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terça-feira, 30 de maio de 2017

Dragão do Mar] Programação cultural de 30 de maio a 4 de junho de 2017

FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO MAR

Geral: de segunda a quinta, das 8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça a domingo, a partir das 14h.
Cinema do Dragão-Fundação Joaquim Nabuco: de terça a domingo, das 14h às 22h.
Museus: de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); sábado, domingo e feriados das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.
Multigaleria: de terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.

OBS.: Às segundas-feiras, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus, Multigaleria e bilheterias.


► TEATRO DA TERÇA [TEMPORADA DE ARTE CEARENSE]
"Os Miseráveis: O Óleo da Máquina"
Grupo Formosura de Teatro
"Os Miseráveis: O Óleo da Máquina" faz parte do processo de investigação do grupo sobre a técnica do boneco geminado. O trabalho é feito a partir de duas instâncias principais: a primeira busca desvelar como o boneco geminado pode suscitar um treinamento voltado para a prática do ator; a segunda refere-se à técnica de manipulação propriamente dita e suas possibilidades.
O texto base para a realização da encenação é "Os Miseráveis", de Victor Hugo. A montagem traz o inferno das desigualdades sociais através de personagens dramáticas profundas e intensas. A encenação e a dramaturgia não têm a intenção de traduzir cenicamente toda narrativa oriunda do texto original de Victor Hugo. O grupo fez a opção por trabalhar com quatro dos personagens principais (Jean Valjean, Fantine, Cosette e o monsenhor Bienvenu) e, a partir daí, construir um sequência de cenas e situações reveladoras do drama dos personagens, estabelecendo um diálogo entre o escritor francês Victor Hugo, a dramaturga Ângela Linhares e o encenador.
Dia 30 de maio de 2017, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). Classificação: 12 anos.


► ESPETÁCULOS CIRCENSES [TEMPORADA DE ARTE CEARENSE]
Erêndira
Companhia Circo Lúdico Experimental - CLE
Uma fila de homens se forma na secura do deserto, a tenda mais uma vez está armada e a menina vende seu corpo para pagar à avó o prejuízo. "Isso não é vida sem Erêndira", o letreiro anuncia. Desde que o vento da sua desgraça desfez em cinzas a grande mansão, foi essa a sina da pobre pequena. Inspirado livremente no conto "A incrível e triste história da Cândida Erêndira e sua avó desalmada", de Gabriel García Márquez, o espetáculo Erêndira tem como ponto de partida as imagens e sensações que marcam o texto do autor, norteando a pesquisa de movimento e a composição sonora do espetáculo.
Dia 31 de maio, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia). Classificação: 10 anos.


► [ASTRONOMIA] NOITE DAS ESTRELAS

Todos os meses, sempre nas noites de Quarto Crescente Lunar, o planetário disponibiliza telescópios ao público em geral para observação astronômica de Crateras da Lua, Planetas, Nebulosas etc.

Dias 1° e 2 de junho de 2017, das 19h às 21h, em frente ao Planetário. Acesso gratuito. Em caso de céu nublado, a atividade poderá ser interrompida ou cancelada.


► [CINEMA] 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos

Criada em 2006 como uma das ações estratégicas da Secretaria Especial de Direitos Humanos para celebrar o aniversário da Declaração Universal de Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, a Mostra Cinema e Direitos Humanos foi expandida ao longo dos últimos 10 anos e, atualmente, ocorre em todas as capitais federais do Brasil.

A Mostra é uma das estratégias do Governo Federal para consolidação da cultura e da educação em Direitos Humanos, ampliando espaços de debate e discussão por meio da linguagem cinematográfica e contribuindo para a formação de uma nova mentalidade coletiva para o exercício da solidariedade, do respeito às diversidades e da tolerância.

Nestes dez anos, a Mostra expandiu em alcance e em escopo – da América do Sul para o Hemisfério Sul, e no Mundo, além de contar, pelo quarto ano consecutivo, com cerca de 1.000 pontos de difusão pelo país, assumindo assim um caráter descentralizador e democrático.

A programação será dividida em três Mostras:

- Mostra Panorama: 17 filmes escolhidos a partir da convocatória pública aberta no site do projeto e filmes que foram prospectados pela equipe de curadoria. Serão curtas, médias e longas-metragens contemplando aspectos dos Direitos Humanos como gênero, infância e juventude, raça, moradia, religião, política e cultura.

