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domingo, 31 de maio de 2015

Exposição] Dragão do Mar abre exposições Ela e Interstícios próxima quarta-feira (3), às 19h, no MAC-CE

A exposição Ela traz pela primeira vez a Fortaleza uma mostra individual do premiado artista visual pernambucano Bruno Vilela. Já Interstícios, com curadoria de Ana Cecília Soares, reúne trabalhos de dez artistas – a maioria de Fortaleza – para falar do corpo em transformação






O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abre duas novas exposições próxima quarta-feira (3), às 19h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Entra em cartaz a mostra Ela, que apresenta 13 obras do premiado artista visual Bruno Vilela e ainda lança o documentário Se Cria Assim, do cineasta Beto Brant, sobre o processo criativo do pernambucano. A data também inaugura a exposição Interstícios que, com curadoria da jornalista e crítica de arte Ana Cecília Soares, reúne no MAC-CE as singularidades de dez artistas em torno da ideia de um corpo em transformação a partir do encontro com o outro.




As vernissages dão seguimento ao projeto Quintas Visuais do Dragão que se iniciou no dia 14 de maio, com a abertura da exposição Sobrenaturezas Sobnaturezas, no Museu da Cultura Cearense. O projeto é um ciclo de artes visuais que promove a abertura de exposições, às quintas-feiras, entre os meses de maio e junho. Ela e Interstícios, excepcionalmente, tiveram data de abertura antecipada devido ao feriado de Corpus Christi, no dia 4 de junho. As Quintas Visuais continuam com a vernissage de A Palavra e o Traço, sobre vida e obra de Fausto Nilo, no dia 11 de junho; e de Orson Welles e Manuel Jacaré – A arte de ver o mar, no dia 18 do mesmo mês.



  
Ela
Ocupando todo o piso superior do MAC-CE, a exposição de Bruno Vilela – pela primeira vez em mostra individual em Fortaleza – apresenta treze obras das séries Animattack e Dia de festa é véspera de dia de luto, que fazem referência ao conceito da Anima, da psicologia junguiana, que é a personificação do inconsciente masculino na figura de uma Deusa.

“Essa entidade surge de várias maneiras nos meus quadros: nos olhos enigmáticos num fundo azul; em rostos femininos em que os outros elementos humanos como boca e nariz são suprimidos, reforçando esse olhar; em memórias de infância, através da desconstrução de fotos antigas de simples festas de aniversário”, exemplifica o artista.

A obra Ela, que dá nome à exposição, é fundamental para o entendimento da série. É o aparecimento de uma figura feminina fantasmagórica no meio da natureza. Sem cabeça, as mãos são levadas de modo desesperado ao local onde ela deveria existir. No meio da floresta o homem se funde com a mata e, então, finalmente, Ela, a consciência da existência, toma conta do ser humano que tem medo profundo do que não sabe explicar. “A Mãe Terra, La loba, A bruxa, A Santa, A deusa, Ela, são vários os nomes dados ao sentimento de integração com o cosmos ao longo das eras por diversos povos primitivos, em lendas escritas, tradição oral, pinturas e esculturas”, explica.

Entre as obras expostas, o público poderá conferir um trabalho inédito, feito exclusivamente para o Dragão do Mar: uma pintura na parede, feita com grafite e óleo, numa técnica nova descoberta pelo artista numa recente residência em Lisboa. Além disso, a exposição lança o filme Se Cria Assim, documentário dirigido pelo cineasta Beto Brant sobre o processo criativo de Bruno Vilela.

O filme mostra o processo do artista no ateliê, desde suas técnicas de pintura e desenho até referências de seus misteriosos cadernos – que estarão numa vitrine em exposição –, passando por um dia de fotografia na floresta. Entre entrevistas e depoimentos, o filme é um passeio pela obra e vida do artista pernambucano.


Interstícios
            A exposição Interstícios ocupará duas salas do andar inferior do MAC-CE, com obras dos artistas Célio Celestino, Cris Soares, Emanuel Oliveira, Haroldo Saboia, Filipe Acácio, Jared Domicio, Marcos Martins, Herbert Rolim e Milena Travassos. Todos trazem em comum as singularidades em torno da ideia de um corpo sensível, aberto à experimentação, a novas rupturas e aos abalos estruturais, desfazendo construções complexas e organizadas para a constituição de outras.

“Cada trabalho ressoa essa experiência por meio de fissuras, dobras, torções, sobreposições, rasgos e fendas. Interstícios que se estruturam tanto como uma espécie de memória do diálogo com o outro, mas também se mostram como zona de inventividade de qual se é possível pensar em outros caminhos poéticos para as obras em questão”, define a curadora da exposição, Ana Cecília Soares.

A jornalista e crítica de arte desenvolve ainda que os artistas entregam-se ao estranhamento de si próprios, deixando-nos índices em forma de fissuras, ranhuras, marcas, sobreposições e atritos de suas trocas sensíveis, afetações recíprocas e deslocamentos existenciais. “Todos, interstícios, configurados como zonas de inventividade que permitem ponderar uma relação particular entre o mundo percebido por cada artista e aquilo que não aparece normalmente no que é”.
  
SERVIÇO:
Abertura das exposições Ela e Interstícios
Quando: dia 3 de junho
Hora: 19h
Onde: Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – Fortaleza / CE

Acesso gratuito

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