► [MÚSICA] Jonnatan Doll e os
Garotos Solventes
Lançamento do disco “Crocodilo”
Após anos de hedonismo, enfurnado
na sua toca no bairro Álvaro Weyne, apelidada pelos Solventes de “Funhouse”
(referência à casa coletiva dos Stooges), uma crise aguda se instaura em Doll.
Amigos partem para outro lado, Jhon Jonas, o tecladista e pupilo, acaba com a
própria vida no quintal da “funhouse” e a dependência dos opiáceos ameaça até o
rock n’roll que tinha lhe trazido, junto com todas as outras experiências
sensoriais e sociais, os mais variados tipos do submundo de Fortaleza. Assim
Doll, ao lado da mãe, resolve ir para o exílio na chácara “Vovô Bibiu”,
pertencente à parte materna da sua família, onde ele tinha passado parte da
infância.
Em meio à desintoxicação permeada
por mergulhos proustianos, o rapaz se apaixona por uma espanhola artista de circo,
que conhecera um pouco antes de se retirar de cena e a transforma em musa.
Mergulha em uma espiritualidade criada em torno da sua relação com a natureza e
a mulher que amava e começa a compor grande parte do álbum Crocodilo.
A música que dá nome ao disco
nasceu de suas aulas de dança do ventre com a diva Lenna Beauty, que faz a
percussão e os “aboios” árabes da faixa. O refrão veio de uma brincadeira
musical criada por Slean, companheiro de sua antiga banda (Kohbaia). É também
parceria com Slean a faixa “Por uma dose de amor”, que fala de uma garota da
turma da morfina que sofria bullying. Aqui, Breedlove brilha na guitarra,
criando um riff marcante que introduz e finaliza a música.
Gary, que começa com um riff de
guitarra afiado de Edson Van Gogh, mostra as influências sessentistas que
também dão tom ao disco. Gary é uma gíria interna dos Solventes, código que se
refere aos que se apaixonam e se tornam somente amigos de quem desejam. A
música conta o primeiro encontro com a musa espanhola e a preocupação por
demonstrar claramente as verdadeiras intenções amorosas.
“Swing de fogo”, que tem um
arranjo de guitarra criado por Van Gogh, demonstra as influências ”smithianas”;
do performático guitarrista solvente e talvez isto tenha invocado a segunda
guitarra executada pelo amigo e ídolo Dado Villa-Lobos, outro reconhecido
discípulo de Johnny Marr. A letra mística trata de um exercício mental para
visualizar o animal interior e a escolha por seguir o amor como sagrada.
“Cigano Solvente”, que conta com
a guitarra de Fernando Catatau, o amigo e guru que tanto ajudou os Solventes, é
sobre o sexo intenso no cotidiano e a insegurança na relação. A cavalgada de
guitarra é a consequência distorcida de Doll ao tentar compor um flamenco e
aqui Leo Breedlove também se mostra um multi-instrumentista trocando a guitarra
por um baixo vigoroso que torna a música dançante e sexy.
“Drama e Terror”, uma das baladas
do disco triste e engraçada, é apenas Doll cantando e tocando violão com Kassin
o acompanhando no baixo e fala de quando sua musa lhe deixou ao mergulhar nos
tipos e encantos mais regionais A balada pop “Já entendi”; fala da conformidade
com o abandono dessa mulher errante, que já era previsto.
“Ruth’, é uma declaração de amor
tardia e furiosa à ex-namorada que mergulhou junto com Doll no wild side.
”Taxi”; é a velha faceta do Doll observador urbano penetrando e dando voz a
personagens sórdidos reais. O arranjo foi criado a partir de uma bateria
“stoner”; de Marcelo Denisdead feita de supetão dentro do estúdio, que foi
respondida de imediato por um baixo reto e duro de Saulo Raphael. O reboco da
música é feito por camadas de sintetizadores e ruídos executados pela dupla de
produtores Kassin e Yuri Kalil.
Essa camada suja também está em
“Cheira Cola”, que é antiga e registrada primeiro em uma demo da Kohbaia, em
2003. O punk rock que conta a história real de um garoto que morreu cheirando
cola no quintal abandonado de um seminário no Álvaro Weyne foi reimaginada por
Doll com elementos autobiográficos de sua vida escolar. Esta música é
praticamente um hino da banda, já conhecida pelo público como a música que
finaliza os shows e a frase final “cola para quem tem fome”; leva a música a
uma dimensão política.
“Apesar de você não ter tesão
pela vida”; é um rock meio boogie com ares de T. Rex, que conta com o slide do
mestre Guilherme Cruz, parceiro de Almir Sater e a letra trata da tensão entre
os malditos e o discurso moralizante.
“Quem é que precisa”, faixa
executada somente por Doll no violão e com overdubs de guitarra e violão feitos
por Dado Villa-Lobos, foi composta em parceria com Biagio Pecorelli, diretor da
companhia de teatro A Motosserra Perfumada com quem Doll e Van Gogh dividiram
uma quitinete por um ano, no centro de São Paulo. A letra, entre outras questões,
cita a relação de Doll com a mãe e a família evangélica. Nos versos finais faz
referência a um velho hino que sua avó cantava na igreja.
"Crocodilo” é um disco que
nasce da ruptura com um estilo de vida e do renascimento das cinzas a partir da
descoberta de um novo amor e de um contato restabelecido com os sonhos e
lembranças mais profundas. Um segundo passo criativo na carreira de Jonnata Doll
e os Garotos Solventes que os leva para outro lugar que ainda não sabemos.
Lançamento: EAEO Records
www.jonnatadolleosgarotossolventes.bandcamp.com
Dia 6 de janeiro de 2017, às 20h,
no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação indicativa: 18 anos.
► [FEIRA] Fuxico no Dragão
Retomado como programa dominical
do Dragão do Mar em 2014, o Fuxico no Dragão veio para quebrar a rotina de
marasmo dos domingos com uma feirinha diferenciada que reúne, a cada edição,
vinte expositores de produtos criativos em design, moda e gastronomia. Esses
designers e artesãos são novos nomes nessas áreas, encontrando no Fuxico no
Dragão um espaço relevante para atingir o grande público e desenvolver seu
empreendedorismo. A feirinha conta ainda com DJs e artistas cearenses para
embalar o fim de tarde com o melhor da música. Durante as Férias no Dragão, em
janeiro e fevereiro de 2017, o Fuxico também se estenderá aos sábados.
Especialmente durante as Férias
no Dragão, todos os sábados e domingos de janeiro e fevereiro, das 16h às 20h,
na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito. Livre.
► [MÚSICA] Garage Sounds – Music
Festival
O Garage Sounds vem com força
para se tornar o maior festival de música autoral independente do estado do
Ceará. O GARAGE SOUNDS valoriza a cultura e arte do Estado, tendo como
principais atrações bandas cearenses, mas também contando com grupos convidadas
de outros estados do País.
Dia 7 de janeiro de 2017, a partir das 14h, na
Praça Verde. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). Classificação indicativa: 18
anos.
Facebook: Garage Sounds
► [DANÇA] Planeta Hip Hop
A cultura hip hop agita as noites
de sábado no Dragão do Mar. Sempre às 19h, sob a cúpula do Planetário, crews de
breaking e outras danças do hip hop promovem encontros para batalhas informais,
com DJ tocando ao vivo.
Todos os sábados, às 19h, na
Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: Livre.
► [TEATRO] Espetáculo “Orlando”
Grupo Expressões Humanas
Um espetáculo que nasce a partir
do livro “ORLANDO” de Virgínia Woolf e que envereda pelas aventuras e
desventuras do personagem e do ser humano através dos tempos. A peça se
distancia do realismo para enveredar no fluxo da consciência humana explorando
e resignificando as imagens propostas por Virginia Woolf e a atmosfera
atemporal sugerida pela musicalidade, figurino, cenário e adereços que não
respeitam as convenções das épocas.
Para ressaltar as imagens
metafóricas e epifânicas propostas por Virginia Woolf e na tentativa de
refletir o fluxo de consciência e dos acontecimentos, optamos pela
transversalidade da encenação pontuando poesia, fantasia e memória, com música
ao vivo, projeções e intervenção de artes plástica. Apresentando um panorama
das transformações sofridas pelo ser diante da vida, o espetáculo traça
divertidas comparações entre os gêneros e desenha Orlando como um ser humano
independente do sexo, um personagem imaginário, um ideal andrógino de ser, que
se apresenta primeiramente como um nobre e belo rapaz e depois como uma linda
mulher aos trinta e seis anos. Em seu percurso de 300 anos busca entender a
vida, a arte e o amor.
Sobre o grupo
O Grupo Expressões Humanas nasceu
em 1990 e desde então procura contribuir para a difusão e discussão do fazer
teatral e do papel do artista e da arte na sociedade. Seu foco de pesquisa é o
"Teatro Ritualístico Contemporâneo", tendo como base os preceitos de
Grotowski, Antonin Artaud, Eugenio Barba e do teatro revolucionário. Em mais de
25 anos de história, o grupo carrega em sua bagagem vários espetáculos, além de
mostras, oficinas, intervenções, esquetes, grupo de estudo e um jornal do
grupo.
Dia 7 de janeiro de 2017, às 19h,
no Teatro Dragão do Mar. Gratuito. Classificação
indicativa: 16 anos. Duração:
1h50min.
Site: http://grupoexpressoeshumanas.blogspot.co.za/
Facebook:
https://web.facebook.com/grupoexpressoeshumanas/
► [INFANTIL] Brincando e Pintando
no Dragão do Mar
Um dos mais tradicionais
programas semanais do Centro Dragão do Mar, o Brincando e Pintando oferece ao
público infantil uma série de atividades gratuitas, como pintura, futebol de
botão, bambolê, pingue-pongue e outras brincadeiras para entreter os pequenos.
Todas as atividades são acompanhadas por monitores.
Especialmente nos dias 15 e 22 de
janeiro, o Brincando e Pintando terá ainda apresentação educativa do teatrinho
de fantoches da Cagece, que, de maneira lúdica e divertida, ensina a fazer o
uso responsável da água.
Todos os domingos, das 16h às
19h, na Praça Verde. Acesso gratuito. Classificação indicativa: Livre.
