A mostra marca a comemoração
dos 10 anos do espaço, com obras de todos os artistas que já passaram pela
Galeria e novos nomes convidados
Fechando as comemorações de
seus 10 anos, a Galeria Mariana Furlani Arte Contemporânea (MFAC) apresenta a
exposição coletiva “O que nos Conecta”, com obras de todos os artistas que já
passaram pela Galeria e novos nomes convidados, para compor o acervo que a
Galeria representa. O formato da exposição será dividido por paredes e cores,
onde cada espaço receberá diversas obras em várias técnicas, unificada pela
predominância das cores em comum. O resultado dessa coletânea que envolve 16
artistas pode ser conferido.
“O que nos conecta” faz um
comparativo de um corpo, dividido por órgãos e partes, onde cada um tem grande
importância para o funcionamento da vida. “Cada artista, com suas referências,
contribui, de forma individual e coletiva, para a formação de uma cultura de
criatividade, de questionamentos, de busca por algo novo dentro de nós” explica
a Galerista Mariana Furlani, idealizadora da exposição.
Artistas:
Ana Costalima - graduada em
Psicologia pela Universidade Federal do Ceará, mas iniciou-se nas artes
plásticas em 1988, por meio da pintura, que mantêm junto ao desenho como prática
autodidata e de exercício permanente. Em 1992 inicia estudo de gravura na
oficina da UFC e no final dos anos 90 passa a dedicar seu trabalho à escultura.
Ana Cristina Mendes – natural
de Fortaleza, é mestra em Artes (UFC-CE). Trabalha na fronteira de diferentes
linguagens artísticas, com o olhar direcionado ao desenho, escultura,
fotografia e vídeo-instalação. A experiência artística se dá a partir dos
sinais percebidos no corpo que rompem brechas como prováveis escapes. Sua
pesquisa recente mar-tecido continua desaguando em processo e, nesse momento,
novos escapes se estendem para a pintura. Metaforicamente, cria-se um espaço de
possíveis contágios. Realizou exposições coletivas, individuais, performances e
residências artísticas em âmbito nacional e internacional. Integrou grupos
ligados a performatividade e corporeidade.
Artur Bombonato - artista
visual de Fortaleza, iniciou sua trajetória com o grafite e muralismo. Após
anos cursando Comércio Exterior, voltou-se para a arte e acumulou experiências
de pintura nas ruas de diversos países como Argentina, Marrocos e Itália, onde
começou a se dedicar à pintura a óleo.Em seu ateliê, no Centro de Fortaleza,
tem a cidade e os espaços vazios como um campo sob o qual desenvolve sua
poética e trabalha suas narrativas pictóricas de mistério e absurdo que
contemplam questões inerentes a própria pintura e a sociedade. Recentemente,
teve um de seus trabalhos selecionados para o 69º Salão de Abril.
Assis Filho - Cearense, se
interessou por escultura ainda criança e há alguns anos compartilha seus
conhecimentos de maneira simples e prática. Com o intuito de aproximar as
pessoas ao mundo da escultura, oferece cursos, que vêm descobrindo e lapidando
novos talentos. Em 2018, realizou sua primeira exposição individual "A Um
Palmo" na Academia Cearense de Direito. Desde de 2017, presta trabalho
voluntário no projeto Nuface idealizado pela Universidade Federal do Ceará, no
qual auxilia na produção de próteses faciais para pacientes com câncer e
vítimas de traumatismo.
Carlos Macedo - nascido em
Juazeiro do Norte (CE), é envolvido com processos artísticos de ourivesaria
desde os nove anos. Funde, lamina, puxa fios, lixa e faz o polimento das peças
cuja execução assiste com especial interesse. Jamais perde esse vínculo, estabelecido
pela paixão. Trabalha com joias, exercita desenho, pinta, cria objetos,
fotografa. O seu contato com a escultura se dá ao mesmo tempo em que manipula o
fole de fundição e visita o atelier de Mestre Noza, bem como o galpão onde foi
esculpida a estátua do Pe. Cícero. Transita por linguagens artísticas diversas
como desenho, gravura, pintura, escultura e relevo, escolhendo aquela que
melhor se aplica ao que pretende expressar, ao mesmo tempo em que faz imersão e
aprofunda pesquisa que resulta na sua produção contemporânea em que
instalações, performances e objetos distintos suportam a sua linguagem.
Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará, UECE, onde também
foi Monitor de Conteúdo Integral de Filosofia da Arte. É detentor dentre outros,
do Prêmio Nacional do Circuito Cultural Banco do Brasil, na categoria de Artes
Visuais.
