Foto: Armando Artoni
Há vinte anos, poucos empresários
consideravam importante o respeito ao meio ambiente. Atualmente, a
sustentabilidade é um elemento central na atividade e cada vez mais essencial
na estratégia das empresas. Durante muito tempo se acreditou, erroneamente, que
a sustentabilidade estaria diretamente relacionada ao meio ambiente.
Entretanto, essa ideia é dividida em três principais pilares: social, econômico
e ambiental. Para se desenvolver de forma sustentável, uma empresa deve atuar
de forma que esses três pilares coexistam e interajam entre si de forma
plenamente harmoniosa.
O pilar ambiental refere-se,
basicamente, à preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, além da
redução do desperdício de materiais. O social compreende ao capital humano relacionado
às atividades do empreendimento, incluindo a comunidade, o público-alvo, os
fornecedores e a sociedade em geral. E finalizando, o econômico inclui assuntos
referentes à produção, distribuição e consumo de bens e serviços, considerando
os pilares ambiental e social.
Para a ONU, entre os dez
objetivos que o mundo poderia adotar para atingir o desenvolvimento sustentável
estão erradicar a pobreza extrema, incluindo a fome; assegurar o aprendizado
efetivo de todas crianças e jovens para a vida e a subsistência; alcançar a
saúde e o bem-estar para todas as idades; melhorar os sistemas agrícolas e
aumentar a prosperidade rural; tornar as cidades mais inclusivas, produtivas e
resilientes; entre outras.
O desenvolvimento sustentável já
é um assunto recorrente na sociedade mundial. A assiduidade das pautas de
discussão está ligada diretamente a urgência e a necessidade de se criar
movimentos para equilibrar as ações desenvolvimentistas do homem e da
preservação dos recursos naturais. Assim, pensar no desenvolvimento sustentável
implica considerar a necessidade de recuperar o patrimônio natural, preservar
os ecossistemas e definir o uso racional dos recursos, permitindo o equilíbrio
socioeconômico e cultural.
Mundialmente, o consumidor
brasileiro é menos preocupado com a preservação dos recursos naturais do que os
consumidores dos países desenvolvidos. Nos EUA, ações de premiação para as
empresas que agem sustentavelmente já alcançam 50% da população consumidora.
Essa relação fica ainda mais clara quando analisamos o percentual das pessoas
que buscam os produtos ecologicamente corretos: nos países desenvolvidos esse
número é de 39%, enquanto aqui, os percentuais são de 13%.
O papel da educação e da
erradicação da pobreza é extremamente importante para atingir os objetivos
propostos pela ONU. Um país que investe em educação está investindo em
desenvolvimento – econômico e sustentável. É preciso criar e ter a consciência
de que assegurar esse equilíbrio entre o desenvolvimento dos países e a
preservação do meio ambiente, significa, acima de qualquer outro objetivo,
garantir que nossos filhos, netos e bisnetos tenham condições mínimas de
sobrevivência.
A busca das empresas pelo
equilíbrio de suas ações nas áreas econômica, ambiental e social, visando à sua
sustentabilidade e a uma contribuição cada vez mais efetiva à sociedade, é hoje
um fato. Para medir esse equilíbrio, alguns modelos e ferramentas de gestão,
globalmente aceitos, têm sido utilizados no dia-a-dia empresarial para o
aperfeiçoamento de seus processos e ações.
Mas a sustentabilidade, entendida
no ambiente corporativo como fator estratégico para a sobrevivência dos
negócios, é bem mais que um princípio de gestão ou uma nova onda de conceitos
abstratos. Representa um conjunto de valores e práticas que deve ser
incorporado ao posicionamento estratégico das empresas para definir posturas,
permear relações e orientar escolhas.
Sustentabilidade
deve ser um dos pilares empresariais – Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em
Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau –
Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional –
janguie@sereducacional.com
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