Fio a Fio, espetáculo brasiliense
de teatro-dança, de Giselle Rodrigues e Édi Oliveira, que aborda poeticamente o
envelhecer, fica em cartaz em Fortaleza, no Teatro Dragão do Mar,
Envelhecer é paradoxal. Se a
experiência lança um vigor, o curso dos anos impõe limites ao corpo. O
espetáculo Fio a Fio - em cartaz no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
entre os dias 2 a
4 de março - é sobre este movimento do tempo, de acúmulos e perdas. Em cena,
Giselle Rodrigues e Édi Oliveira, criadores e intérpretes.
A temática nasceu durante sessões
de improvisação abertas que os artistas vinham realizando como parte de uma
pesquisa sobre processo de criação. Foi surgindo nos dois o desejo de falar
sobre como e quando se começa a envelhecer, quando o corpo começa a não
realizar atividades que antes eram simples. "Meu próprio corpo é reflexo
disso. Voltar a dançar, após vinte anos fora dos palcos, período em que atuei
como diretora e coreógrafa, foi uma redescoberta e um aprendizado sobre esse
novo corpo, que também envelhece a cada dia”, explica a coreógrafa e
pesquisadora Giselle Rodrigues, que dirige a companhia BaSiraH, em Brasília.
No palco, elementos do teatro e
da dança se fundem resultando numa dança contemporânea mais dramática e
teatral. A coreografia ampliada pela oralidade. O verbo em corpo mais potente.
“Desde o princípio do processo, buscamos dar ênfase a uma composição que primasse
pelo detalhe, pela sutileza e pela abordagem poética de pontos difíceis e até
tabus sobre o processo de envelhecer. Como contraponto, procuramos dar uma
poeticidade surgida de um trabalho com a palavra que nasceu do improviso,
gerando textos presentes no espetáculo”, afirma Édi Oliveira.
Fio a Fio estreou em outubro de
2015 no Teatro SESC Garagem, em Brasília. Em 2016 participou de dois festivais
no Brasil: Festival Brasileiro de Teatro - XVIII Edição (RJ) e o Cena
Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília (DF). Participou,
ainda em 2016, da Mostra Prêmio SESC do Teatro Candango, na qual foi premiado
em 6 categorias: melhor espetáculo, melhor direção e melhor atriz, entre
outras. Em agosto de 2017, participou, como convidado, da XVI Edição do
Festival de Danza Contemporânea de Costa Rica e do Festival do Teatro
Brasileiro em Belo Horizonte (MG). Selecionado pelo Programa Petrobras
Distribuidora de Cultura 2017/2018, o trabalho será apresentado em Palmas (TO),
Niterói (RJ) e Fortaleza (CE).
Na capital cearense serão duas
apresentações para o público em geral, no sábado e domingo, dias 3 e 4 de
março, às 20 horas, com bilheteria a preços populares: R$ 10 (inteira) e R$ 5
(meia). Na sexta-feira, 2, o projeto é voltado para a formação de platéia, sob
a mediação do arte-educador brasiliense Glauber Coradesqui. Esta sessão será
gratuita e direcionada a alunos de escolas e universidades públicas, grupos de
idosos e de pessoas surdas. Todas as apresentações serão seguidas de um
bate-papo com os artistas. Está previsto ainda, no sábado pela manhã, um
encontro dos diretores e intérpretes do espetáculo, Giselle Rodrigues e Édi
Oliveira, com artistas locais possibilitando uma troca de experiências. Todas
as atividades contam com uma intérprete em libras, ampliando e viabilizando o
acesso de surdos.
Giselle Rodrigues
Coreógrafa e bailarina, mestre em
Artes pela UnB – Universidade de Brasília, foi bailarina do Endança nas décadas
de 1980/1990. Fundadora do Basirah Núcleo de Pesquisa em Dança Contemporânea em
1997, dirigiu o grupo por 15 anos. Atualmente é professora do Departamento de
Artes Cênicas da UnB e transita nas áreas de dança e teatro como diretora,
coreógrafa, provocadora e preparadora corporal. Em 2014 foi selecionada pelo
edital Rumos Itaú com o projeto AISTHESIS.
Édi Oliveira
Graduado e Mestrando em Artes
Cênicas pela Universidade de Brasília, ator, bailarino, coreógrafo, professor
de dança e fundador e diretor artístico do dançapequena – Grupo de Dança
Contemporânea desde 2000. Dançou na Anti Satus Quo Cia. de Dança, de 1996 a 1998, e integrou o
BaSiraH – Núcleo de Pesquisa em Dança Contemporânea, a partir de 1999.
Serviço:
Fio a Fio - Espetáculo de
teatro-dança, com Giselle Rodrigues e Édi Oliveira
Onde: Teatro Dragão do Mar (Rua
Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema)
Quando: Dia 2/3*, às 16 horas -
Sessão gratuita de formação de platéia (*para público específico)
Dias 3 e 4/3, às 20 horas Quanto:
R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia)
Classificação indicativa: 12 anos
Ingressos: na bilheteria do
teatro
Fotografia: Diego Bresani
Ficha técnica:
Concepção, direção coreografia e
interpretação – Giselle Rodrigues e Édi Oliveira
Colaboração artística – Kênia
Dias e Marcelo José
Desenho de Luz – Dalton Camargos
e Moisez Vasconcellos
Cenário e figurino – Roustang
Carrilho
Trilha Sonora – Tomás Seferin
Design Gráfico – Maíra Zannon /
Ilha Design
Arte-educador - Glauber
Coradesqui
Interprete em Libras - Isah
Messias
Produção executiva – Naná Maris
Produções Culturais
Produção local –D* Projetos
Culturais
Cobertura fotográfica local -
Robson Melo
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