário do MCC. Visitação de terça a sexta, das 9h
às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às
21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
► Exposição Vaqueiros
Exposição lúdica, de caráter
didático, percorre o universo do vaqueiro a partir da ocupação do território
cearense pela pecuária até a atualidade. Utiliza cenografia, imagens e objetos
ligados ao cotidiano do vaqueiro.
Em cartaz permanentemente, no
Piso Inferior do Museu da Cultura Cearense. Devido à manutenção, a mostra está
aberta somente para visitas agendadas. Contato: (85) 3488.8621. E-mail:
agendamentomuseus@gmail.com.
Ações do Núcleo Educativo do MCC
[PROJETO ANUAL]AMPLIANDO OS
OLHARES / DIALOGANDO COM A OBRA
Visitas mediadas para o público
espontâneo, sem necessidade de agendamento prévio.
É imensurável a diversidade de
experiências e aprendizados dos diferentes públicos quando visitam exposições.
Os acervos expostos costumam suscitar inúmeras questões: de onde veio? Quem
fez? Qual significado? Por que está neste lugar? Para alguns, o diálogo com o
educador é essencial para significar o acervo exibido.
Todas e todos os (as)
interessados (as) em “ampliar os olhares” para as exposições do MCC e
“dialogar” com o acervo por meio de atividades diversas (oficinas, contações de
história, cine clube, jogos, descoberta dirigida, etc) estão convidados a
participar desta programação.
QUANDO: aos sábados e domingos de
junho, a partir das 17h
ONDE: Somente na exposição “Miolo
de pote”
QUEM MEDIA: Educadores do MCC.
PÚBLICO ALVO: Famílias, amigos,
casais, crianças, estudantes. Público livre.
Informações: 85 3488.8621 ou
educamcc@gmail.com
[PROJETO ANUAL] MUSEU VAI À
ESCOLA
Projeto que leva o MCC e a
educação patrimonial para dentro da sala de aula.
O “Museu vai à Escola” é uma ação
voltada para jovens estudantes dos diferentes níveis de ensino. Sua proposta é
contribuir, a partir de reflexões e atividades sobre o patrimônio cultural do
Estado do Ceará, com uma educação que aponte para questões recorrentes na
sociedade atual, suscitadas pelas exposições e acervo do MCC, estimulando os
estudantes a pensar sobre o patrimônio cultural brasileiro e fazê-los
reconhecer e respeitar a diversidade cultural dos povos e de sua própria
localidade, através de ações interdisciplinares em parceria com professores.
A atividade é realizada em dois
encontros: no primeiro, a equipe do Núcleo Educativo do MCC vai até a escola.
Lá, com suporte de materiais didáticos como quadros, imagens ampliadas,
réplicas de obras do acervo,
fotografias, dentre outros, os educadores realizam discussões dirigidas,
palestras e oficinas com a turma, com foco no conteúdo supracitado. Encerra-se
esta etapa com a apresentação do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, do
Museu da Cultura Cearense e de suas exposições.
O segundo encontro (não
obrigatório) é realizado com a visita da turma às exposições do MCC.
Os professores, coordenadores
pedagógicos e demais interessados em realizar a ação com suas turmas, devem
entrar em contato com o Núcleo Educativo do MCC pelo telefone 3488-8621 ou pelo
e-mail educamcc@gmail.com para agendar a atividade.
DATA E HORÁRIO: mediante
agendamento prévio.
CONTATOS PARA AGENDAMENTO E
INFORMAÇÕES: 3488-8621 / educamcc@gmail.com
/// MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA
DO CEARÁ
► Exposição "O fotógrafo
Chico Albuquerque, 100 anos"
A mais completa mostra sobre a obra
de um dos grandes nomes da fotografia no Brasil pode ser visitada até o dia 02
de julho no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC) do Centro Dragão do Mar
de Arte e Cultura. Realizada pelo Instituto Moreira Salles (IMS), do Rio de
Janeiro, e a Terra da Luz Editorial, do Ceará, a exposição "O fotógrafo
Chico Albuquerque, 100 anos", apresenta cerca de 400 fotografias, além de
objetos, livros, recortes, exibição de filmes ("It's All True",
"Cangaceiros"), documentários sobre ele, vídeo sobre o livro Mucuripe,
entrevistas, entre outros.