D’Barros - formado em Design
de Interiores pela FIC em 2010, tem como sua cidade de registro São Paulo, mas
vive e trabalha em Fortaleza. Como autodidata faz esculturas desde 2001,
utilizando materiais como argila, bronze, alumínio e resina marmorizada. Suas
esculturas expressam leveza e sensualidade através da sinuosidade de suas
formas femininas.
Eduardo Eloy - artista visual
cearense, vive e trabalha em Fortaleza, onde é professor de gravura e materiais
artísticos dedicando seu conhecimento na formação de jovens artistas. O
trabalho tem como foco as artes gráficas inter-relacionadas a interferências do
desenho, pintura, entre outros meios. Estudou na Escola de Artes Visuais do
Parque Lage RJ, MAM RJ, Fundação Calouste Gulbenkian RJ.
Fernando França - é
desenhista, pintor e mestre em literatura brasileira pela Universidade Federal
do Ceará (UFC). Já participou de várias exposições e mostras coletivas,
inclusive, na França, e em Portugal. Entre os prêmios conquistados está o 6º
Prêmio CDL de Artes Plásticas (Fortaleza/CE) e o 1º Prêmio em Pintura no III e
no II Festival Universitário da Cultura, do Museu de Arte da Universidade
Federal do Ceará (MAUC). Quando estudante de Letras da UFC, iniciou-se nas
artes visuais, participando de mostras de festivais universitários no MAUC,
como desenhista de histórias em quadrinhos. Fernando França vem construindo sua
obra não só na absorção das lições dos grandes mestres, como Rafael, Van Gogh e
os cubistas, como especialmente, no exercício persistente da busca de uma marca
própria de expressão.
Hilton Queiroz – natural de
Mulungu (CE), é Psicólogo, Pintor e Gravador. Efetuou várias exposições
coletivas e individuais e obteve Menção Honrosa no 44º Salão de Abril de 1993 –
Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará – MAUC, Prêmio de Pintura no IV
Salão Náutico Arte de 1994 (Fortaleza/CE), Menção Honrosa no IV Salão Nacional
de Arte Contemporânea – Galeria do Centro de Convivência Cultural (Campinas/SP
– 1998) e Prêmio de Gravura no 5º Salão Norman Rockwell do Desenho e da Gravura
– IBEU Art Gallery (Fortaleza/CE – 1999).
Kel Oliveira - Formada em
Design de Interiores com MBA em História da Arte e com alguns cursos nas áreas
de pintura, fotografia e arte digital, desde cedo desenvolveu o gosto pela arte
e fotografia. Ao longo dos anos tem explorado suas habilidades no universo
fotográfico. Com o amadurecimento pessoal e artístico, a sensibilidade e
entrega com a fotografia foi tomando espaço em sua vida. Sua bagagem maior vem
de viagens onde procura estar com o olhar atento às oportunidades de fotografar
algo que lhe instiga ou atrai, pela sensibilidade e emoção de cada objeto ou
cenário encontrado nas ruas. Com a iniciação na arte digital, passou a usar seu
acervo fotográfico para trabalhar infogravuras. O resultado é um trabalho
contemporâneo, personalizado e cheio de cores. Possui vários trabalhos voltados
para fotografia e arte digital, divulgado em revistas locais e de circulação
nacional.
Luz - Lüzman é designer e
artista urbano, iniciou sua carreira em 1994 tendo enveredado pela ilustração,
quadrinhos, pintura a óleo, desenho e fotografia. Pintou por várias cidades no
Brasil e Exterior. Participando de diversos festivais de Grafit: Festival
Concreto (Fortaleza), Pão e Tinta (Recife), Niggaz (São Paulo), Mof (Rio de
Janeiro), Recifusion (Recife), II Encontro Nacional Ruaz Crew (Terresina), II
Educarte Pernambuco), Festival Meeting Of Styles (Kosovo, Brasil e Chile)
dentre outros; teve suas obras expostas em galerias, centros culturais e
universidades. Há 10 anos, o artista ganhou as ruas e hoje faz delas o habitat
ideal para sua arte e ideias.
Mário Sérgio Lopomo - artista
plástico paulista. Desde 1998, desenvolve murais executados em painéis de
madeira, com o acréscimo de diversos materiais tornando-os tridimensionais, que
depois se transformam em recortes esculturais. As esculturas tridimensionais
são o caminho natural com a exploração dos mais diversos materiais, trazendo
uma vasta gama de possibilidades. Para explicar a diversidade de trabalhos,
basta se ater a formação, ocorrida em estúdios de design e ateliês que culminaram
na experimentação das mais diversas técnicas e materiais, passando pelas artes
aplicadas até o trompe l'oeil.