- Mostra Temática: apresentando a questão de gênero, para esta categoria foram selecionados sete títulos. Abordam temas relacionados às mulheres, orientação sexual e identidade de gênero.

- Mostra Homenagem: tem como tradição celebrar cineastas cuja filmografia explora a temática Direitos Humanos, trazendo-a para o foco dos debates. A homenageada desta edição é Laís Bodanzky, cuja obra reflete sobre um mundo onde todos possam se reconhecer, viver em igualdade e ter direitos de oportunidades. Cinco filmes fazem parte da programação.

Nesse ano também estreia a Mostrinha, voltada para o público infanto-juvenil. São oito curtas que trazem temas como gênero, direitos infantis, diversidade religiosa e direito à cultura.

Realizada pelo Ministério de Direitos Humanos, com produção nacional do Instituto Cultura em Movimento – ICEM e patrocínio da Petrobras e do Itaú, a 11ª edição será realizada em todas as 26 capitais do país e no Distrito Federal.

De 1º a 7 de junho de 2017, no Cinema do Dragão. Acesso gratuito. Programação: http://mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br/2015/programacao/


► [MÚSICA] CHICO PIO – SHOW “BONITO PRA CHOVER”

O cantor e compositor Chico Pio faz o lançamento do disco "Bonito Pra Chover". Apesar de ser natural de Parnaíba (PI), foi no Ceará que Chico consolidou carreira já com 50 anos de estrada. Uma de suas músicas, “Forrobodó”, virou sucesso na voz de Zé Ramalho. Chico também tem músicas gravadas por Lúcio Ricardo, Paulo Rossglow (“Sorvete”) e Ângela Linhares (“Água”). Além de ter se apresentado ao lado de Ivan e Lucinha Lins, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Maurício Tapajós e Carmen Costa.

Biografia
Francisco Pio Napoleão, CHICO PIO, nasceu em 20 de março de 1953 na cidade de Parnaíba, Piauí. Cantor e compositor desde 1962, quando iniciou sua trajetória artística, vem contribuindo com seu talento participando em vários shows, teatros, festivais, cinema, televisão e outras manifestações da Música Popular Brasileira.

Em 1975, residindo no Rio de Janeiro, ficou conhecido pelo grande público no Teatro Casa Grande ao lado de Raimundo Fagner, Ivan Lins, Lucinha Lins, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Maurício Tapajós, Sérgio Ricardo, Carmem Costa, dentre outras expressões da MPB. No mesmo ano seu nome também ficou conhecido em São Paulo e Minas Gerais, tendo se apresentado em bares, teatros, shows musicais ao lado de Clôdo, Climério, Clésio, Sirlan, Stélio Valle, Wilson Cirino, Vicente Lopes e Jorge Mello.

No intervalo de 79 a 80 suas músicas “Jardim do Olhar”, em parceria com Fausto Nilo e Stélio Valle, e “O que foi que você viu?”em parceria com Nertan Moreno, forma gravadas no álbum duplo da CBS “MASSAFEIRA LIVRE”, produzido por Ednardo e Augusto Pontes. Das suas diversas participações em CDs, recentemente tomou parte do CD “Memória das Águas”, de Luciano Maia (2003).

Também teve músicas registradas por Lúcio Ricardo (Sorvete), ngela Linhares (Água), Zé Ramalho (Forrobodó) e Paulo Rossglow (Sorvete). Gravou no disco “Liberado”, de Alano Freitas e Francis Vale.

Ao longo de sua carreira participou de muitos festivais, conquistando o primeiro lugar no “Festival Universitário” com a música “Calmaria”, em parceria com Jorge Veloso (Rio, 1977) e “Festival do BNB” com a música “Gaivota”, de Izaias e Roberto Cysne (Fortaleza, 1980), sendo também premiado nos “Crédimus da Canção com a música “Silêncio” em parceria com Amilton Melo (Fortaleza, 1980), “Rádio Jornal O Povo” com a música “Pião”, “Chama” com a música “Joana” em parceria com Olímpio Rocha (Crato, 1994), “Canta Nordeste” com a música Amor Agreste em parceria com Luciano Cléver (Fortaleza, 1996), e quatro vezes no “Verão Musical” com as respectivas músicas “Mistura e Lambada” em parceria com Vinícius Kazanne, “Paragem” em parceria com Neudo Figueiredo, “Nau” em parceria com Dunga Odakan e “Forró da minha Serra” em parceria com Totonho Laprovitera (Camocim, 1989/91/92/99).

