No formato da sua oitava edição,
o Festival dos Inhamuns, Circo, Bonecos e Artes de Rua inovou na sua estrutura
de programação e de 7 a
13 de junho culmina com 60 apresentações de grupos de todo o País. Toda a
programação é gratuita
Consolidado como o maior projeto
de artes circenses, teatro de bonecos e artes de rua do Nordeste, o Festival
dos Inhamuns chega à sua oitava edição celebrando 10 anos de formação,
intercâmbio e promoção da arte popular cearense, brasileira e da América Latina.
Alguns dos destaques são os grupos Núcleo Ás de Paus – A pereira da tia miséria
(Londrina/PR), Federico Galván – Basura Belleza (Mar Del Plata/AR), Trupe Lona
Preta – O concerto da Lona Preta (São Paulo/SP), A Outra Cia de Teatro –
Remendo Remendó – (Salvador/BA), além de vários grupos cearenses renomados como
Dona Zefinha (Itapipoca/CE), Gustavo Portela (Fortaleza/CE) e o Circo
Tupiniquim (Eusébio/CE).
Dom Quixote
Muruya (Argentina)
O festival acontece de 7 a 13 de junho e tomará conta
das principais ruas e praças do Sertão dos Inhamuns, nos municípios de Tauá,
Arneiroz com a Mostra Polos. Para esta etapa foram selecionados 33 grupos, que
resultará numa programação com 57 espetáculos, 05 oficinas e 01 residência.
“Em dez meses do projeto
Inhamuns, chegaremos ao resultado de 06 residências, 15 oficinas, 51 grupos
selecionados e 130 espetáculos. Penso que acertamos no maior objetivo do
projeto, que é a grande integração e democratização da arte do circo e de rua e
a consequente formação de novos e experientes artistas”, explica Robson
Cavalcante, diretor geral do festival e um dos fundadores da Arte Jucá,
Organização Não Governamental que atua em Arneiroz, na formação artística de
crianças e jovens.
A instituição Arte Jucá completa
este ano15 anos de atividades em Arneiroz e no Sertão dos Inhamuns.
Homenagem
Além de comemorar 10 anos de
muito trabalho e valorização da cultura e arte de rua, o festival homenageia os
atores Sidney Souto e Marcos Amaral, que morreram recentemente, nomeando os
espaços com os nomes dos artistas, como a Arena Sidney Souto e o Calçadão
Marcos Amaral. Também homenageia o Circo
com o nome de um dos mais carinhosos artistas circenses do Ceará, o saudoso
Trepinha.
Um festival para todos
Em 2015, o Festival dos Inhamuns
completa 10 anos. Nesse tempo, foram realizadas 12 mostras, distribuídas em
oito edições que, literalmente, levaram arte aos quatro ventos deste nosso
sertão extremo. Uma década é conta grande. Tempo de parar, olhar pra trás e
avaliar.
O que é o Festival?
Ainda somos ou já viramos outra
coisa? Somos agora o que fomos criados pra ser? Não chegamos? Desvirtuamos do
caminho ou reconfiguramos e fomos além? Quem gera a coisa não pretende oferecer
supostas repostas e autorrotular-se. Com essas perguntas, e por esse motivo, a
Terceira Mostra da Oitava Edição deve ser mais do que uma simples mostra, deve
ser vista como uma convocação ao diálogo e, a partir dos seus desdobramentos,
talvez, a celebração.
Como assim: Terceira Mostra da
Oitava Edição?
Quando idealizado pela Secretaria
da Cultura do Estado do Ceará, o Festival foi pensado para não ser uma mostra
apenas, mas uma ação catalizadora das potencialidades artísticas regionais e de
democratização e acesso aos bens culturais, cujo direito e desfrute, naquele
momento, era quase exclusivo dos grandes centros. O Festival dos Inhamuns foi
pensado assim: pra ser motor, plataforma, ponte.
Desde 2010, quando a Arte Jucá
assumiu o leme, depois de cinco anos coproduzindo e aprendendo, e antes disso,
mais de uma década fazendo a mobilização da cena artística que ofereceu ao
governo o formato e a linguagem da ação estruturante aplicada a esta região, o
Festival dos Inhamuns vem ensaiando o “pulo do gato”.
O “pulo” foi dado nesta edição,
que começou em agosto de 2014 e encerrará em
junho de 2015, totalizando 10
meses de ações dentro de uma mesma edição. A
primeira etapa aconteceu com o
apoio da Fundação Nacional de Artes – Funarte,
quando realizamos a Mostra
Cidades – Circuito Mambembe.
O Circuito percorreu cinco
cidades numa caravana composta por mais de 70 artistas, resultante de 18 grupos
selecionados que ofertou 43 espetáculos, quatro oficinas e 01 residência
enquanto circulava pelas cidades de Aiuaba, Parambu, Quiterianópolis, Arneiroz
e Tauá.
A segunda etapa começou em
janeiro e se estenderá até junho de 2015, com o apoio do Governo do Estado do
Ceará através da Secretaria da Cultura. De janeiro a março foram realizadas
ações do festival dos Inhamuns através da Arte Jucá ofertando 04 residências,
07 oficinas e 15 espetáculos. Neste momento (abril/maio), acontece a Mostra
Campo, onde uma segunda caravana com 05 grupos e 12 espetáculos percorrem 04
distritos da zona rural: Planalto, Assentamento Mucuim, Santa Tereza e Vila
Joaquim Moreira (Café).
