Ela tem em seu encanto uma
unanimidade capaz de conquistar não só os fãs. A orquídea tem se tornado
presente em diversas regiões do país e a admiração que arranca de olhos
despretensiosos independe de sua cor, tamanho ou formato. No Ceará, a
Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) tem realizado um trabalho
construtivo há mais de 40 anos, culminando em um dos maiores eventos de
Orquídeas do Brasil, o FestOrquídeas. A 11ª edição acontecerá na Casa José de
Alencar nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro, época na qual a Cattleya labiata,
considerada a mais bela orquídea brasileira, estará no auge de sua floração no
Ceará. Além do festival, o evento irá congregar a 4ª Bienal de Orquídeas do
Nordeste, com exposição e venda de orquídeas, oficinas gratuitas de cultivo de
orquídeas, feira de plantas ornamentais e acessórios de jardinagem. Com
realização da ACEO, o FestOrquídeas conta ainda com a participação de seis
associações orquidófilas nordestinas.
A cada FestOrquídeas, a ACEO
estimula a responsabilidade social entre os participantes e, este ano, a causa
é a doação de sangue. Uma equipe do Hemoce estará na Casa de José de Alencar,
no sábado (04) e domingo (05), recebendo os visitantes doadores. “A coleta de
sangue na época da Bienal/FestOrquídeas é especialmente oportuna, em razão da
proximidade do Carnaval, quando, em geral, ocorre grande demanda naquele
hemocentro”, explica a presidente da ACEO, Juliana Coelho.
Nesta edição, o público irá
encontrar três orquidários comerciais oferecendo dezenas de espécies e híbridos
de orquídeas nacionais e estrangeiras: Orquidário Flores do Lago, de Minas
Gerais, K&S Orquídeas, de Pindamonhangaba/SP, e Orquidário Santa Gertrudes,
do Ceará. No entorno da exposição, haverá uma feira de plantas ornamentais
(Adenium, cactos, suculentas, bromélias e samambaias, dentre outras) e de
insumos de jardinagem (adubos, defensivos, vasos, suportes, substratos, etc.).
Também será instalada, no local, uma tenda para comercialização de peças de
antiguidade.
Não precisa ser membro da ACEO
para participar. Qualquer cultivador de orquídea pode levar seus vasos floridos
para expor na Casa de José de Alencar. Pessoas interessadas em expor devem
levar seus vasos na manhã da sexta-feira, dia 2 de fevereiro, para isso basta
que a planta esteja florida, enraizada, e não apresente sintomas de pragas e
doenças. Há outra restrição: não são aceitas plantas retiradas da natureza. A
ACEO faz permanente campanha contra o comércio das chamadas "orquídeas do
mato", e não as aceita na exposição, nem na feira de plantas que acontece
no entorno. Todas as plantas expostas serão submetidas à apreciação de uma
Comissão Julgadora e as vencedoras, nas diferentes categorias, receberão um
troféu. Os visitantes também votam na orquídea que consideram a mais bela. São
as seguintes, as categorias de premiação: Melhor Espécie Brasileira, Melhor
Espécie Estrangeira, Melhor Cattleya labiata, Melhor Híbrido, Melhor Espécie
Botânica, Melhor Cultivo, Melhor planta da exposição de acordo com o voto
popular.
O FestOrquídeas é aberto ao
público com entrada e amplo estacionamento gratuitos. Mais informações sobre o
evento e a respeito da ACEO podem ser obtidas pelo telefone (85) 98538-9258/
98782-8097, pelo e-mail orquidofilos.com@gmail.com ou por meio do site
www.orquidofilos.com. Os interessados em cultivar orquídeas e obter mais
informações sobre os tipos e cuidados com as plantas, podem também participar
das reuniões da Associação Cearense de Orquidófilos, que acontecem todos os
terceiros sábados de cada mês, às 15 horas, na Casa José de Alencar e são
abertas a todos os interessados.
Dose dupla reforça Nordeste como
produtor
Com a 4ª Bienal de Orquídeas do
Nordeste e o 11º FestOrquídeas de Fortaleza, a ACEO coloca em evidência a
desconstrução da imagem do Nordeste como não sendo região ideal para as
orquídeas. Trazendo profissionais, colecionadores e admiradores de vários
estados do Nordeste e outras regiões do país, o evento reforça os símbolos
regionais, inspirando-se, em especial, na jangada. “Procuramos exaltar a
ligação entre o Nordeste, o Ceará e o cultivo de orquídeas. Em nossa identidade
visual exploramos a imagem da típica embarcação nordestina, com a vela
estampada de orquídeas que ocorrem nessa Região. O pódio onde ficarão as
plantas premiadas deverá incluir também elementos retirados do mundo dos
jangadeiros, assim como plantas típicas do Nordeste”, comenta Juliana.