► [MÚSICA] Andread Jó –
Lançamento do CD Andread Jó Ao Vivo
O disco conta com canções dos
três primeiros álbuns, Força (2005), We are One (2007), Andread Jó sings Bob
Marley (2012) além de três faixas inéditas do seu quinto álbum que será gravado
ao longo do ano de 2017.
Em 2017 Andread Jó completa 11
anos e lança seu primeiro cd ao vivo gravado em Fortaleza, no Anfiteatro do
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, após retornar de sua sétima turnê
europeia, onde o artista tocou na Bélgica e França. O trabalho inclui, além das
composições do artista, cinco canções do rei Bob Marley.
Com 3 discos lançados, Andread Jó
sings Bob Marley (2012), We are One (2008) e Força (2005), Andread Jó prepara
seu quarto álbum intitulado Tempo de Reflexão, que conta com faixas em
português, inglês e uma canção em francês, La vie est une chanson, todas
compostas por Andread Jó.
Dia 7 de janeiro de 2017, às 20h,
no Anfiteatro. Gratuito. Classificação indicativa: 18
anos.
Site oficial: www.andreadjo.com
Facebook:
www.facebook.com/andreadjo
Instagram:@andreadjofficial
► [TEATRO INFANTIL] Espetáculo
"Quatro Patas"
Grupo Bricoleiros
Com uma linguagem simples e
educativa, traz para o público de forma bem humorada um assunto atual bastante
polêmico, a dependência aos jogos eletrônicos. A história é conduzida entre o
amor de um gato para um menino. Paciência e superação é o foco principal que perpassa
por todas as cenas. Um menino bitolado em vídeo game, condiciona-se tanto ao
jogo que se torna menos comunicativo e sociável com seu melhor amigo. Um gato
vai mostrar que a tecnologia pode conviver com “a artesania” da amizade. Que há
tempo para o virtual e para o real. Que a afetividade é tão divertida quanto à
aventura dos jogos. Além de divertir e emocionar o espetáculo passa para o
público a sensação de estar assistindo a um filme de animação. Executado por um
teatro feito com marionetes cartunizadas, trilha de sonora de anime e com uma
animação de movimentos similares ao humano.
Sobre o grupo
Considerado um dos principais
grupos de teatro de animação do Ceará, o Bricoleiros foi fundado em 2004 por
artistas do teatro e das artes cênicas. Detentores de técnicas de confecção e
animação de marionetes, o grupo já circulou por diferentes cidades brasileiras
e países. O grupo já fez parte do Laboratório de Criação da Escola Porto
Iracema. Por onde passam, seus espetáculos são bem recebidos pelo público e
pela crítica.
Dia 8 de janeiro de 2017, às 17h,
no Teatro Dragão do Mar. Gratuito. Classificação
indicativa: a partir de 6 anos.
Duração: 50 min.
Site:
http://grupobricoleiros.blogspot.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/bricoleiros
Instagram: @bricoleiros
►[MÚSICA] Shalon Israel
Lançamento do disco "Fonte
em Terra Sagrada"
Vocalista e compositor cearense,
Shalon Israel iniciou a carreira em 1998. Já passou por diferentes bandas de
reggae na cidade, como Mentalize, Filosofia Rasta e Irmandade e Raiz. Em 2012,
lançou o projeto sound system, em que se destaca o single "Cabeça de
Gelo", um de seus maiores sucessos. Agora, o artista lança a coletânea
"Fonte em Terra Sagrada" também no estilo sound system, trazendo os
sucessos da carreira e ainda canções inéditas tendo como fonte de inspiração a
espiritualidade, o protesto e o amor.
Dia 8 de janeiro de 2017, às 18h,
no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação indicativa: 18 anos.
►[DANÇA] Espetáculo “A Dança
Nossa de Cada Dia”
Silvia Moura
Sílvia Moura é artista das
conexões possíveis, entre o corpo e o pensamento. Comunica-se através das mais
diversas mídias, utilizando a dança, a performance e a palavra como principais
pontes para essa viagem, entre sua vida e o olhar do público. Relação essa que
permeia sua "dança-desabafo", tornando-a uma das artistas mais
emblemáticas no que diz respeito à Educação, Produção e Difusão da Dança no
Ceará.
Sinopse do espetáculo
Salvo o que sobra para refazer
meu CORPO e habitar a CIDADE. E transbordo, A DANÇA NOSSA DE CADA inicia. Então
quero dividir as ideias, as sensações, quero falar sobre algumas coisas. Chega
o momento, vazo. E assim, preciso de outras pessoas para estar junto, para
pensar sobre, para discordar, para seguir. Venha, segure minha mão, olhe para
mim com todo o brilho do seu olhar. Eu estarei inteira.
Ficha técnica
Dança de Silvia Moura | Figurino:
Matias Francisco | Música: Uirá Dos Reis | Participação, produção: João Paulo
Pinho | Fotos: Jean dos Anjos e Luiz Alves
Dia 12 de janeiro de 2016, às
17h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 14 anos.
►[DANÇA] Espetáculo Manchaaa
Henrique Castro, Felipe Araújo e
Thomas Saunders
Seduzidos pela ideia de vestígio,
de índice carnal, visceral e interno, MANCHAAA, tensiona o corpo em permanência
e sutura movimentos de corpos ordinários, abjetos, objetificados e
descartáveis.
Em tempos de hiper saturação das
imagens de violência, o consumo massivo dessas imagens ainda é assunto
contemporâneo. O que nos comove. O que torna uma imagem violenta e como as
imagens nos violam. Vivemos no substrato do pós-moderno, corpos mutantes, ciborgues,
estranhos, confusos. Vivemos e alimentamos a cultura das tragédias. Causamos
(ou nos causam) a naturalização da insensibilidade?
O que é sólido desmancha-se no
ar. E provoca, assim, a instabilidade da atenção. Em meio a reprodutibilidade
da violência, tudo parece borrado, contaminado, manchado.
Release da cia/ Artista
Felipe Araújo é
bailarino/coreógrafo e bacharel em Belas Artes/Teatro. Iniciou seus estudos em
dança Contemporânea no Centro de Experimentações em Movimento – CEM em 2002 e
cursou o Curso Técnico em Dança do Ceará. Atualmente dirige a Em 2 Cia. de
Dança onde pesquisa o corpo e suas representações afetivas sociais.
Henrique Castro é bailarino e
performer, estudou no Curso Técnico em Dança do Ceará, Escola Nacional de Circo
e Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Integrou a Cia. Dita do coreógrafo
cearense Fauller e atualmente desenvolve colaborações artísticas entre as
cidades de Fortaleza e Rio de Janeiro.
Thomas Saunders é formado em
publicidade e propaganda, artista visual e performer. Pesquisa questões do
corpo, comunicação e arte, dentro do programa de pós-graduação em comunicação,
mestrado acadêmico da Universidade Federal do Ceará. Em 2016, foi um dos
artistas selecionados para expor no 67o Salão de Abril com o trabalho “ Faloexibicionismo”.
Ficha técnica
Concepção, criação e performance:
Felipe Araújo, Henrique Castro e Thomas Saunders |
Paisagem sonora: Thomas Saunders
| Produção: Henrique Castro | Fotografia: Virgínia
Pinho
Dia 13 de janeiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 16 anos. Duração: 45
min.
Saiba mais: manchaaa.hotglue.me
Assista: https://vimeo.com/manchaaa
►[MÚSICA] Projeto Rivera
Lançamento do single Ladrilhar
Som alternativo com canções que
carregam traços regionais, mesclando Rock, MPB e Baião: este é o Projeto
Rivera, composto por cinco rapazes comprometidos com o trabalho e a ideia de
que tudo pode ser feito de forma "orgânica, verdadeira e manual". O
Projeto, que nasceu em 2013, logo no ano seguinte já idealizava o seu primeiro
CD: lançando em 2015, o álbum "Eu Vim Te Trazer o Sol". Com 13
faixas, o disco foi composto em viagens pelas cidades do interior do Ceará e
passeia por letras que exploram histórias vivenciadas nessas andanças.
Com a produção do primeiro álbum,
também surgiu a ideia de realizar uma série de ações, incluindo a produção de
"lyrics", aqueles vídeos em que o foco está na letra da canção e onde
é possível ver o desenrolar da história da música no plano de fundo. Com o
diferencial de terem sidos produzidos com recortes de papel e souvenirs
acumulados durante as viagens, da forma mais analógica possivel, sem utilizar
de programas de criação de imagens 3D, como é usual neste método de vídeo.
O grupo também se dedica a fazer
intervenções urbanas (Lambe-Lambes) com trechos de suas canções. A dedicação do
Projeto Rivera demonstra-se desde que os músicos construíram o estúdio,
produziram e gravaram o seu próprio CD. Assim como os vídeos da produção do
encarte do CD, que também foi feito manualmente, todos essas produções são
registradas e divulgadas no canal do Youtube em formato de “Playlists”.
A Rivera, tanto em Fortaleza
(CE), terra natal da banda, quanto em outras cidades como Juazeiro do
Norte(CE), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA), já acumula ótimas
experiências em seus shows. No ano de 2015, eles participaram do Festival MADA,
em Natal, depois de uma concorrida seleção que envolveu votação na web,
demostando o fortíssimo engajamento que a banda mantém com o público através
das suas redes, fruto do seu próprio gerenciamento de social media.
Recentemente, a banda foi uma das
contempladas no Laboratório de Música do Porto Iracema das Artes, onde já está
trabalhando no seu segundo álbum, que conta com a produção de Léo Ramos,
guitarrista e vocalista da banda Supercombo. Recentemente, a Rivera soltou em
seu canal no YouTube o vídeo para a canção "Canto Bom", single que
antecede o segundo disco.
A banda, que é composta por
Victor Caliope (vocal), Gabriel Fontenele (baixo), Bruno Santos (guitarra),
Matheus Brasil (bateria) e Flávio Nascimento (guitarra), vem traçando com
vontade e determinação o que eles decidiram para as suas vidas: construir uma
carreira de sucesso dentro da música.
Dia 13 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 18 anos. Duração: 60
min.
Site: www.projetorivera.com
Facebook:
www.facebook.com/ProjetoRivera
Instagram: @projetorivera
► [CIRCO E MÚSICA] Brincando e
Pintando no Dragão do Mar - Especial Circo de Todas as Artes
Apresentações de circos e
artistas populares ligados à cultura circense e ações de cidadania para os
moradores marcam o projeto Circo de Todas as Artes, que comemora 10 anos de
criação com a realização de mais uma edição em Fortaleza.