Grupos Selecionados 2ª Etapa
(Circuito Campo e Polos)
Passa pra dentro menino – Contos
que encantam (Fortaleza/CE)
Núcleo Ás de Paus – A pereira da
tia miséria (Londrina/PR)
Trupe Lona Preta – O concerto da
Lona Preta (São Paulo/SP)
A Outra Cia de Teatro – Remendo
Remendó (Salvador/BA)
Grupo Cafuringa – Cafuringa
(Recife/PE)
Coletivo Nopok – No Pocket, um
espetáculo para todos os bolsos (Rio de Janeiro/RJ)
Manic Freak – Pequeño Payaso (Mar
Del Plata/AR)
Muruya – Cachos, Tango e Corda
Bamba (Mar Del Plata/AR)
ManoAmano – Kinematos (Mar Del
Plata/AR)
Federico Galván – Basura Belleza
(Mar Del Plata/AR)
Grupo Formosura de Teatro – As
aventuras de Dom Quixote (Fortaleza/CE)
Gustavo Portela – Le son sur scène (Fortaleza/CE)
Circo Tupiniquim – Circo
Tupiniquim na Patrulha do Humor (Eusébio/CE)
Trupe Motim de Teatro – Ânimus e
Rabiscos de uma quase existência (Quixeré/CE)
Dona Zefinha – Chafurdo
(Itapipoca/CE)
GRUPO – La Charanguita
(Itapipoca/CE)
Grupo Juká de Teatro – Poesia
Remoída em Sol Maior
(Arneiroz/CE)
Cia Carcará de Arte e Cultura –
Show de Bonecos Geminados (Quixeré/CE)
Eduardo Show da Vida
(Fortaleza/CE)
Cia As 10 Graças da Palhaçaria –
Mais uma Grande Besteira (Fortaleza/CE)
Mágico Goldine (Fortaleza/CE)
Palhaço Zé Ninguém (Fortaleza/CE)
Mágico Tilim (Fortaleza/CE)
Palhaços Pezão e Xenhenhém
(Tauá/CE)
Thailyta Feitosa – Poesia
Ambulante (Crato/CE)
Grupo Teruá – Histórias de
Andarilhos (Fortaleza/CE)
Palhaço Pimenta (Fortaleza/CE)
Augusto Bonequeiro – O Fuleragem
(Fortaleza/CE)
Coletivo Malino (Arneioz/CE)
Pato Mojado – La Rockola (Rosário/
Argentina)
Palhaço Caçarola (Fortaleza/CE)
Cia Prisma de Artes – ATO &
DESATO – As aventuras de João Sortudo (Fortaleza/CE)
Grupo Garajal – Circo Alegria
(Maracanaú/CE)
Grupos participantes
Chafurdo – Dona Zefinha
(Itapipoca/CE)
Orlângelo Leal, Ângelo Márcio e
Paulo Orlando provocam o público com brincadeiras,
palhaçaria, gags, música
excêntrica e algumas surpresas. Um espetáculo para humanos de
todas as idades!
Ficha Técnica
Direção: Orlângelo Leal
Elenco: Orlângelo Leal / Ângelo
Marcio / Paulo Orlando
A Pereira da Tia Miséria - Núcleo
Ás de Paus (Londrina/PR)
A Fome personificou-se em uma
criança nascida da Miséria, separou-se de sua mãe e, desde
então, percorre o mundo trazendo
sofrimento a todos. Tia Miséria, no dia em que deveria
morrer, engana a Morte, que acaba
ficando presa em sua árvore. Em um acordo feito diante
do olhar de todos, Tia Miséria
liberta a Morte e pede em troca que a sua vida não seja levada.
Decide, então, viver ingenuamente
procurando pelo seu filho para que, somente junto dele,
possa abandonar este mundo que
nunca os quis.
Ficha Técnica
Direção: Núcleo Ás de Paus
Texto: Luan Valero
Concepção e Direção Musical: Eric
D’Ávila
Figurinos: Alex Lima
Cenografia e Bonecos: Rogério
Francisco e Alex Lima
Elenco: Adalberto Pereira / Bruna
Monã / Camila Feoli / Rebeca Oliveira de Carvalho / Rogério Francisco /Thunay
Tartari
Contrarregra: André Demarchi e
Artur Junges
Coordenação de Produção: Rogério
Francisco
Cachos, Tango e Corda Bamba
- Muruya (Mar Del Plata/AR)
Muruya é uma dançarina desastrada
que sonha em aprender os passos do tango, mas sua falta
de jeito não permite que ela use
sapatos de salto alto ou roupas elegantes. Espetáculo de
humor e equilíbrio, em que a
personagem varia da sanidade à loucura, num jogo de magia
circense quase sem palavras.
Ficha Técnica
Direção e Atuação: Josefina Péres
Gardey
Cafuringa - Grupo Cafuringa
(Recife/PE)
O espetáculo narra a história do
ventríloquo, embolador, vendedor de pomadas e garrafadas:
Cafuringa. Um recorte no tempo:
de seus momentos brincantes até sua expulsão do Pátio do
Carmo.
Ficha Técnica
Direção: Alexandre Menezes
Encenação, ventríloquo, texto e
ator: Luiz Filho
Criação e execução musical:
Filippo Rodrigo
Execução Musical: Temir Fogo
Elenco: Raquel Franco / Alexandre
Menezes / Luiz Filho / Raquel Franco / Filippo Rodrigo
/Temi Fogo
Provocador e facilitador cênico:
Junio Santos
Texto, poesias e letras de
músicas: Pablo Dantas
Execução de figurino : Cleydson
Catarina
Criação do boneco Joãozinho:
Mestre Zé Lopes / Mestre Saúba
Desenho de figurino e maquiagem:
Cayo Ogam
Preparação vocal: Leila Freitas
Programação visual: Java Araújo
Serviço:
VIII Festival dos Inhamuns,
Circo, Bonecos e Arte de Rua
www.festivaldosinhamuns.com
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