Programação conta com homenagens
e debates
Na abertura da Bienal/FestOrquídeas,
a ACEO prestará homenagem o Movimento Proparque, pelo trabalho que realiza não
apenas pela preservação do Parque Ecológico Rio Branco, em Fortaleza, mas
também pela constante atuação em favor da causa ambiental. O Movimento foi
escolhido, pela Diretoria da ACEO, como Patrono da 4ª Bienal de Orquídeas do
Nordeste / 11º FestOrquídeas de Fortaleza. Por sua vez, o jornalista, professor
e um dos responsáveis pela reativação da ACEO, Italo Gurgel será homenageado
como Paraninfo do duplo evento.
A programação também contará com
uma mesa redonda para debater a Cattleya Labiata, a maior e mais bela orquídea
nativa do Ceará (ocorrendo, também, em outros estados nordestinos). Ela está em
vias de extinção, em razão da coleta predatória e da degradação ambiental nos
locais onde ocorre (as serras úmidas cearenses). O debate, participação
especialistas de todo o País.
Sobre as orquídeas
Existem, em todo o planeta, mais
de 1.800 gêneros de orquídeas, cada um deles abrigando certo número de
espécies. No total, são mais de 35 mil espécies espalhadas por todos os
continentes e ecossistemas. Dentre elas, 2.500 ocorrem no Brasil, cerca de 100
no Ceará. Acrescentem-se aqui, os híbridos naturais e aqueles produzidos pelo
homem. Esses são registrados pela Royal Horticultural Society, da Inglaterra,
onde já somam mais de 100 mil.
As flores das diferentes espécies
se diferenciam fortemente umas das outras – em tamanho, cor, textura, perfume.
O que faz com que todas sejam chamadas de “orquídea” é a estrutura, sua
morfologia. A flor da orquídea apresenta três pétalas e três sépalas. Estas
últimas têm a função de proteger as pétalas, antes de o botão desabrochar. Ao
se abrirem, as seis peças florais formam um conjunto harmônico.
Geralmente plantas que possuem
uma grande variedade de espécies tem grande utilidade para as indústrias de produtos
medicamentosos ou de beleza. As orquídeas, porém, mesmo tendo uma grande
variedade de espécies são utilizadas, em sua maioria, apenas como plantas
ornamentais. Na lista dos usos mais comerciais das orquídeas podemos incluir a
produção de baunilha que é feita a partir dos frutos das espécies que pertencem
ao gênero Vanilla.
Programação Completa
Sexta-Feira (02/12/18)
08:00h às 13:00h – Recebimento de
plantas
13:00h – Oficina: Cultivo de
orquídeas – Michelle Canário (ACEO)
14:00h – Oficina: Cultivo de
cactos e suculentas – Júlio César (ACEO)
14:00h às 15:00h – Julgamento
15:00h às 18:00h – Visitação da
exposição
15:00h – Oficina: Cultivo de
orquídeas – Gerson Paiva (Natal/RN)
16:00h – Solenidade de abertura
Sábado (03/02/18)
08:00h às 18:00h – Visitação
09:00h – Oficina: Cultivo de
orquídeas – Karime Soares (ASSOPE)
10:00h – Oficina: Cultivo de
orquídeas – Jarbas Nobre (APO)
11:00h – Oficina: Cultivo de
orquídeas – Hugo Leite Albuquerque (APO)
13:00h – Oficina: Cultivo de Adenium
– Fraterno Ralf Neto (AOBAL)
14:00h – Oficina: Cultivo de
orquídeas com algas marinhas recicladas – Clementino Câmara Neto (SORN)
15:00h – Oficina: Cultivo de
Catasetum – João Luís da Silva (ASSOPE)
16:00h – Mesa redonda: “Cattleya
labiata – Cultivo, área de ocorrência e variedades da Rainha do Nordeste”.
Domingo (04/02/18)
08:00h às 17:00h – Visitação
09:00h – Oficina: Mini jardins de
cactos e suculentas – Fátima Oliveira (ACEO)
10:00h – Oficina: Cultivo de
Adenium – Talles Gomes (Fortaleza-Ce)
11:00h – Oficina: Cultivo de
orquídeas – Italo Gurgel (ACEO)
13:00h – Oficina: Cultivo de
Tillandsia – Izael Barbosa (Natal-RN)
14:00h – Oficina: Cultivo de
plantas aquáticas – Sanjay Veiga (Fortaleza-Ce)
16:00h – Entrega de troféus
17:00h – Encerramento da
exposição
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