À frente do Circo de Todas as
Artes está a Associação dos Proprietários, Artistas e Escolas de Circo do Ceará
- Apaece, que idealizou o projeto com o objetivo de democratizar o acesso à
cultura, em especial, às artes circenses, em comunidades onde as oportunidades são
mais limitadas. A realização é da Apaece e da Prefeitura de Fortaleza, por meio
da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor).
Programação
9h às 12h - AÇÕES DE CIDADANIA
09h00 – Quarteto Cearense
11h00 - As 10graças
13h00 – Circo Mirtes
13h30 – Circo Marlin
14h00 – Circo Teatro Pimenta
14h30 – Circo London
15h00 – Circo Meridiano
15h30 - Circos Tropical
16h30 – Parahyba & Cia Bate
Palmas
17h30 – Os Alfazemas
Dia 14 de janeiro de 2017, a partir das 9h, no
Pavilhão Atlântico. Acesso gratuito. Classificação indicativa: Livre.
►[TEATRO] Espetáculo “De Olhos
Abertos Lhe Direi”
Ricardo Guilherme
Um homem percorre de um lugar a
outro, com sua bagagem à mão. E ao completar a sua travessia, se despoja dessa
bagagem, plena de referências históricas sobre o seu pensamento e sua ação na
inserção social, para reiniciar sua trajetória, agora já despida de resquícios
das convicções do passado. Percebe-se pela exposição acintosa desse legado
intelectual que seu conhecimento transcende o ardor das paixões e requer a
experiência da apurada e impiedosa razão. Em desagravo à ideia de alienação, o
homem em cena - com dramaturgia de Ricardo Guilherme a partir dos versos das
canções de Belchior - propõe uma militância que questiona mentalidades no
desafio de criar novas perspectivas.
Sobre o artista
Ator, dramaturgo e diretor
teatral, com mais de cem espetáculos e com uma trajetória nacional e
internacional. Formulador da teoria e do método Teatro Radical. Já publicou
livros sobre a história do teatro cearense. Professor e um dos fundadores do
Curso Superior de Artes Cênicas da Universidade Federal do Ceará. Jornalista,
contista, cronista e poeta. Fez parte da equipe fundadora da Televisão
Educativa do Ceará (hoje TVC) e da Rádio Universitária. Apresentador do
Programa Diálogo na TVC.
Ficha técnica
Dramaturgia, atuação e direção de
Ricardo Guilherme, a partir de textos das músicas de Belchior | Produção
Executiva: Elisa Alencar | Assistente de Produção: Renato Rodrigues
Dia 14 de janeiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 14 anos. Duração: 50
min
►[MÚSICA] Groovytown
Lançamento do disco Santo Remédio
De maneira descontraída, a
Groovytown se formou através da ideia dos músicos de construir um trabalho
coeso e pop, mesclando as linguagens do samba, do sambarock, da soul music e da
música nordestina. Neste show, a banda lança seu mais novo trabalho de canções
autorais, “Santo Remédio”, com a participação de Margareth Menezes, na música
"Aluá". Será lançado ainda o clipe da música "Samba de
Brasileiro", premiada como melhor vídeo no Brasil pelo concurso "TV
Garagem", lançado pela Rede Globo aos internautas.
Em quase 7 anos de existência,
teve a oportunidade de tocar em vários festivais e projetos ligados à música
independente pelo país, dividindo o palco com grandes nomes da música
brasileira como Jota Quest, Jorge Benjor, Lulu Santos, Seu Jorge, Maria Rita, O
Rappa, Paralamas do Sucesso, Titãs, dentre outros.
A Banda Groovytown é composta
por: Caio Batista (voz), Adriano Azevedo (bateria), André Rocha (percussão),
Netinho de Sá (baixo), Ricardo Abreu (trompete e flugelhom) e Thiago Rocha (sax
e flauta)
Dia 14 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia). Classificação
indicativa: 18 anos.
Site: www.groovytown.com.br
facebook/BandaGroovytown
►[TEATRO INFANTIL] Espetáculo
“Brincadeiras Perdidas”
Betha Produções
O espetáculo infantil, que
completa 13 anos em 2017, já foi assistido por mais de 40 mil crianças, e hoje
conta com um livro, em sua quinta edição. As brincadeiras infantis, o incentivo
à convivência em coletivo, a valorização da amizade, o universo da informática,
o cinema, a música e o incentivo à leitura estão presentes no espetáculo
“Brincadeiras Perdidas” com apresentação única no dia 15 de Janeiro no Teatro
Dragão do Mar. Este ano o espetáculo comemora 13 anos de atividades. Já foram
mais de 400 apresentações e um público estimado em 40 mil crianças que já o
assistiram.
Em 2004 foi eleito o melhor
espetáculo de teatro infantil em Fortaleza. Além disso, paralelo ao projeto
Brincadeiras Perdidas, foi desenvolvido o livro infantil “Manual das
Brincadeiras Perdidas”, de autoria de Beth Fernandes, com ilustrações do
cearense Yuri Yamamoto, hoje em sua 5º edição.
O espetáculo envolve as áreas
artísticas do teatro, audiovisual, arte digital, música, literatura, leitura e
livro e fazendo um resgate das brincadeiras antigas e um paralelo com a
informática, mostrando as vantagens e desvantagens da tecnologia na vida da
criança. O espetáculo busca abordar uma interatividade entre dois brinquedos de
panos, a Mel e o Pitoco, personagens principais, que foram abandonados numa
caixa por uma criança, que os considera velhos, chatos e feios e que agora só
pensa em brincar com o seu computador.
Por sua vez, o enredo mostra
cenas lúdicas relacionando o mundo virtual e suas várias possibilidades de
diálogo com o mundo real, no intuito de captar a atenção e permitir a
capacidade da criatividade e participação ativa do público infantil. Aborda
tanto a importância das brincadeiras antigas no desenvolvimento social,
cognitivo e motor da criança quanto o mundo fantástico da informática. Ambos
participam da aprendizagem educacional e aliados permitem a formação de
personalidade, diversão e interatividade social. A história traz uma relação de
coletividade, estabelecendo vínculos de amizade.
Sobre o grupo
Situada no Cariri cearense, a
Betha Produções foi fundada em 2004. De lá para cá, a empresa vem atuando,
tanto no Ceará como no Rio de Janeiro, em diversas linguagens, como artes
visuais, música, teatro e literatura. Entre os seus projetos mais bem
sucedidos, se destacam o espetáculo de teatro infantil “Brincadeiras Perdidas”
e a publicação do livro para crianças “Manual das Brincadeiras Perdidas”, hoje
na quarta edição.
Dia 15 de janeiro de 2017, às
17h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação indicativa: Livre.
Duração: 55 min.
Facebook: Betha Produções
►[MÚSICA] Laya
Lançamento do disco Laya
A música entrou em sua vida desde
cedo. Primeiro como uma ouvinte brincante dos pais músicos, depois quando
resolveu estudar canto. Mas antes de se assumir cantora, em 2003, ao integrar a
banda O Jardim das Horas, fez parte da Cia Vatá, com quem excursionou pelo
Brasil e EUA aprimorando suas técnicas de dança contemporânea, clown e atriz.
Desde 2007 vivendo em São Paulo,
pra onde resolveu se mudar com a banda, Laya tem mergulhado na música. Produziu
e lançou o primeiro disco d’O Jardim das Horas, participou de projetos
especiais como o LAYA recanta FATAL, para uma edição da Virada Cultural de SP,
e fez parte do show em homenagem a Caetano Veloso, realizado em 2015 no
Auditório do Ibirapuera e produzido pelo músico Maurício Tagliari à convite da
editora TRIP. Foi Saulo Duarte, também cearense, quem a levou até os estúdios
da ybmusic, em São Paulo. Talvez sem saber que começava ali uma parceria que
resultou no lançamento de seu primeiro disco solo.
Laya e Tagliari em pouco tempo
começaram a alinhavar canções. Letras, arranjos, pensamentos. Aos poucos, o
disco começava a ganhar forma: novas canções começaram a chegar, de artistas
conhecidos e desconhecidos; músicos de São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Cuba, África acostumados a se encontrar, pela música ou não, nos
estúdios da YB, foram se aproximando de maneira despretensiosa, mas não menos
intensa para construírem juntos um disco autoral. Laya costuma brincar que é um
disco imperfeito. Talvez por não seguir uma única estética, linha, estilo. ‘Talvez
também por ser o retrato de um processo de busca artística inquieta, que dá
espaço ao inesperado, ao improvável que é muitas vezes a fonte da boa arte. As
gravações foram celebrações de musicalidade, sem amarras de metrônomos,
arranjos escritos, overdubs. A complexidade e a beleza nascem da soma das
sensibilidades’, diz Maurício Tagliari.
As letras escritas ou
interpretadas por ela somadas às suas referências do rock, do tropicalismo e,
não menos importante, às suas influências nordestinas, se transformaram em
quatorze músicas. “Vem Pra Chuva” (Maurício Tagliari), “Mais Brilhantes”
(Laya), “Consideração” (Romulo Fróes e Clima), a dançante “Alheia” (Igor
Caracas e Maria Ó) foram as primeiras canções a serem divulgadas e são a
síntese desse disco de estreia, que coloca no mesmo caldeirão nomes consagrados
da música brasileira com nomes promissores, ritmos e sons, sentimentos e
sensações desses tempos conturbados, possíveis somente entre poesia e
encontros. Tem sutileza, tem brisa vinda do mar, tem gosto de chuva, tem
sertão, tem cidade, tem saudade e visão.
A espontaneidade e liberdade
entre Laya e os músicos convidados durante as sessões de gravação foram
fundamentais para o resultado final do disco, já que foram feitas ao vivo, sem
pré-produção. Mariá Portugal, Felipe Maia e Thomas Harres (bateria), Igor
Caracas (percussão e vibrafone), Gabriel Bubu (baixo e guitarra), Jesus Sanchez
(baixo), Maurício Tagliari (guitarra), André Piruka e sua banda Höröyá, Luca
Raele (clarinete e piano), o cubano Jorge Ceruto (trompete), Carlos Gadelha
(guitarra), Dudu Tsuda (teclados), a cantora Juliana Perdigão (clarinete e
flauta), Guilherme Kafé (baixo e vocais) e Luiz Gayotto (vocais), deixaram suas
assinaturas nas canções escolhidas para lançar Laya em sua carreira solo.