Dentre tantos expressivos shows, realizou os seguintes: “Chico Pio canta Zé Ramalho”, Theatro José de Alencar (1995); “Beira do Mundo”, no Centro Cultural do Banco do Nordeste (1999); “Chico Pio, Projeto 6½, Theatro José de Alencar (2000); “Chico Pio em Natal”, Natal (2001); “Chico Pio em Maceió”, Maceió (2005); A Gosto de Chico Pio”, Centro Cultural Dragão do Mar (2005); “Chico Pio no BNB”, BNB Clube; e “Chico Pio”, no Centro Cultural Oboé (2006); “Massafeira Livre 30 anos”, Theatro José de Alencar (2009); “Abertura do Festival da Ibiapaba”, com Ednardo, Tianguá (2010); “Chico Pio no Teatro 4 de Setembro”, em Teresina (2011); “A quem interessa possa”, Mercado dos Pinhões (2012); Mimi Rocha convida Chico Pio, no Cantinho do Frango (2013).

Recentemente, abriu os shows de artistas, tais como Amelinha, Alcione, Belchior e Zeca Baleiro, este em João Pessoa. Chico Pio tem cinco CDs gravados: Chico Pio – 1995; Marca Carmim – 1997 (em parceria com Luciano Cléver); Beira do Mundo – 1999; Chico Pio - Coletânea – 2011; Chico Pio e Caio Napoleão – 2013.

Dia 2 de junho de 2017, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). Classificação etária: livre.


► FESTIVAL CURTA O GÊNERO 2017

O Curta o Gênero 2017 – COG acontece de 3 a 11 de junho, em Fortaleza, na Caixa Cultural e no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. O projeto, realizado pela Fábrica de Imagens, reúne várias atividades como mostra de curtas-metragens, seminários, simpósios, mostra de teatro e exposição de fotografias e ilustrações, em um mergulho estético-político nos campos dos feminismos, gênero e sexualidades. O Centro Cultural Dragão do Mar recebe parte do projeto, já a partir do dia 3 de junho. O evento é gratuito e está em sua VI edição ininterrupta, se configurando como referência nacional em gênero e cultura.

O COG 2017, afirmando seu caráter plural e comprometido politicamente com a equidade de gênero e afirmação das sexualidades com inspiração notadamente feminista, oferecerá aos seus frequentadores uma vasta programação que envolve mesas temáticas, teatro, exposições, apresentação de trabalhos, minicursos, oficinas, teatro, música, exposições de gravuras e fotografias, lançamento de livros e feira criativa de produtos e serviços.

CAIXA Cultural Fortaleza - 6 a 11 de junho
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - 3 a 11 de junho

O Curta o Gênero é uma realização da Fábrica de Imagens, com apoio da Rede Latino-americana de Gênero e Cultura e com a produção do Ponto de Cultura Outros Olhares e do Centro de Referência em Cultura, Arte, Comunicação e Novas Tecnologias para a Promoção dos Direitos Humanos, da Equidade de Gênero e da Diversidade Sexual - Cacto.

O projeto acontece desde 2012 e, em suas cinco edições realizadas, aproximadamente 200 obras audiovisuais já foram selecionadas e exibidas de um total de pouco mais de 900 inscritas; 30 mesas realizadas; quase 100 pesquisadores e pesquisadoras, ativistas e artistas convidados; 200 trabalhos selecionados para os simpósios temáticos, 170 fotografias expostas na Exposição Contrastes; 08 peças apresentadas na Mostra Gênero em Cena e uma dúzia de intervenções urbanas e performances; 33 itinerâncias realizadas, sendo 20 no Ceará, 08 por outros estados brasileiros e 05 por outros países (Chile, Uruguai, Argentina, Portugal e Cabo Verde).