Nascido há 100 anos (25 de abril
de 1917) e falecido há 16 (26 de dezembro de 2000), "Seu Chico" como
era chamado por tantos amigos, colegas e admiradores de sua obra, foi o
precursor da fotografia na publicidade no Brasil e fez escola com sua arte que
foi, é e será sempre uma grande referência. O pioneirismo, suas múltiplas
habilidades e seu extremo domínio da luz e da técnica o levaram ao patamar de
mestre de gerações de fotógrafos Brasil afora. "Essa exposição pretende apresentar
ao público a maestria de Chico Albuquerque, que teve uma rica trajetória de
mais de 65 anos na fotografia brasileira", diz Patricia Veloso, da Terra
da Luz, que divide a curadoria com Sérgio Burgi, do IMS.
Muitas fotografias são expostas
pela primeira vez no Ceará. Elas são parte do acervo de cerca de 75 mil imagens
produzidas pelo fotógrafo cearense em São Paulo entre 1947 e 1975, que está
preservado na Reserva Técnica Fotográfica do Instituto Moreira Salles por meio
de convênio com o Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Esse material foi
digitalizado no IMS, que fez, em seguida, um minucioso trabalho de recuperação
das imagens, boa parte delas bastante degradadas. Outra parte da exposição é
composta por fotografias mantidas no Ceará, sendo, pois, um encontro de
acervos, dando uma visão de toda a obra, resultando na mais completa mostra já
realizada sobre ele.
"O fotógrafo Chico
Albuquerque, 100 anos" apresenta as várias fases de sua vida e obra. Uma
das salas lembra o período de 1934
a 1945, que são os primeiros anos da ABAFILM, fundada em
Fortaleza por seu pai, Adhemar Bezerra de Albuquerque, e o início da carreira
profissional de Chico, que esteve à frente do estúdio da empresa de fotografia
do pai. É dessa época o trabalho de still do filme It's All True, do cineasta
Orson Welles, do qual participou Chico Albuquerque, e os registros do cangaço
feitos por Benjamim Abrahão, cujo serviço foi contratado pela ABAFILM.
Em 1945, Chico Albuquerque
mudou-se para São Paulo, onde abriu seu estúdio e destacou-se como um dos
melhores retratistas do país, tornando-se um ícone da fotografia publicitária
no Brasil, atividade que iniciou em 1949 junto às maiores agências de
publicidade nacionais e internacionais.
Do período que residiu em São
Paulo datam a série de cerca de 50 retratos de artistas, políticos e outras
personalidades, as fotografias de arquitetura, moda, indústria automobilística
e as imagens urbanas da capital paulista, produzidas nas décadas de 1960 e
1970, nunca expostas em Fortaleza. Na mostra há também um espaço dedicado ao
fotoclubismo, movimento que participou como membro do Foto Cine Clube
Bandeirante e que projetou a fotografia brasileira no cenário internacional.
Mucuripe, Frutas e Jericoacoara –
Do acervo que permanecem no Ceará, estão séries como Frutas, de 1978,
Jericoacoara, sendo esteo último ensaio que realizou, em 1985, e Mucuripe, a
famosa documentação sobre os jangadeiros na praia de Fortaleza registrada por
Chico Albuquerque em duas épocas distintas. A primeira vez foi em 1952, gerando
uma grande repercussão nacional, com exposição no MASP e divulgação em revista
de circulação nacional. A segunda, 36 anos depois, em 1988, cujas fotografias
compuseram a primeira publicação do livro Mucuripe, lançado no ano seguinte.
Editora e curadora também dos livros sobre a obra de Chico Albuquerque,
Patricia Veloso lembra que as duas primeiras edições de Mucuripe tiveram o
acompanhamento do fotógrafo nos serviços de impressão em São Paulo.
Recortes e afetos – A exposição
reserva um espaço que é chamado pelos curadores como Sala dos Afetos, com
registros de pessoas que fotografaram Chico Albuquerque, fotos pessoais, da
família e lugares onde morou.
Em cartaz até o dia 2 de julho de
2017, no MAC-CE. Visitação: terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30);
e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30).
Gratuito.
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