Dia 15 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 18 anos.
Facebook: Laya Layá
►[DANÇA] Espetáculo “Vel_Cru”
Centro Coreográfico Leandro Netto
Através de uma justaposição das
palavras véu e cru, surgimos com uma temática que admite diversas
interpretações. Uma casca rachada, quase despedaçada; uma passagem cruel do
estático para o selvagem; uma máscara. Qual a relação do véu com o cru?
Mergulhado no contexto social dos segredos, das imposições, do medo, dos
padrões, VEL_CRU propõe que estas questões limitam relações de convivência, mas
sobretudo, a relação de autoconhecimento. Esconde-se o que é da natureza de
cada um. O cru não é bem visto, nem bem quisto, entretanto isso não significa
que “não exista”, e sim que não se pode perceber como são as coisas em si
mesmas. Os véus é que são percebidos e talvez nem existam.
Os conceitos presentes nessa
temática são os pontos de partida para o desenvolvimento coreográfico,
transitando pelas lembranças, impulsos e todas as possibilidades estéticas e
cênicas. As composições partirão do jazz, da dança contemporânea, ambos
dialogando entre si e buscando a harmonia entre músicas clássicas de rock,
brasileiras e o universo musical lyrical. O contraste se apresenta nos momentos
fortes da trama coreográfica através do sapateado e o hip hop potencializando
as sensações e dualidades com o equilíbrio entre os momentos bruscos e
singelos.
Sobre o grupo
O Centro Coreográfico Leandro
Netto surgiu em 2013, com a proposta de fazer um diálogo entre as linguagens de
dança contemporânea, jazz, sapateado e hip-hop. Com o slogan "Eu não danço
só", vem desenvolvendo o ensino da dança de uma forma inusitada e
persistente, formando jovens bailarinos de diferentes vertentes e mexendo com o
cenário da dança - do Ceará e do Brasil. O CCLN tem conquistado muitos prêmios
de relevância em festivais competitivos.
Dia 19 de janeiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação indicativa: 16
anos.
►[MÚSICA] Di Melo
Lançamento do disco O Imorrível
Passados 40 anos do lançamento
seu épico disco em 1975, o pernambucano de Recife Di Melo apresenta ao público
o show do seu novo disco, "O Imorrível", de maneira fidedigna e com
instrumentação completa. Nesta apresentação, serão executadas todos os clássicos
do disco lançado em 1975 e também as novas composições, registradas neste 2º
álbum, lançado oficialmente no segundo semestre de 2015.
O show apresenta ainda homenagens
a artistas e gêneros musicais que Di Melo admira, como baião e frevo, e
intervenções poéticas improvisadas do artista, tornando cada espetáculo um
momento inédito. Contendo 11 faixas e 1 faixa bônus, o disco conta com
participações especiais de B.Negão, Larissa Luz e Olmir Stocker, além de uma
faixa que registra finalmente uma música fruto de uma antiga parceria musical
do artista com Geraldo Vandré.
Dia 19 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação indicativa: 18 anos.
Facebook: @dimeloficial
Instagram: dimelo_imorrivel
Site: www.dimelo.mus.br
►[DANÇA] Espetáculo “Prelúdios
para Danças Caboclas”
Cia Balé Baião
Em cena um itinerário de Ritos
precários e crus. Gradativamente três corpos dançantes se fazem “abertos para
incorporar” suas ancestralidades caboclas: curandeiros, pajés e guerreiros, na
vibratória de maracás, tambores, loas e clamores desnudando suas peles
encarnadas pelo Urucum sagrado.
Três homens
negros-indígenas-caboclos... Histórias singulares, ritmos pulsantes nascidos no
ventre do povo, nos terreiros de umbanda, periferias, favelas e vielas
brasileiras... Trajetos que se entrelaçam, idades distintas que se transmutam
pelo encontro e contato... Anuncio de uma dança ancestral que evoca tempos,
histórias, personagens, divindades de ontem e hoje, para celebrar possíveis
hibridações e evocar caboclas dramaturgias brasileiras, numa perspectiva
contemporânea, espiritual e política.
Sobre o grupo
Atuante há 22 anos ininterruptos
em Itapipoca (CE), a Cia Balé Baião vem desenvolvendo um trabalho pioneiro de
pesquisa, criação, formação continuada, inserção na comunidade e difusão de
Dança Negra Contemporânea no Brasil. As estéticas, poéticas e dramaturgias de
suas obras nascem de questões que atravessam o Corpo Híbrido/Político/Afro-
indígena/Interiorano e configuram-se por meio de experimentos/laboratórios de criação
dirigidos pelo coreógrafo/fundador da Cia, Gerson Moreno, e artistas
convidados.
Dia 20 de janeiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Livre. Duração: 39 minutos.
Facebook.com/ciabalebaiao
Site: ciabalebaiao.wordpress.com
►[MÚSICA] Danchá
Lançamento do single “Nêga” com
part. de Liminha
Danchá é uma banda de música
contemporânea brasileira, natural de Fortaleza, Ceará. Surgiu em 2013, a partir do encontro
do cantor, violonista e compositor cearense Danilo Guilherme com o trio
instrumental Chacomdéga, que conta com Milton Ferreira no baixo, Bruno Rafael
na guitarra e Pepeu na bateria. Com um estilo particular, a partir das
vivências entre os integrantes, suas perspectivas sonoras e seus diálogos sobre
a vida, o danchá mergulhou num laboratório musical de criação e surgiu com uma
sonoridade completamente singular.
Após diversas apresentações em
festivais de Fortaleza e uma breve turnê em São Paulo, em 2015 o grupo
participou do Laboratório de Música da Escola Porto Iracema das Artes em
Fortaleza, onde contaram com a produção musical do Liminha (ex-Mutantes) para
gravação do primeiro álbum da banda intitulado “DanChá”, que está em fase final
de produção, e para a estreia do show “danchá”. Nesse show a banda apresenta
músicas de seu primeiro disco, todas de autoria do experiente cantor e compositor
Danilo, num ritmo swingado e sedutoramente suave. O grupo faz uma leitura cool
e atualizada de ritmos padrões do repertório brasileiro, com influências do
Reggae, da Bossa Nossa e do hip hop americano.
Dia 20 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 18 anos.
Facebook: Dan Chá
►[TEATRO] Espetáculo “Máquina
Fatzer – Diga que você está de acordo!”
Teatro Máquina
A peça parte dos fragmentos do
Fatzer de Brecht, escritos entre 1926 e 1931. A fábula brechtiana se passa na I Guerra
Mundial: quatro soldados alemães desertores se veem confinados na casa de um
deles. Os quatro tentam chegar a um consenso para cada decisão, em paródia à formação
dos sovietes. Entre as figuras, Fatzer é o egoísta.
Na montagem do Teatro Máquina, o
grupo se desafia a enfrentar o material textual inacabado e desenvolver uma
dramaturgia da cena, explorando a guerra como situação motriz para improvisar e
descobrir como a linguagem e o tempo do teatro podem expressar os extremos da
espera, da violência e da comunicação. Na encenação de sua MÁQUINAFATZER, o
grupo dá forma ao fragmento em tensão, repetição, engajamento físico e na
construção/destituição de uma língua inventada. O espetáculo explora a potência
do tempo presente em criação de ação contínua, transfigurando os fantasmas do
passado e do futuro no agora da representação.
Sobre o grupo
Teatro Máquina é um grupo de
Fortaleza. Desde 2003, investiga o corpo e a presença, o gesto em sua
decupagem, a palavra como imagem. É um coletivo que se reúne diariamente para
pensar e praticar formas de se manterem juntos. Esse teatro toma forma na sala de
ensaios, no encontro com o texto e com as ideias de outros colaboradores como
espaço de exploração e invenção.
Dia 21 de janeiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação indicativa: 18
anos.
Site: www.teatromaquina.com
Facebook: Teatro Máquina
►[MÚSICA] Show Tributo
Brasileiríssimos
O show é uma grande homenagem a
ícones da música brasileira. Com idealização e realização da Astron Produções
em parceria com a renomada página do Facebook “Brasileiríssimos”, uma noite
especial com os melhores shows em tributos a Cássia Eller, Raul Seixas e Legião
Urbana. As atrações dessa edição serão Banda Salt (Cover oficial do Raul Seixas
no Ceará), Banda CODA (Cover oficial do Legião Urbana no Ceará) e Luh Lívia
(vocalista da Mafalda Morfina, interpretando músicas de Cássia Eller).
Dia 21 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia). Classificação
indicativa: 18 anos.
►[TEATRO INFANTIL] Espetáculo “D.
Menina”
K'Os Coletivo
A vida de D. Menina é cuidar das
suas plantas e dos seus animais. Seu maior pesadelo é saber que pode perdê-los.
O espetáculo é uma representação do palhaço Pipiu, que transforma a realidade
em sonho, mostrando a vida de D. Menina. Mergulhado nas nuances do lúdico, a
peça envolve os espectadores sinestesicamente, provocando reações variadas nos
bebês.
Sobre o grupo
O K'Os Coletivo iniciou suas
atividades em 2006 e já circulou por teatros e festivais do Ceará, além de
participar do Festival de Teatro de Curitiba. O grupo possui como principais
linhas de pesquisa a improvisação teatral, a palhaçaria, a comédia e o teatro
para a primeira infância. Com cinco peças contabilizadas em seu repertório, o
K’Os Coletivo estreou “D. Menina”, primeira e única montagem teatral para bebês
no Ceará.
Dia 22 de janeiro de 2017, às 16h
e às 17h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação indicativa:
Para bebês a partir de 6 meses. Duração: 30 min. Limite de público: 60 pessoas,
incluindo adultos e bebês, por sessão.
►[MÚSICA] Daniel Groove
Lançamento do disco Romance pra
Depois
Um dos destaques entre os
brasileiros no Lollapalooza 2017, o músico cearense comemora com show em
Fortaleza o lançamento de seu segundo álbum autoral em novas plataformas.
