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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Teatro] 10 Anos de "ANÔNIMOS"


Espetáculo solo “Anônimos” comemora 10 Anos com Sidney Malveira

O espetáculo “Anônimos” interpretado pelo ator Sidney Malveira volta a ser encenado nos dias 30 de novembro e 07 de dezembro de 2016, às 19h30, no Teatro Morro do Ouro (Anexo do Theatro José de Alencar), na Capital Cearense. A peça mostra um dia como outro qualquer num lar de idosos, onde os moradores esperam ansiosamente pela visita de seus familiares, parentes, amigos ou de qualquer pessoa que se disponibilize a ouvir suas histórias, alegrias, tristezas e sonhos que se renovam a cada amanhecer.  
Fundamentado numa premissa de que os idosos são sábios que habitam corpos frágeis, o espetáculo chega aos seus 10 anos de sucesso numa trajetória consecutiva de apresentações fora e dentro do estado do Ceará. Talvez por isso muitas pessoas não enxerguem tal preciosidade e facilmente se desvencilhem deles, da mesma forma que se livram de objetos usados, aparentemente sem utilidade.

A troca de experiências e a conscientização do espectador no cuidado com os idosos é outro detalhe proporcionado pela peça que comemora também, 20 anos de palco de Malveira. O ator percorre as vias da comédia e drama para “reviver” cenas do cotidiano de três idosos, fazendo com que um espectador coadjuvante, sinta como se estivesse num “bate-papo” descontraído. “Anônimos” aborda o tema de forma lúdica envolvendo o público com as histórias que levam os seres humanos às suas próprias vidas e ações cotidianas.

Pesquisa e Montagem
2006. É o ano em que surgiu “Anônimos” fruto da pesquisa que Sidney Malveira realizou in loco, no Lar Torres de Melo em Fortaleza (CE), e do estudo da mimese corpórea como linguagem cênica para a construção de uma obra de arte atemporal e genuinamente brasileira. A ação gerada de profundas mudanças socioculturais propõe um intercâmbio entre as faixas etárias e a reflexão da condição humana de cada um, independente do fator tempo.
Este espetáculo justifica-se na tentativa de amenizar o destrato e abandono destes frágeis sábios, na tentativa de resgatar a autoestima dos idosos e de contribuir para a conscientização das novas gerações na valorização e respeito por eles; assim como, na difusão cultural, dando oportunidade às pessoas de todas as classes sociais, o acesso à cultura.
Durante os seus dez anos de existência, “Anônimos” já foi visto em 09 estados brasileiros, em Portugal e, também, em festivais nacionais e internacionais com expressivo retorno de críticos e do público em geral. Além de carregar em sua bagagem, uma trajetória de sucesso de prêmios, o espetáculo leva a cultura e  a preocupação com o social.


Anônimos e Trajetória
Ao longo de sua trajetória, o monólogo “Anônimos” foi agraciado por Editais Culturais das esferas Municipal, Estadual e Federal, bem como, premiação de melhor atuação em Destaques do Ano 2006 - Balaio em Fortaleza (CE). Com estreia em setembro de 2006, o espetáculo “Anônimos”, de Sidney Malveira contou no mesmo ano, com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, na Categoria Pesquisa-Montagem.
A peça contabiliza dez anos de trajetória e desde sua estreia, permanece em atividade através de temporadas em caráter de Formação de Plateia, Projetos de Circulação pelos bairros de Fortaleza, interior do Ceará e em cidades da região Nordeste (Salvador-Bahia, Maceió-Alagoas, Teresina-Piauí, Sousa-Paraíba, dentre outras), além de ter participado como espetáculo convidado de importantes festivais nacionais e internacionais, a exemplo do Festival Internacional de Londrina - FILO, Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia - FIAC e Festival de Teatro Construção em Portugal.

O monólogo também foi contemplado com os Prêmios de Circulação através do I Edital das Artes da Fundação de Cultura de Fortaleza, Circulação Ceará e Circulação Nordeste, por meio do Edital das Artes da SECULT-CE e Mecenas. Recebeu ainda, o Prêmio Balaio de Fortaleza - Destaque 2006, na categoria Melhor Ator. Hoje, o consagrado espetáculo soma mais de 100 apresentações feitas em caráter intimista, todas apreciadas por mais de 10.000 espectadores. Apenas!

O Ator e Diretor Sidney Malveira 
Em 2016 faz 20 anos que ele é ator, diretor e produtor cultural. Sidney Malveira é também, formado pelo Curso de Direção Teatral através do Instituto Dragão do Mar ministrado por ícones do Teatro Brasileiro, a exemplo de Clóvis Levi, Antônio Mercado e Celso Nunes. De 2001 até 2016, Sidney ocupa o cargo de presidente do Grupo Teatro Novo, que, nesse período, já foi responsável pela idealização e montagem de 14 espetáculos teatrais, seja na direção, atuação, cenografia e/ou produção.