Rian Fontenele – cearense de
Ubajara, é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do
Ceará (UFC), mas interessou-se pelas artes desde muito cedo, experimentando
linguagens diversas. Vem se destacando nos salões e exposições cearenses, tendo
recebido o Prêmio de Melhor Desenho da Bienal XIII Unifor Plástica em 2005 com
a obra ‘A espera’ e o Prêmio de Melhor Pintura da XV Unifor Plástica em 2009
com o trabalho “Elogio à Sombra”. Esses reconhecimentos, no entanto, não se
restringem ao Ceará, tendo o artista já participado de inúmeras exposições
individuais e coletivas no Brasil e no exterior ao longo de 15 anos dedicados às
artes. Com um traço sutil, sóbrio e limpo e o domínio de tons de forma suave e
esmerada, Rian dá vida a sua obra e vai aos poucos conquistando os olhares e
realçando sua mais profunda arte no desenho, na gravura e na pintura. Essas
características bem particulares do artista promovem um exercício franco do
diálogo entre seu mundo particular e o espectador que se permite ver e ouvir os
silêncios desenhados em sua obra.
Sérgio Helle - pintor,
gravurista e designer gráfico. Desenvolve um trabalho em que mescla as mais
novas ferramentas digitais com tradicionais técnicas de desenho e pintura. Com
25 anos de carreira, foi um dos primeiros artistas cearenses a utilizar o
computador como ferramenta artística, tendo realizado, ainda em 1995, sua
primeira exposição em que participou com infogravuras. Com a gravura Paixão,
ganhou o Prêmio Gravura do Salão de Abril, em 2001. Já participou de várias
exposições em Fortaleza, Brasília, Porto Alegre e Havana.
Thina Cunha - com mais 20 anos
dedicados às Artes plásticas, agrega paixão, amor e forte envolvimento em todas
as exposições, encontros e atividades realizadas em seu atelier e oficina, em
Recife. Estão presentes no trabalho da artista amarrações, colagens, objetos e
metais retorcidos, oriundos de reciclagem e sucata, que são a base do trabalho
da artista. Apesar da pintura estar presente nas obras, Thina traz para o plano
bidimensional sua vivência como escultora, nas chamadas Esculturas de Telas. O
trabalho final é extremamente plástico, mas não perfeito nas formas. A
geometria é desconstruída em fragmentos, não é racional, ela reorganiza formas
segundo sua intensão emocional.
Wilson Neto - nasceu em
Fortaleza (CE), onde vive e trabalha. Formou-se em Letras, mas a atividade
artística foi ganhando relevância em sua vida, se misturando à vontade de
experimentar materiais e suportes pouco convencionais. Isso resultou em
atravessamentos pictóricos e visuais com tecidos, pigmentos, impressões,
bordado, colagens, dentre outros meios que, imbricados, convergem para uma pintura
acumulativa, imagética, construída por camadas e, por assim dizer, em expansão.
A força de seu trabalho está nesse contágio com as coisas do mundo e em
sintonia com referências que traz da cultura popular e a partir de conexões com
a pintura no campo expandido de Julian Schnabel, Sigmar Polke e Daniel Senise.
Transitou ainda pelo objeto e por produções coletivas, onde propôs artistas a
realizarem trabalhos em coautoria. Mas é no sentido da pintura que sua produção
converge, pensada como superfície que alia objetividade e subjetividade,
permeada pelo prazer de construir algo ligado à sua vida, ao mundo e ao seu
tempo.
GALERIA MARIANA FURLANI ARTE
CONTEMPORÂNEA
Inaugurada em 2007, a Galeria
Mariana Furlani Arte Contemporânea (MFAC) surge em meio ao cenário das artes da
cidade de Fortaleza com a proposta inovadora de ser um local de múltiplo uso
das expressões artísticas, em especial, nordestinas. Além dos cinco salões de
exposições intercalados por um jardim central, a Galeria MFAC, que fica no
coração da Varjota, bairro boêmio da capital que reúne charme, gastronomia e
arte, passa a contar em 2018 com uma cozinha gourmet. Ao longo de mais de dez
anos, a Galeria recebeu grandes exposições, mostras especiais de consagrados e
de novos artistas e conversas sobre arte, entre outros eventos.
SERVIÇO:
Exposição Coletiva “O que nos
conecta”
Visitação: 23 de novembro a 20 de dezembro de 2018
Dias e horários: seg. a sex –
10h às 19h | sábado – 9h às 13h
Local: Galeria Mariana Furlani
Arte Contemporânea
Endereço: Rua Canuto de
Aguiar, 1401, Meireles, Fortaleza / Ceará
Telefones: (85) 3242-2024 /
98894-1206(whatsapp)
Informações: Mariana Furlani /
Evelane Dias
E-mail: mfac.adm@gmail.com
Instagram:
galeriamarianafurlani
Nenhum comentário:
Postar um comentário