Domingo, 22 de janeiro, às 20 horas, Daniel Groove se apresenta no espaço do
Anfiteatro do Dragão do Mar, depois de um badalado show em São Paulo. A
apresentação marca o lançamento de “Romance pra depois” em CD.
Lançado inicialmente com download
gratuito, o segundo álbum autoral de Daniel Groove chega agora nas principais
plataformas digitais e em edição física pelo selo Sete Sóis com distribuição
Tratore. “Romance pra depois” já está nas lojas, no Deezer, Spotify, iTunes,
Google Play e outros serviços.
Vivendo um momento especial,
Daniel Groove se prepara para sua participação no Lollapalooza Brasil 2017, no
dia 26 de março. Confirmado no lineup do festival em setembro, o artista também
foi indicado ao Prêmio Dynamite 2016 com “Romance pra depois”, na categoria
melhor álbum de MPB, a mesma que venceu em 2014 com o elogiado “Giramundo”.
No show no Dragão do Mar, o
repertório incluirá canções de seus dois discos solo como
"Giramundo", “Canção de amor”, “Você Sabe Muito Bem o Que me Resta”,
“Retrato”, “Bicicleta”, “Eu lembro do vento” e "Jardim suspenso".
Daniel ainda toca canções inéditas e versões de clássicos da música brasileira.
Daniel Groove (voz) será
acompanhado por Saulo Duarte (guitarra), João Vasconcelos (guitarra e
teclados), Klaus Sena (baixo) e Victor Bluhm (bateria).
Assista o clipe de Bicicleta:
https://youtu.be/zHbSNfBjyao
Dia 22 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 18 anos.
Site: http://danielgroove.com
Facebook: /danielgroovemusica
Instagram: @groovedaniel
►[DANÇA] Espetáculo “Ibirapema, o
forró que faltei”
Omì Cia de Dança
A Omì Cia de Dança é um grupo que
desenvolve dança cênica informada pelos estudos técnicos e sociais de danças a
dois desde o ano de 2008. Começou sua trajetória a partir da iniciativa do
diretor Éder Soares, que reuniu bailarinos de dança de salão para pesquisar e produzir
dramaturgias cênicas. Hoje, o grupo composto por perfis híbridos de bailarinos
se dedica a trabalhos aprofundados nas danças a dois em hibridização com outras
danças.
Sinopse do espetáculo
Articula matrizes da cultura
popular que influenciam e compõe o movimento do forró,
materializando uma especulação
histórica da trajetória desse rico movimento, que
olha para a ancestralidade e se
constitui como corpo na cena. Assume assim a difícil
missão de articular danças e
elementos das tradições populares por intermédio de uma
dramaturgia contemporânea.
Ficha técnica
Direção Geral: Éder Soares |
Codireção: Clarissa Costa | Bailarinos: Jhon Morais, G Duarte, Victória
Andrade, Luciene Feitosa, Vicente Mesquita, Jéssica Cruz, Clarissa Costa e Éder
Soares | Comunicação Visual: Tim Oliveira (CE) | Figurinos: Paulo José (PE) |
Aderecista: Gutto Moreira (CE) | Trilha Original: Vinicius Pereira (SP),
Nathanael Sousa (SP) e Marcenildo Duarte (CE) | Direção Musical: Helder
Vasconcelos (PE) | Iluminação: Walter Façanha (CE) | Iluminotécnica: Ivna
Ferreira (CE)
Dia 26 de janeiro de 2017, no
Teatro Dragão do Mar; e dia 17 de fevereiro de 2017, no Teatro das Marias.
Sempre às 19h. Acesso gratuito. Livre. Duração: 50 min.
►[MÚSICA] Vitor Colares
Lançamento do disco “Eu entendo a
noite como um oceano que banha de sombras o mundo de sol”
Do alto de um prédio no centro da
cidade, ouço o novo disco de Vitor Colares, eu entendo a noite como um oceano
que banha de sombras o mundo de sol 1 . A sequência me sugere um percurso
trôpego. O caminhante tem seu corpo alterado pela inconstante paisagem urbana,
cuja dinâmica remove grandes porções de solo para construção de túneis e de
repente se inclina num emaranhado de viadutos que confundem o sentido de
cabeças e avenidas. Ele é profundamente só, mas caminha na mira de um vulto,
uma figura humana tão turva quanto real. Vitor transpõe Fortaleza. Sua produção
é áspera, dolorosa, grave, universal. Cada faixa nos atinge no primeiro gole,
cinema em primeiro plano, ficção em primeira pessoa.
Todo espaço distante do corpo nos
é apenas insinuado, todo verso entoado por ele também nos pertence. A voz narra
algumas das desilusões amorosas que ainda ressoam quando a melodia nos faz
fechar os olhos e também aquelas que sofreremos num futuro incerto ou até mesmo
desilusões que talvez nunca tenhamos de fato, mas que seguem latentes,
paralelas às calçadas que pisamos com total descuido.
Num dado momento, o sertão
aparece, mas não se trata mais daquele laranja, com tons de ocre ou cinza de
terra rachada, como dizem os quadros de cactos que se cristalizaram no imaginário
sobre o Nordeste. O sertão, neste disco, são os galhos retorcidos das
lembranças cantadas por uma voz que vive os aglomerados da metrópole e não
esquece o sentimento cotidiano de estar sozinho no mundo.
Vitor nasceu em 1978 e cresceu em
Messejana, bairro com ares de interior na zona sudeste de Fortaleza. Desde
pequeno, tem nas veias salientes do pescoço e dos braços um desejo muito
urgente de se relacionar com as coisas à sua volta. Escreve, desenha, compõe,
atua. Produz linhas que performam palavras escritas, séries de sons, gestos no
espaço. Não poderia viver de outro modo, que não fosse tomando instantes de
sofrimento e casos de amor mal sucedidos como matéria de criação.
1 Versos de Zé Ramalho, extraídos
da letra de Beira Mar (álbum Zé Ramalho 2, 1980). Não nos é permitido seguir
imunes, de coluna reta e roteiro definido, após escutarmos sua música.
Raisa Christina
Informações:
Lançamento do álbum “eu entendo a
noite como um oceano que banha de sombras o mundo de sol”, de Vitor Colares,
lançado pela SuburbanaCo e Banana Records. O show é uma ação em parceria com a
Mercúrio - Gestão, Produção e Ações Colaborativas.
Dia 26 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 18 anos.
►[DANÇA] Espetáculo “Pra Frente o
Pior”
Inquieta Cia
Pessoas cavando seu próprio fim
serão como pessoas cavando o fim. Passo a passo, um coletivo arranha um
percurso adiante. Sempre adiante, desorientam pactos de convivência e, ainda
assim, permanecem como grupo, comunidade, tribo, sociedade... Criar, lutar,
adiante, sem esperança. Adiante sem acreditar. Adiante como imperativo ético.
Um corpo que já não aguenta mais e se mantém, enfim. Adiante. Em fim.
Sobre o grupo
A Inquieta Cia. atua com o
objetivo de estilhaçar funções e referências em suas pesquisas e atividades
artísticas, interessando-se por criações colaborativas e por circunstâncias que
incomodem e mobilizem tanto a arte como o contexto sociocultural em que essa se
encontra inserida. Seu repertório é formado pelos espetáculos
"Metrópole" (2012), “Esconderijo dos Gigantes” (2015) e “Pra Frente o
Pior” (2016). A Inquieta ocupa como sede o espaço“Artelaria”, em Fortaleza,
Ceará, e é também propositora do núcleo de formação e criação, "Habitat de
Atores - Núcleo para a tua ação”.
Dia 27 de janeiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 18 anos.
Facebook:
www.facebook.com/InquietaCiadeTeatros
►[MÚSICA] Saulo Duarte e a
Unidade
Lançamento do disco “Cine
Ruptura”
O roteiro amarrado por Saulo
Duarte e a Unidade em “Cine Ruptura”, terceiro álbum do cantor e compositor paraense
e sua banda, se desenrola em um país em completa transformação. Poderia ser
Eldorado, pátria alegórica erguida por Glauber Rocha em “Terra em Transe”. Mas
a terra que ele canta se parece mais com uma versão real e atualizada da
obra-prima do cineasta baiano. O Brasil de 2016, por exemplo. Nessa nação,
construções e ruínas são quase a mesma coisa e uma rouba a paisagem da outra em
movimento perpétuo de destruição e recriação. A crise instalada quer quebrar
tudo, mas também está guardada nela a melhor possibilidade de um futuro mais
equilibrado e justo. Ideologias são questionadas pela primeira vez com tanto
interesse popular. O pobre, o rico e o remediado têm de aprender a conviver na
marra. E também o preto, o amarelo e o arco-íris; o macho, a menina e a igreja;
o rock n’roll, a Jamaica e o som ambiente que sai das caixas do Mercado Ver-o-
Peso. Todos precisam ter garantido o direito de tomar sua cerveja, de fumar o
seu cigarro, de fazer sua cabeça. “Sem receio e sem receita”, como diz a letra
de “Quem quer que seja”, (Daniel Medina/ Igor Caracas), a contundente faixa que
abre o disco.
Saulo Duarte nasceu em Belém há
27 anos. Viveu na capital paraense até a adolescência e, de lá, partiu com a
família para Fortaleza, onde tornou ainda mais complexa sua formação musical,
colecionando na memória afetiva um catálogo sortido de estilos e estéticas.
Isso só fez crescer em São Paulo, capital da diversidade por excelência, para
onde o artista se mudou em 2008. Nessa cidade, montou com a banda seus três
álbuns autorais, os ótimos “Saulo Duarte e a Unidade” (2012), “Quente” (2014) e
este “Cine Ruptura” (2016/YB Music), que é lançado agora com o patrocínio do
Natura Musical. Se os dois primeiros os aproximavam mais das raízes – sobretudo
as paraenses – e expunham uma visão a respeito de estéticas já existentes,
“Cine Ruptura” marca o encontro de Saulo Duarte e a Unidade com sua identidade
musical mais profunda. Vai além dos reflexos do que os compositores ouviram
desde a infância no rádio de casa. Eles encontraram, isso sim, um lugar
original na música contemporânea.
Muito menos ensolarado do que os
dois álbuns anteriores, “Cine Ruptura” parece focalizar o outro lado da mesma
história, escapando do espírito leve que permeou o som da banda até aqui. Belém
está presente, mas é outra. Não é aquela do turista, mas a do cidadão comum que
vive a cidade também em seus dias mais cinzentos.