Programação – Dragão do Mar
Curta O Gênero 2017

- Exposição Contrastes – Gênero, Tempos, Lugares e Olhares - Curta O Gênero 2017
- Exposição de Ilustrações “Expressões de Gênero” - Curta O Gênero 2017
De 3 a 28 de junho
Abertura oficial do Curta O Gênero no dia 3 de junho, às 17h30, na Multigaleria. Gratuito.

- III Mostra Gênero em Cena - Curta O Gênero 2017 – Mancha Roxa (Grupo Imagens)
Imagens de Teatro, é uma proposta de teatro vivo, de interação com o público. O processo de construção do espetáculo foi e será de contínua imersão do grupo na realidade de submundo que envolvem as “internas” da Penitenciaria, a partir de uma parceria com Secretaria de Segurança Pública do Estado. O autor que escreveu na maioria dos seus textos no auge da Ditadura, lamentava a realidade do contexto social.

Um país que não mudava, um país cercado pela desigualdade social, o teatro do Plínio é para incomodar: “Eu conto histórias das quebradas do mundaréu. Lá onde o vento encosta o lixo e as pragas botam os ovos. Falo da gente que sempre pega pior, que come da banda podre, que mora na beira do rio e quase se afoga toda vez que chove, que só berra da geral sem nunca influir no resultado...”, comentava o autor.
Dia 3 de junho de 2017 > 20h > Teatro Dragão do Mar > Acesso gratuito

- III Mostra Gênero em Cena - Curta O Gênero 2017 – Duplicité (Maria Vitória)
O espetáculo é um solo da atriz Maria Vitória inspirado nos textos da escritora Clarice Lispector. Duplicité é um devaneio que transita entre o mistério dos duplos e a realidade. A partir do pressuposto de que o ser humano busca conceber uma imagem na qual reconheça a si mesmo e dentro dessa imagem um paradoxo de dois “eus” que nem sempre se correspondem. A personagem é uma escritora soterrada em seus papéis e seus mistérios. A atriz contracena com uma boneca como uma concretização imagética do duplo da personagem.
Dia 4 de junho de 2017 > 20h > Teatro Dragão do Mar > Acesso gratuito

De 3 a 11 de junho, na Multigaleria, Arena e no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito.


► [FEIRA] KITANDA NO DRAGÃO
A Kitanda no Dragão é uma feira de produtos e serviços dos empreendedores que compõem a Rede Kilofé de Economia de Negras e Negros do Ceará, uma organização para a formação, articulação e promoção de empreendimentos para a interação com o mercado. A programação é composta por palestras, feira e atrações artísticas, que, nesta edição, atendem ao tema "Cearáfrica - Conexão Negritude".

Das 9h às 20h, no Auditório e Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação etária: livre.


► RECITAL E FEIRA CORDEL COM A CORDA TODA
A tradicional Literatura de Cordel, que hoje está sendo reconhecida pelo IPHAN como patrimônio imaterial, sempre esteve onde o povo está. No chão da feira livre, se fez eco na voz de seus poetas e folheteiros, despertando a curiosidade e prendendo a atenção dos transeuntes. Nos lares nordestinos, emocionou, fez sonhar, chorar e rir a milhares de pessoas e ainda contribuiu largamente com a educação.
Há mais de dois anos, o Projeto Cordel com a Corda Toda canta e encanta no Centro Dragão do Mar. Projeto criado pelo cordelista e ilustrador Klévisson Viana, com a realização da AESTROFE – Associação de Escritores Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará em parceria com o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, já apresentou muitos dos melhores poetas cordelistas, declamadores, cantadores repentistas e músicos tradicionais daqui e de muitos outros estados.

Dia 4 de junho de 2017, às 19h, no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito.


/// TODA SEMANA NO DRAGÃO DO MAR

Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
Sempre de sexta a domingo, das 17h às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.

Planeta Hip Hop
Grupos promovem exibições de dança e música hip hop.
Todos os sábados, às 19h, na Arena Dragão do Mar. Gratuito.

Brincando e Pintando no Dragão do Mar
Brincadeiras e atividades infantis orientadas por monitores animam a criançada.
Todos os domingos, das 16h às 19h, na Praça Verde. Gratuito.

Fuxico no Dragão
Atrações artísticas e uma feirinha com vinte expositores de produtos criativos em design, moda e gastronomia agitam as tardes de domingo.
Todos os domingos, das 16h às 20h, na Arena Dragão do Mar. Gratuito.


/// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura informa que o Planetário Rubens de Azevedo passa por manutenção corretiva. Está, portanto, temporariamente fechado para atendimento ao público.

/// VISITE NOSSAS EXPOSIÇÕES

MUSEU DA CULTURA CEARENSE (MCC)

► Exposição Miolo de Pote: a cerâmica cearense primitiva e atual

Reunindo uma série de peças feitas de barro, a mostra apresenta o dinamismo e vivacidade desta arte ancestral e milenar, no Ceará, além de trazer ainda a contribuição de artistas plásticos e visuais como Bosco Lisboa, Gentil Barreira e Tiago Santana.

Potes, panelas, alguidar, caco de torrar café, brinquedos. A exposição Miolo de Pote revela um Ceará uno e múltiplo, similar e diverso, em dia com as heranças indígenas, africanas, ibéricas. “Primitiva e atual, a arte no barro mantém características próprias em cada localidade ou região, seja no tipo de material, no desenho, nas técnicas, seja no resultado final”, define a curadora Dodora Guimarães. Além dela, a mostra tem ainda a contribuição curatorial da historiadora e diretora de museus do Centro Dragão do Mar, Valéria Laena.

Miolo de Pote reúne, sobretudo, duas coleções públicas: a do Museu da Cultura Cearense (Instituto Dragão do Mar), feita entre 1997 e 1998, que cobriu a Região do Cariri, Saboeiro e Iguatu; e a da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Governo do Estado do Ceará), adquirida em 2005 e 2006, durante o Projeto Secult Itinerante, que percorreu todo o Estado. Algumas peças advindas do Projeto Comida e da exposição O Fabuloso Mundo do Barro, ambos do MCC, enriquecem a mostra que conta ainda com a participação dos artistas plásticos e visuais Bosco Lisboa, Gentil Barreira, Liara Leite, Sabyne Cavalcanti, Tiago Santana, Tércio Araripe, Terry Araújo e Túlio Paracampos.

Instalação de Bosco Lisboa

Em julho, o MCC e o artista Bosco Lisboa desenvolveram uma oficina gratuita, aberta ao público, cujas peças produzidas agora são parte de uma instalação inédita, nesta exposição. Nas aulas ministradas de 19 a 22 de julho, no ateliê da Praça Verde do Dragão do Mar, o artista ensinou as técnicas para se trabalhar com argila.

Natural de Juazeiro do Norte (CE), Bosco desenvolveu, por mais de dez anos, uma pesquisa com artesãos do Sítio Touro e do bairro Tiradentes, tradicionais redutos da cerâmica de sua cidade natal. Em 1994, passou a moldar o barro tendo em vista sua relação com o cotidiano. Por seu trabalho, recebeu menção honrosa no Salão dos Novos em 1993, em Fortaleza. Entre as exposições coletivas de que participou, destacam-se 1ª Bienal do Cariri (Juazeiro do Norte, 2001), Bienal Naif’s (Sesc Piracicaba, 2004) e Projeto Abolição Tudo É de Barro, no Centro Cultural do Abolição (Fortaleza, 2005).

Em cartaz até 30 de maio de 2017, no Piso Intermediário do MCC. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.


► Exposição Vaqueiros [exposição de longa duração]

Em exibição no Museu da Cultura Cearense desde 1998, a Exposição Vaqueiros arrebata o público que nela identifica traços de sua cultura e costumes. A exposição ao longo dos anos enriquece os saberes, instiga reflexões, desperta emoções. Nela revelam-se inúmeros elementos que possibilitam rememorar e reconstruir o que se compreende como o universo sertanejo.

Na exposição, você conhecerá o vaqueiro como profissional, sertanejo, trabalhador, conhecedor de inúmeras funções e do meio em que habita, capaz de inúmeros feitos, viajará pelas humildes manifestações do cotidiano, religiosidade e festividades e testemunhará particularidades como a habilidade com o artesanato do couro, as práticas da derrubada e da cria do gado, dentre outras.