O Projeto
“Ver, Ouvir, Sentir Anônimos”

Assumir o papel de colaborador sócio-cultural-educativo é o objetivo do projeto  “VER, OUVIR, SENTIR ANÔNIMOS”, apoiado pelo programa Produção e Publicação em Artes 2016 de Fortaleza - Instituto Bela Vista / SECULTFOR. Além de contribuir com a linguagem e estética no cenário teatral cearense/brasileiro, ele contribui para a fruição estética e crítica ao público em geral beneficiado, principalmente os 800 jovens estudantes do Ensino Médio de Escolas Públicas da Capital Cearense.


O principal motivo que estimulou o Teatro Novo a criar este projeto comemorativo de uma década de “ANÔNIMOS” é a programação gratuita “ENCONTRO COM A JUVENTUDE”, que tem o intuito de contribuir para a formação de jovens indivíduos conscientes e multiplicadores do saber adquirido nas ações que compõem o mesmo. E, claro, os que visam promover o conhecimento acerca de uma parte da história do teatro cearense através do Grupo Teatro Novo que soma meio século de existência; a história do Theatro José de Alencar em diálogo com Fortaleza e produção cultural promovida por este órgão público de mais de um século.

Palavra do Diretor
“Ao constatarmos o impacto positivo gerado por esta obra atemporal, nos últimos dez anos, envolvendo e emocionando os mais diversos públicos de adultos e jovens, temos cada vez mais forte, a convicção da necessidade de transpor todas as barreiras e ampliar, o campo de atuação de “Anônimos”. Isso, de tal modo que possa ser visto pelo maior número de espectadores, no intuito de agirmos como formadores de plateia e de opinião, provocando nos espectadores (e na sociedade como desdobramento), o senso crítico e a reflexão quanto ao envelhecer e a situação de nossos idosos, bem como, a sensibilização do seu olhar para esse tema e sua postura/conduta enquanto indivíduo e sociedade.
Os depoimentos e críticas recebidos de espectadores e profissionais das Artes Cênicas fortalecem esse nosso ideal, enquanto artistas e grupo teatral formador de opinião de darmos continuidade à propagação deste espetáculo, posto que infelizmente as pesquisas feitas pelo IBGE, Disque Denúncia, Jornais e Sites nacionais apontam o crescente índice de longevidade no nosso país, além de deflagrarem o elevado e crescente número de maus tratos aos idosos no Brasil.

Diante da constatação deste rápido crescimento da população idosa e do aumento assustador da violência contra a mesma, no Brasil e, ainda do resultado que “Anônimos” tem gerado no espectador, seja ele crítico ou leigo, compreendemos que cabe a todos nós reforçarmos a conscientização e o respeito nas relações inter-geracionais entre a sociedade e, principalmente os jovens, no despertar da sensibilização do nosso olhar sobre o idoso e de oferecer para este, o nosso carinho e atenção.  

Depoimentos e Críticas
O maior ato de amor de um artista é a sua arte. Ela não vai tirar ninguém do anonimato – ainda bem!!! Mas vai, por certo, dar nome à minúcia, ao detalhe, ao corriqueiro, ao dia-a-dia. Bravos ao Sidney por celebrar o cotidiano, esse deus crônico e inexorável, que engole o tempo e regurgita a vida.
Washington Hemes (Ator/Pesquisador)

Sidney não só consegue ser muito eficiente, mas espetacularmente defender estética e plástica cênica, fundidas na riqueza de economia de interpretar e distanciamento crítico na razão do teatro, sem perder nunca a ternura.
Maneco Nascimento (Jornalista e Diretor Teatral - Teresina/PI)

O melhor espetáculo sociopolítico que eu já assisti, de uma qualidade e de uma sensibilidade ímpares. O trabalho é baseado em uma pesquisa muito bem trabalhada e de muita coragem, pois retrata uma realidade de uma “minoria” pouco explorada e esquecida. Fiquei encantado, muito emocionado.
Ayslan Rodriguez (Espectador no IV Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia - FIAC)

Trata-se de uma declarada crítica ao mecanismo social do descarte de certos grupos/sujeitos que, de algum modo, não se inserem na ordem produtiva. Numa sociedade obcecada pela juventude, o velho, de fato, se constitui num incômodo testemunho do inevitável curso da natureza, e seu isolamento (muitas vezes compulsório), um flagrante sintoma de como esse incômodo abala as fantasias sobre as quais nos erigimos enquanto sujeitos.
Edilberto Mendes (Crítico do I Festival de Artes Cênicas do Ceará)

SERVIÇO:
Anônimos
>Dias: 30/11 e 07/12 de 2016
>Horário: 19h30
>Teatro Morro do Ouro (Anexo do Theatro José de Alencar)
>Capacidade: 90 lugares

>Entrada Franca

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