Tanto que a capital que surge nas
letras pode também ser São Paulo, Fortaleza, Porto Alegre, Rio ou qualquer
outro canto urbano do país. Mas a batalha diária na terra de “Cine Ruptura”
nunca é solitária, o que a torna mais amena. “Não estou sozinho/ Eu tenho os
meus amigos/ Posso me libertar/ Contando para eles o que eu sinto/ Dos
conceitos que eu penso/ De todas as amarras que eu tenho”, diz a letra de “Meu
Sangue” (Saulo Duarte/ Beto Gibbs/ João Leão).
Já em “Uma Música” (Saulo
Duarte), um dos momentos mais pungentes de reflexão contidos no álbum, “cantar
tem gosto vivo e é o contrário de morrer” e a comunicação nem sempre é tão
tranquila. “Às vezes é difícil falar, às vezes é difícil pensar na agonia/ Do
dia a dia/ E todas essas coisas que não param de crescer/ E o coração
desnorteado, cansado, não entende tanta covardia/ E é tanta coisa oculta, tanta
vida morta/ Tanta gente boa que a gente nunca mais vai ver”, doem os versos da
canção, delicadamente costurados com o piano do maestro Laércio de Freitas.
Cantar também é a chave para o
alívio em “Na Terra Vermelha” (Saulo Duarte/Curumin/ Russo Passapusso), que tem
participação vocal de Russo Passapusso, da banda Baiana System. Nela, o canto é
redenção, “samba do terreiro, é libertação”.
Além de Russo e Laércio de
Freitas, que também toca piano elétrico e sintetizadores em “Meu Sangue”, o
disco traz a participação de Ava Rocha em “Angorá”. Saulo Duarte partiu dos
versos imagéticos do poeta paulista Giovani Baffo para criar essa canção, a
menos direta do álbum, prato cheio para a voz tão particular da talentosa filha
de Glauber. E o filme não se perde nunca do fio de esperança que faz a vida e o
combate continuarem fazendo sentido. E recria a clássica imagem das flores
vencendo armas de fogo e servindo de fonte de energia aos guerrilheiros.
“Essa Força” (Saulo Duarte/ Igor
Caracas/ Curumin/ Beto Gibbs/ Klaus Sena/ João Leão/ Betão Aguiar/ Tulio Bias)
tem esse viés, falando em “tantas flores que ainda virão, tão poderosas
flores”, e depois: “Velha fonte, nova era/ Olho d’água do infinito/ Cada gota
de transformação/Não é só uma gota”. Única regravação do álbum, “Arrebol” é um
clássico obscuro de Dominguinhos e Anastácia (a mesma dupla de “Eu Só Quero um
Xodó”) e completa esse roteiro seguindo na expectativa de um final florido:
“Que surpresa alegre/ Bem vinda amada/ Chegue-se a mim/ Cravos e açucena/
Plantei par você/ Em nosso jardim”. “Vamos pro lado de lá/ Onde se esquece/ Do
tempo girando/ Do mundo passando/ Da morte, do medo desse lugar.” Se os versos
de “Bamba” (Saulo Duarte/ Alex Tea) esboçam uma tentativa de fuga da realidade
hostil, “Claridade” (Saulo Duarte) encerra o disco apontando para o sol que se
abre: “A noite vai ser mais tranquila e o sonho vai ter sabor diferente/ E você
vai ver que não dá pra fugir do que já se é e de quem se gosta”. Saulo Duarte e
a Unidade optaram por essa linguagem naturalista e sem interrupções: as nove canções
que sustentam o roteiro de “Cine Ruptura” surgem amarradinhas, sem respiro
entre uma e outra. Bem como os três interlúdios que as separam e determinam o
início, o meio e o fim da trama. Três momentos de ruptura, portanto.
Complementares, as vinhetas
“Arraial” e “Pavulagem” se referem ao Arraial da Pavulagem, grupo que mantém
viva a música tradicional paraense. É um outro olhar de Saulo Duarte e a
Unidade para Belém. “Arraial” traz a tradição do samba de cacete, típico das regiões
de Cametá e Bragança. “Pavulagem” faz releitura da música “Mandarins”, do
próprio Arraial da Pavulagem, tratada aqui como um carimbó tradicional – aquele
que era feito no Pará antes de os instrumentos elétricos serem assimilados
pelos músicos do gênero.
Sob a produção musical do
paulista Curumin, as gravações do disco aconteceram ao vivo no estúdio El Rocha
(SP), com todos os músicos tocando juntos, como em planos-sequência. Fizeram no
máximo três takes de cada canção – inteiros, sem edições ou remendos – e
escolheram o melhor dentre eles para o disco. Depois, outras camadas de
instrumentos (poucas) foram colocadas sobre essas bases.
A mixagem ficou nas mãos do
craque Victor Rice. O acaso foi valorizado, tanto quanto a quebra de
continuidade e os cortes bruscos. Porque aqui valem as regras básicas do Cinema
Novo brasileiro, compartilhadas do Nouvelle Vague francês e do Neorrealismo
italiano. A ficção é tratada como se documentário fosse. E os papéis são
vividos por quem sente na própria pele a realidade que quer descrever, não por
atores contratados. A imagem que se vê na tela é a da crueza da rua, com suas
belezas inesperadas e desconcertantes, nunca uma simulação fakeada em estúdio.
A verdade é sempre mais bonita.”
Site: www.sauloduarte.com.br
Facebook: @sauloduarteeaunidade
Nação Zumbi
Show Afrociberdelia 20 anos
Há exatos 20 anos, um dos grupos
mais importantes do país lançava seu primeiro registro para a posteridade. Da
Lama ao Caos, álbum de estreia de Chico Science & Nação Zumbi saiu em abril
de 1994. O trabalho foi um marco de uma turma que criou uma cena que criou um
movimento que, enfim, desestabilizou o eixo da produção musical no Brasil. Como
a obra de outras bandas conterrâneas, era o expressar sonoro dos caranguejos
com cérebro, da parabólica na lama, e tudo o mais que as pessoas sabem, sentem,
ou ouvem dizer como manguebeat. A diferença é que essa banda das cercanias de
Recife se fez conhecida no mundo, muito mais do que todas as outras.
Milhares de passos e milhões de
outros lugares, o que era leitmotiv então ficou na essência. Hoje, a banda
suscita o manguebeat, mas também faz nascer outros sons, de uma seara lavrada
por tantos anos. Não é acaso a Nação Zumbi ser até hoje uma das bandas mais
influentes e respeitadas na música brasileira.
Afrociberdelia
Neste show, no Centro Dragão do
Mar de Arte e Cultura, os pernambucanos da Nação Zumbi comemoram os 20 anos do
lançamento do disco "Afrociberdelia" e os 50 anos de Chico Science.
No show, será executado o repertório completo deste álbum, que é considerado um
dos mais importantes da música brasileira. Segundo e último disco que Chico
Science gravou com a Nação Zumbi, ‘Afrociberdelia’ marca o encontro entre as
músicas brasileira e africana, o rock, o rap e as revoluções digitais que deram
nova cara ao mundo nos anos 1990.
“Esse nosso álbum trazia um pouco
mais de tecnologia, psicodelia e batidas de hip hop. É um álbum enorme, com
mais de 20 músicas, e que visita diferentes sonoridades. Foi um disco bem
aceito na época em que foi lançado e até hoje continua bastante atual ainda”,
descreve Jorge Du Peixe, vocalista da Nação Zumbi, em entrevista ao G1.
Além de “Macô”, “Manguetown” e
“Maracatu Atômico”, músicas que nunca saíram do repertório da banda, Jorge Du
Peixe (voz), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupillo (bateria), Toca
Ogan (percussão), Da Lua e Tom Rocha (alfaias) se reencontram com a psicodelia
de “Samba do Lado”, a climática “O Encontro de Isaca Asimov com Santos Dumont
no Céu” e “Criança de Domingo” do Felinni – uma das maiores influências do
grupo.
Dia 27 de janeiro de 2017, às
20h, na Praça Verde. Ingressos 1º lote: R$ 60,00 e R$ 30,00 (meia) | Meia
Solidária: R$ 30 + 5L de água (a ser entregue no dia do show). Classificação
indicativa: 18 anos.
Locais de Venda:
Bilheteria Centro Dragão do Mar –
das 14h às 20h, de terça a domingo
Lojas Zefirelli – Shopping Aldeota e North
Shopping Jóquei
Site: www.ingressando.com.br
►[TEATRO] Espetáculo “O Rei dos
Pés Inchados”
Cia do Batente
A Cia do Batente iniciou suas
atividades em 1999 como GPTI – Grupo de Pesquisa em Teatro Infantil, com a
montagem de espetáculos para as crianças, em Sobral-CE. Com o passar do tempo,
investiu na pesquisa e formação dos atores, realizando espetáculos frutos de
uma investigação estética voltada para a performance e a narratividade dos
atores, bem como dos modelos contemporâneos de dramaturgia.
Sinopse do espetáculo
Inspirado na tragédia de Sófocles,
“Édipo Rei”, a peça mantém o enredo sofocliano, porém desenvolvido em forma de
teatro de arena, com incursões da técnica dos atores-narradores que conduzem a
fábula ao som de música eletrônica, rock, funk. O mito do filho que mata o pai
e, em seguida, casa-se com a mãe desperta nos atores uma discussão sobre o amor
e destino das pessoas. E para desvendarem os mistérios inerentes a esse mito,
eles dramatizam a peripécia de Édipo, desde o momento do vaticínio até a
revelação final, construindo cenas que aproximam a vida do personagem
protagonista da vida do espectador em geral, de modo a se perceber o quanto
estamos existencialmente ligados a Édipo.
Dia 28 de janeiro de 2017, às
19h, no Teatro Dragão do Mar. Classificação indicativa: 18 anos. Duração: 60
min.
Facebook: https://www.facebook.com/CiadoBatente
►[MÚSICA] Lu D'Sosa
Show 22 Anos de Música Entre
Amigos com part. de Paulo Façanha, Wladonys, Carlinhos Patriolino e Sérgio
Groove
Músico, arranjador e produtor
autodidata, é possuidor de um estilo próprio que funde a genialidade do Jazz
com a riqueza rítmica da música brasileira.
