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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Medicina] Mulheres e o congelamento de óvulos: uma alternativa para o planejamento familiar


Nos dias atuais, a construção de uma família parece mais difícil; mulheres encontram alternativa na medicina reprodutiva, por meio do congelamento dos óvulos para uso futuro
As mulheres têm conquistado cada vez mais independência. As lutas e reivindicações levaram o público feminino a se posicionarem no mercado de trabalho e buscarem ainda mais qualificação. Assim, aquelas que vivem entre o trabalho e os estudos, mas ainda desejam ser mães, encontram um embate. Em um cotidiano agitado, a construção de uma família parece não ter lugar. Muitas encontram a solução na medicina reprodutiva, por meio do congelamento dos óvulos em período mais saudável para uso futuro.
É o que conta o especialista em reprodução assistida, Dr. Fábio Eugênio Rodrigues. Ele explica que, para o sucesso do procedimento, o ideal é que a mulher passe pelo método antes dos 35 anos. Após esse período, as células reprodutivas femininas passam a perder qualidade. “Até os 40 anos existe a probabilidade de gravidez, mas os riscos começam a aparecer. As chances da criança vir a desenvolver doenças genéticas e outras deficiências, devido à má-formação cromossômica, aumentam”, ressalta.
O médico destaca que, durante o tratamento, a paciente passa pelo menos 12 dias recebendo injeções diárias de hormônio responsáveis por estimularem o organismo e por deixá-lo propício à retirada dos óvulos. Em um cenário ideal, congela-se cerca de 12 células, que podem permanecer nesse estado por tempo indeterminado. Segundo o especialista, o tempo de congelamento não é o responsável por danificar o óvulo, mas sim a técnica utilizada.

Sucesso

Conforme o Dr. Fábio Eugênio, além de não oferecer nenhum risco a mais em relação à saúde do bebê, o procedimento apresenta um alto índice de sucesso nos melhores cenários. Utilizando um número considerável de óvulos saudáveis, a possibilidade de gravidez chega a ser de 60% a 70%. Fatores como descongelamento, fertilização e implantação no útero são etapas que interferem na chance de gestação e, por isso, devem ser levados em consideração.

Alternativa

Apesar de os casos mais comuns nessa situação serem de pessoas à procura de um planejamento familiar, em outros cenários também recorre-se à técnica. Mulheres que vão se submeter a tratamentos agressivos como a quimioterapia ou apresentam histórico de menopausa precoce na família também encontram no congelamento a solução para o sonho de ter filhos no momento idealizado.

Sobre o Dr. Fábio Eugênio Rodrigues

Membro da equipe responsável pelo primeiro bebê de fertilização in-vitro do Ceará, em 1999, o Dr. Fábio Eugênio (CRM 5676 – RQE 5570) é ginecologista com mestrado em tocoginecologia pela UFC, especialista em Reprodução Assistida pela AMB e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana Secção Ceará. É também membro da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, e Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida. Atualmente é diretor Clínico e um dos quatro sócios da “BIOS – Centro de Medicina Reprodutiva”.


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