As obras da exposição apresentam
a mais antiga tradição - ainda viva - artística do planeta, e celebram uma
linguagem visual exuberante e inigualável
Artista: Sunfly Tjampitjin,
1916-1996
Região: Balgo Hills N.T., Grande
Deserto Arenoso, Kukatja
Obra: Tingari - O Sonhar do Gato
Nativo, 1988
Técnica: Tinta acrílica sobre
tela
A CAIXA Cultural Fortaleza
apresenta, de 14 de setembro a 13 de novembro de 2016, a exposição O Tempo
Dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália, a mais vigorosa,
significativa e diversificada coleção de obras de arte dos povos indígenas da
Austrália. São mais de 70 obras, entre elas pinturas, esculturas e impressões,
que englobam um período de 45 anos, desde o despertar da comercialização da
arte aborígene contemporânea na década de 70 até o presente. Pela primeira vez
no Brasil e na América Latina, a exposição chega a Fortaleza depois de passar
pela CAIXA Cultural São Paulo, onde esteve aberta a visitação durante dois meses, encerrando em
maio último.
Os trabalhos foram selecionados
pelo curador brasileiro Clay D´Paula e pelos australianos Adrian Newstead e
Djon Mundine, dentre uma extensa coleção de mais de duas mil obras da mais
antiga galeria de arte aborígene da Austrália, a Galeria de Arte Coo-ee. Peças
de coleções privadas também atravessaram o oceano exclusivamente para esta
exposição.
No Brasil, costuma-se pensar de
forma equivocada em artefatos indígenas. Com isso, pode causar surpresa ao
público brasileiro descobrir que a produção artística dos aborígenes da
Austrália vem sendo cada vez mais valorizada e reconhecida como arte. As obras
dos artistas aborígenes contemporâneos estão no MOMA de Nova Iorque, em museus de arte contemporânea espalhados
pelo mundo e já foram expostas nos principais eventos mundiais de arte.
O Sonhar
Os artistas aborígenes pintam os
seus sonhos (mas não a ideia Junguiana de sonhar e sua associação do
inconsciente). Para eles pintarem o seu
"Sonhar" (traduzindo da palavra "Dreaming", em inglês)
implica recontar estórias que são atemporais a fim de mantê-las vivas e
repassá-las a futuras gerações. Não se trata de algo religioso, tem a ver com a
sua sobrevivência. Essas pinturas contêm informações vitais, como por exemplo
onde encontrar água "viva" permanente. Manter o "Sonhar"
vivo é a motivação fundamental para a prática da arte dos artistas indígenas da
Austrália.
Artistas participantes
A mostra reúne os artistas
aborígenes de maior projeção internacional e com uma paleta refinada e repleta
de cores, como a do celebrado artista Rover Thomas (1926-1998) com suas
paisagens de cor ocre que mudaram, com sua visão, a percepção paisagística
australiana. Outra artista de destaque, considerada pela crítica como uma das
maiores pintoras da abstração do século XX, é Emily Kame Kngwarray (1910-1996),
que estará representada na mostra com dois trabalhos. Um deles é a pintura “Sem
título, 1992” .
Serviço:
Exposição: O Tempo dos Sonhos:
Arte Aborígene Contemporânea da Austrália
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287,
Praia de Iracema
Data: 14 de setembro a 13 de
novembro de 2016 (abertura no dia 13/09, às 19h, com visita guiada)
Horários: de terça a sábado, das
10h às 20h | domingo, das 10h às 19h
Classificação indicativa: Livre
Serviço de manobrista gratuito no
dia da abertura
Informações gerais | CAIXA
Cultural Fortaleza: (85) 3453-2770
Nenhum comentário:
Postar um comentário