É idealizador e fundador do
Projeto Timbral, projeto cultural de arte e educação que tem como característica
a junção de vários elementos, instrumentos e ritmos musicais, que resultam na
produção de discos, shows, palestras, oficinas e workshops. Em sua formação Lu
D´Sosa navega com extrema segurança e singularidade nos instrumentos de cordas,
mostrando grande familiaridade com as riquezas musicais brasileiras e
estrangeiras, com significativas influências da Música negra, criando uma
abertura não convencional para as diversas tendências e impressões musicais,
tornando-se ainda mais enriquecedor o trabalho de Timbral.
Lu D´Sosa desenvolveu o show
“Influência”, apresentação musical que oferece uma linguagem diferenciada
através de inéditas experiências sonoras com influências do Jazz, Blues e
Baião. Em 2003 o “Show Influência” foi realizado em diversos palcos culturais
de Fortaleza, como: Centro Dragão do Mar (nos projetos Domingo Acústico e
Quarta com música Cearense), e no Centro Cultural Banco do Nordeste (no projeto
Quinta Instrumental).
O sucesso e a repercussão deste
trabalho representaram um marco na carreira do músico Lu de Sosa, consagrando-o
como um dos maiores nomes da música no Ceará. Participou de vários projetos,
entre eles, Projeto Petrobrás, Banco do Brasil, Centro Cultural BNB, teve
destaque no Projeto Formação de Platéia no Centro Dragão do Mar, participou por
três anos consecutivos do projeto Asa Branca (evento Nacional realizado em
vários estados do Brasil em homenagem a Luiz Gonzaga), ao lado de Dominguinhos
e Waldonys, demonstrando estilo moderno, técnica justa e idéias abundantes nas
improvisações.
Em sua trajetória musical, Lu
D´Sosa teve sua participação em mais de mil CDs, produzindo, gravando e
acompanhando vários artistas. Tais como: Fagner, Dominguinhos, Waldonys,
Amelinha, Nando Cordel, Zé Ramalho, Marinês, Geraldo Azevedo, Paulo Moura,
Oswaldinho do Acordeon, Arismar do Espírito Santo, Banda Mantiqueira, Nélio
Costa, Manassés, Isaac Cândido, Biafra, Tunai, Paulo Façanha e outros. Com o
resultado do seu talento, Lu D´Sosa atravessou fronteiras se apresentando em
outros países como: México, Portugal, Itália e África do Sul, através do
projeto Mostra Nordeste realizado pelo Governo do Estado e Secretaria de
Cultura e Turismo do Ceará. A partir dessas experiências profissionais se
apresentou em programas de TVs consagrados como: Programa da Xuxa e Programa do
Jô (TV Globo), Bem Brasil (TV Cultura), Programa Livre (SBT) e programas da TV
europeia.
Nos ano de 2001, participou do
primeiro Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga, no Ceará,
acompanhando Dielson Mendonça, no ano seguinte (2002) retorna ao festival
acompanhando Nélio Costa, em 2004 se apresenta com seu próprio trabalho, o
Projeto Timbral, onde no ano de 2007 é convidado pela produção do festival para
gravar o seu primeiro DVD de música instrumental.
Durante o ano de 2014, numa
empreitada de estudo e pesquisa passou um ano no estado de São Paulo, quando
pode conhecer novas culturas e estilos musicais nos festivais do interior e na
agitada noite da grande São Paulo, enriquecendo ainda mais sua bagagem musical.
Em 2015, Lu D´Sosa enquanto
arranjador, criou o arranjo da música “Perfume de Deus”, da autoria de João
Mamulengo, cantada por Fagner e Amelhinha, que foi trilha sonora do filme “Rita
de Redenção – Santa das causas impossíveis”, tendo recebido o prêmio de melhor
trilha sonora no 5º Fest Cine.
Atualmente, Lu D´Sosa segue uma
trajetória firme, desenvolvendo um trabalho de personalidade, no qual transmite
uma riqueza de timbres e texturas musicais com o objetivo de surpreender e
“TOCAR” o público.
Dia 28 de janeiro de 2017, às
20h, no Anfiteatro. Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia).
Classificação indicativa: 18
anos.
►[MÚSICA] Soledad
Lançamento do disco Soledad
Ninguém passa incólume ao verbo
adocicado de Soledad, principalmente quando ela está munida das ardilosas
canções que atualmente compõem seu disco. Abraçando uma nova geração de
compositores da música brasileira como Daniel Groove, Bruno Rafael, Vitor Colares,
Danilo Guilherme e Uirá dos Reis, além de uma composição de Gui Amabis, que
acompanhou o projeto, e de Rodger Rogério, a intérprete cearense chega a São
Paulo em 2015 no processo de elaboração de seu primeiro disco,
"Soledad". O projeto vem sendo amadurecido ao longo dos dois últimos
e contou com uma produção coletiva feita por Soledad, Bruno Rafael, Vitor
Colares, Guilherme Mendonça e Felipe Lima, além da participação de músicos como
Fernando Catatau que também tocará no show.
Release
Nascida em Fortaleza, Soledad
desenvolve um trabalho hibrido, que vai da composição à interpretação, dos
palcos de teatro à militância feminista. Representante da nova safra da música
brasileira, a cantora busca descobrir e resgatar com liberdade, estilos
musicais distintos, como num laboratório de experimentos sonoros, onde as
influências e sonoridades são diluídas com muita sutileza e elegância.
A artista tem a música e a
cultura popular povoando o seu trabalho há muito tempo. Formada em teatro,
Soledad estudou ballet clássico e aprimorou seus estudos em cultura popular no
grupo Mira Ira. Em 2013, apresentou o seu primeiro trabalho musical, “As Nuvens
Serão Um Colar de Margaridas”, no qual faz uma seleção de nove canções
compostas por músicos cearenses. O projeto foi selecionado pelo Laboratório de
Música do Porto Iracema das Artes ( Instituto Dragão do Mar – CE). Guiada por
Gui Amabis, músico e produtor de discos como “Vagarosa”(Céu), “Caravana Sereia
Bloom” (Céu), “São Mateus não é um lugar assim tão longe” (Rodrigo Campos) e
“Sonantes” (Coletivo Sonantes), ela amadureceu. Sua relação com a música e a
troca de experiências com os músicos, permitiram adicionar novos sons,
utilizando critérios subjetivos, íntimos e emocionais ao seu repertório.
Considerada uma das promissoras
vozes da música popular, Soledad participou de festivais, como a Maloca, Bienal
Internacional de Dança e Mostra Sesc Cariri de Cultura; soltou a voz nos
principais palcos do Ceará e cantou ao lado de Céu, Fernand Catatau, Gui Amabis
e Elke Maravilha. Com arranjos bem elaborados e parcerias com seus colegas Gui
Amabis, Fernando Catatau, Vitor Colares, Bruno Rafael, Guilherme Mendonça,
Felipe Lima, Sol grava o seu primeiro álbum, “Soledad”, a ser lançado no
primeiro semestre de 2017.
Dia 29 de janeiro de 2017, às
19h, no Anfiteatro. Acesso gratuito. Classificação
indicativa: 18 anos.
// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO
O Planetário Rubens de Azevedo é
um espaço de entretenimento e formação pedagógica através de caráter
transdisciplinar em Astronomia. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Sessões
O ABC do Sistema Solar
Três crianças estão observando as
estrelas quando percebem uma "estrela cadente" e logo uma delas faz
um pedido: o desejo de fazer uma viagem até a Lua. De repente, as crianças são
teletransportadas para uma nave espacial chamada "Observador". Após
superar o medo inicial, elas fazem uma rica viagem pelo Sistema Solar visitando
os planetas. Durante a viagem, elas são teletransportadas para Marte e também
Vênus, e passam por dentro dos anéis de Saturno. No final, fazem uma perigosa
aproximação do Sol.
Origens da Vida
Com linguagem simples e
fantásticas imagens, a sessão apresenta os novos conhecimentos sobre o
nascimento, vida e morte das estrelas e dos sistemas planetários. Traz um olhar
sobre o início da vida na Terra e a extinção dos dinossauros. "Origens da Vida"
é uma viagem fantástica através do tempo, mostrando muitas descobertas feitas
no passado recente e faz uma alerta para nossa consciência planetária.
Sessões às quintas e às
sextas-feiras e aos sábados e domingos:
18h - O ABC do Sistema Solar -
sessão infanto-juvenil
19h – Origens da Vida - sessão
juvenil-adulto
// VISITE NOSSAS EXPOSIÇÕES
MULTIGALERIA
Exposição “Bestiário Nordestino”
[Temporada de Arte Cearense]
O fantástico, o absurdo, o
delirante. Esse imaginário, de bases medievais, que constrói identidades e
encanta até hoje. A exposição "Bestiário Nordestino" propõe lançar um
olhar sobre o universo fantástico pela ótica do cordel e da gravura
(tradicionais e contemporâneos), que conta, entalha e imprime o grotesco do
mundo. Com a curadoria dos artistas Rafael Limaverde e Marquinhos Abu, a mostra
conta com acervo de mais de 40 obras de 19 artistas do Nordeste. A exposição,
contemplada nos Editais Culturais 2016/2017, do Instituto Dragão do Mar, segue
em cartaz até o dia 30 de dezembro de 2016.
A exposição, resultado da
pesquisa-viagem "Oco do Mundo", apresenta obras dos gravadores:
Abraão Batista (Juazeiro/CE), Adriano Brito (Crato/CE), Guto Bitu (Crato/CE),
Carlos Henrique (Crato/CE), Carlus Campos (Fortaleza/CE), Francisco de Almeida
(Fortaleza/CE), J.Borges (Bezerros/PE), José Costa Leite (Condado/PB), Lourenço
Gouveia (Recife/PE), Maurício Castro (Recife/PE), Nilo (Juazeiro do Norte/CE),
Roberto Galvão (Fortaleza/CE), Rafael Limaverde (Fortaleza/CE), Sebastião de
Paula (Fortaleza/CE), Stênio Diniz (Juazeiro/CE), Damásio Paulo (Juazeiro/CE),
Antônio Lino (Juazeiro/CE), Walderêdo Gonçalves (Juazeiro/CE) e Justino P.
Bandeira (Juazeiro/CE).