Aberto somente para visitas agendadas
Contato: (85)3488.8621
E-mail: agendamentomuseus@gmail.com



MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO CEARÁ

► Exposição "O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos"

A mais completa mostra sobre a obra de um dos grandes nomes da fotografia no Brasil pode ser visitada até o dia 02 de julho no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Realizada pelo Instituto Moreira Salles (IMS), do Rio de Janeiro, e a Terra da Luz Editorial, do Ceará, a exposição "O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos", apresenta cerca de 400 fotografias, além de objetos, livros, recortes, exibição de filmes ("It's All True", "Cangaceiros"), documentários sobre ele, vídeo sobre o livro Mucuripe, entrevistas, entre outros.

Nascido há 100 anos (25 de abril de 1917) e falecido há 16 (26 de dezembro de 2000), "Seu Chico" como era chamado por tantos amigos, colegas e admiradores de sua obra, foi o precursor da fotografia na publicidade no Brasil e fez escola com sua arte que foi, é e será sempre uma grande referência. O pioneirismo, suas múltiplas habilidades e seu extremo domínio da luz e da técnica o levaram ao patamar de mestre de gerações de fotógrafos Brasil afora. "Essa exposição pretende apresentar ao público a maestria de Chico Albuquerque, que teve uma rica trajetória de mais de 65 anos na fotografia brasileira", diz Patricia Veloso, da Terra da Luz, que divide a curadoria com Sérgio Burgi, do IMS.

Muitas fotografias são expostas pela primeira vez no Ceará. Elas são parte do acervo de cerca de 75 mil imagens produzidas pelo fotógrafo cearense em São Paulo entre 1947 e 1975, que está preservado na Reserva Técnica Fotográfica do Instituto Moreira Salles por meio de convênio com o Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Esse material foi digitalizado no IMS, que fez, em seguida, um minucioso trabalho de recuperação das imagens, boa parte delas bastante degradadas. Outra parte da exposição é composta por fotografias mantidas no Ceará, sendo, pois, um encontro de acervos, dando uma visão de toda a obra, resultando na mais completa mostra já realizada sobre ele.

"O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos" apresenta as várias fases de sua vida e obra. Uma das salas lembra o período de 1934 a 1945, que são os primeiros anos da ABAFILM, fundada em Fortaleza por seu pai, Adhemar Bezerra de Albuquerque, e o início da carreira profissional de Chico, que esteve à frente do estúdio da empresa de fotografia do pai. É dessa época o trabalho de still do filme It's All True, do cineasta Orson Welles, do qual participou Chico Albuquerque, e os registros do cangaço feitos por Benjamim Abrahão, cujo serviço foi contratado pela ABAFILM.

Em 1945 Chico Albuquerque mudou-se para São Paulo, onde abriu seu estúdio e destacou-se como um dos melhores retratistas do país, tornando-se um ícone da fotografia publicitária no Brasil, atividade que iniciou em 1949 junto às maiores agências de publicidade nacionais e internacionais.

Do período que residiu em São Paulo datam a série de cerca de 50 retratos de artistas, políticos e outras personalidades, as fotografias de arquitetura, moda, indústria automobilística e as imagens urbanas da capital paulista, produzidas nas décadas de 1960 e 1970, nunca expostas em Fortaleza. Na mostra há também um espaço dedicado ao fotoclubismo, movimento que participou como membro do Foto Cine Clube Bandeirante e que projetou a fotografia brasileira no cenário internacional.

Mucuripe, Frutas e Jericoacoara - Do acervo que permanecem no Ceará, estão séries como Frutas, de 1978, Jericoacoara, sendo este o último ensaio que realizou, em 1985, e Mucuripe, a famosa documentação sobre os jangadeiros na praia de Fortaleza registrada por Chico Albuquerque em duas épocas distintas. A primeira vez foi em 1952, gerando uma grande repercussão nacional, com exposição no MASP e divulgação em revista de circulação nacional. A segunda, 36 anos depois, em 1988, cujas fotografias compuseram a primeira publicação do livro Mucuripe, lançado no ano seguinte. Editora e curadora também dos livros sobre a obra de Chico Albuquerque, Patricia Veloso lembra que as duas primeiras edições de Mucuripe tiveram o acompanhamento do fotógrafo nos serviços de impressão em São Paulo.
Recortes e afetos – A exposição reserva um espaço que é chamado pelos curadores como Sala dos Afetos, com registros de pessoas que fotografaram Chico Albuquerque, fotos pessoais, da família e lugares onde morou.


Em cartaz até o dia 2 de julho de 2017, no MAC-CE. Visitação: terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.

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