O acervo da exposição é fruto, em
sua maioria, do projeto Oco do Mundo. Durante 14 dias, Rafael e Marquinhos
caíram na estrada em uma pesquisa sobre a gravura e um tanto de encantamento no
encontro com esses artistas nordestinos. Essa saga foi vivida e desenhada entre
os dias 30 de agosto e 12 de setembro de 2016, percorrendo quatro estados, dez
cidades visitadas, 2300 quilômetros. Os curadores do tiveram encontros com os
artistas: Adriano Brito, Guto Bitu, Carlos Henrique (Crato/CE), Nilo, Abraão
Batista, Stênio Diniz (Juazeiro/CE), J.Borges (Caruaru/PE), Maurício Castro e
Lourenço Gouveia (Recife/PE), José Costa Leite (Condado/PB). E o resultado
desse imaginário fantástico pode ser conferido em cada obra, agora, exposta.
"O grotesco é um espaço onde
se aniquila o ordenamento do universo. O subterrâneo de nossa realidade. Haverá
sempre um lugar em nós para uma animalidade particular, para o fantástico, o
absurdo, o delirante que desafia o real, perpetuam monstruosidades que permeiam
medos e pesadelos. Os animais impossíveis, nascidos de uma imaginação
enlouquecida, tornam-se a natureza secreta dos homens. É ele agora que vai
espreitá-lo e revelar-lhe sua própria verdade. Não se sabe muito bem sua
origem, mas nos chegam pelas oralidades medievas, indígenas e africanas. Desse
residual o nordeste então cria e recria seu próprio bestiário", afirma
Rafael Limaverde.
Curadoria da exposição Bestiário
Nordestino
Rafael Limaverde -Nascido em
Belém e naturalizado cearense, começou sua carreira como cartunista e
ilustrador editorial. Paralelo a carreira como ilustrador, passa a trabalhar de
forma autodidata como xilogravurista onde, no ano 2000 fez sua primeira
exposição de gravura intitulada “Xilofagia” e que contava com 14 impressões
cujo o tema eram figuras e manifestações do universo sertanejo. Em 2004 entrou
para o IFCE onde formou-se no ano de 2009 em Artes visuais. Curador da
exposição Eco Barroco em 2011, participou de várias exposições no Ceará,
incluindo Salão de Abril, Salão dos Novos, Salão de Sobral, Bienal
Internacional de Gravura do Ceará e Unifor Plástica. Trabalha com design,
xilogravura, intervenção urbana e ilustração de livros infantis.
Marquinhos Abu - Nascido em
Fortaleza, grafiteiro, pesquisador, facilitador de oficinas de intervenção
urbana, graduando em Licenciatura em Artes Visuais IFCE, membro do Coletivo
Aparecidos Políticos, Participou de várias exposições como no Salão de Abril,
Na coletiva Heteróclito na Fa7, Conter – Sobrado José Lourenço e CCBNB.
Em cartaz até dia 22 de janeiro
de 2017. Visitação: de terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até as 20h30).
Gratuito.
MUSEU DA CULTURA CEARENSE (MCC)
Exposição “Encontros de Agosto 2016”
A partir do tema “Narrativas e
Alteridade”, o festival Encontros de Agosto 2016 propôs que fotógrafos dos nove
estados do Nordeste fossem além das próprias fronteiras, trazendo e
potencializando imagens de lugares e sujeitos imaginados. O público poderá
contemplar na exposição questões universais a partir das realidades locais,
percebendo aproximações e diferenças.
Esta exposição é composta de
mostras coletivas de fotógrafos cearenses e dos demais estados do Nordeste. “As
narrativas visuais têm como fundamento a alteridade, traduzida e discutida pelo
olhar de 54 fotógrafos, sendo 23 deles cearenses. É uma oportunidade única dos
espectadores verem essa rica produção nordestina em um só local. São mais de
300 fotos”, explica a coordenadora geral do evento, Patricia Veloso.
Os intercâmbios abrem canais de
comunicação para circuitos nacionais e internacionais. Após a exibição no
Ceará, as mostras serão adequadas para uma exposição itinerante. Mais sobre o
festival Encontros de Agosto: www.encontrosdeagosto.com.
Em cartaz até janeiro de 2016, no
Piso Superior do MCC. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30);
e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30).
Gratuito.
Exposição Miolo de Pote: a
cerâmica cearense primitiva e atual
Reunindo uma série de peças
feitas de barro, a mostra apresenta o dinamismo e vivacidade desta arte
ancestral e milenar, no Ceará, além de trazer ainda a contribuição de artistas
plásticos e visuais como Bosco Lisboa, Gentil Barreira e Tiago Santana.
Potes, panelas, alguidar, caco de
torrar café, brinquedos. A exposição Miolo de Pote revela um Ceará uno e
múltiplo, similar e diverso, em dia com as heranças indígenas, africanas,
ibéricas. “Primitiva e atual, a arte no barro mantém características próprias
em cada localidade ou região, seja no tipo de material, no desenho, nas
técnicas, seja no resultado final”, define a curadora Dodora Guimarães. Além
dela, a mostra tem ainda a contribuição curatorial da historiadora e diretora
de museus do Centro Dragão do Mar, Valéria Laena.
Miolo de Pote reúne, sobretudo,
duas coleções públicas: a do Museu da Cultura Cearense (Instituto Dragão do
Mar), feita entre 1997 e 1998, que cobriu a Região do Cariri, Saboeiro e
Iguatu; e a da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Governo do Estado do
Ceará), adquirida em 2005 e 2006, durante o Projeto Secult Itinerante, que percorreu
todo o Estado. Algumas peças advindas do Projeto Comida e da exposição O
Fabuloso Mundo do Barro, ambos do MCC, enriquecem a mostra que conta ainda com
a participação dos artistas plásticos e visuais Bosco Lisboa, Gentil Barreira,
Liara Leite, Sabyne Cavalcanti, Tiago Santana, Tércio Araripe, Terry Araújo e
Túlio Paracampos.
Instalação de Bosco Lisboa
Em julho, o MCC e o artista Bosco
Lisboa desenvolveram uma oficina gratuita, aberta ao público, cujas peças
produzidas agora são parte de uma instalação inédita, nesta exposição. Nas
aulas ministradas de 19 a
22 de julho, no ateliê da Praça Verde do Dragão do Mar, o artista ensinou as
técnicas para se trabalhar com argila.
Natural de Juazeiro do Norte
(CE), Bosco desenvolveu, por mais de dez anos, uma pesquisa com artesãos do
Sítio Touro e do bairro Tiradentes, tradicionais redutos da cerâmica de sua
cidade natal. Em 1994, passou a moldar o barro tendo em vista sua relação com o
cotidiano. Por seu trabalho, recebeu menção honrosa no Salão dos Novos em 1993,
em Fortaleza. Entre as exposições coletivas de que participou, destacam-se 1ª
Bienal do Cariri (Juazeiro do Norte, 2001), Bienal Naif’s (Sesc Piracicaba,
2004) e Projeto Abolição Tudo É de Barro, no Centro Cultural do Abolição
(Fortaleza, 2005).
Em cartaz até janeiro, no Piso
Intermediário do MCC. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as
18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as
20h30). Gratuito.
Exposição Vaqueiros [exposição de
longa duração]
Exposição lúdica, de caráter
didático, percorre o universo do vaqueiro a partir da ocupação do território
cearense pela pecuária até a atualidade. Utiliza cenografia, imagens e objetos
ligados ao cotidiano do vaqueiro.
No Piso Inferior do Museu da
Cultura Cearense. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as
18h30); e aos sábados e domingos, das 14h às 21h (acesso até as 20h30).
Gratuito.
MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO
CEARÁ
Raimundo Cela – Um mestre
brasileiro
Curadoria: Denise Mattar
Um dos maiores artistas
cearenses, o pintor Raimundo Cela tem trajetória representada em retrospectiva
imperdível nesta mostra individual. A exposição - que já passou pelo Museu de
Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado (MAB FAAP, em São Paulo) e
pelo Museu Nacional de Belas Artes (MNBA, no Rio de Janeiro) - chega à terra
natal do artista, trazendo suas principais obras, entre elas,
"Catequese" que, pertencente ao acervo do Governo do Estado do Ceará/
Instituto Dragão do Mar, foi restaurada pelo projeto desta mostra itinerante,
idealizada pela Galeria Almeida e Dale de São Paulo.
A retrospectiva abarca a
trajetória de Cela a partir de momentos-chave: O prêmio da Escola Nacional de
Belas Artes, a viagem à Europa, o retorno a Camocim, a mudança para Fortaleza e
a volta ao Rio de Janeiro. Desenhos, gravuras, aquarelas e pinturas, de todas
essas fases, permitem compreender o processo criativo do artista. Com curadoria
de Denise Mattar, Raimundo Cela - Um mestre brasileiro tem obras pertencentes a
coleções particulares, ao Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará e ao
Governo do Estado do Ceará, entre outros.
Abertura da mostra: dia 17 de
janeiro de 2017, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE).
Visitação de 18 de janeiro a 26 de março de 2017. Horário: de terça a sexta,
das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das
14h às 21h (acesso até das 20h30). Gratuito.
A Arte da Lembrança – A Saudade
na Fotografia Brasileira
Mostra do Itaú Cultural, A Arte
da Lembrança perfaz um percurso iconográfico deste sentimento pessoal e
universal, a saudade, registrado nos trabalhos em exibição em um arco de 80
anos, a partir da década de 1930, nos estados da Bahia, Pará, Pernambuco, Rio
de Janeiro e São Paulo. A mostra reúne 123 imagens de 36 artistas brasileiros,
ou residentes no país, em variados estilos e linguagens. São nomes de
representatividade na produção fotográfica do Brasil, como Alcir Lacerda,
Alberto Ferreira, Irene Almeida, Luiz Braga, Gilvan Barreto, Paula Sampaio e o
cearense Márcio Távora.
A exposição tem curadoria de
Diógenes Moura, pesquisa de Samuel de Jesus e projeto expográfico de Henrique
Idoeta Soares e Érica Pedrosa, do Núcleo de Produção do Itaú Cultural. Ela
chega a Fortaleza, seguindo uma itinerância iniciada em São Paulo, com
passagens posteriores por Belém e Salvador.
No Dragão do Mar, a montagem
ocupa todo o primeiro subsolo, com seis diferentes temáticas. Entre elas, o
mar, a cidade das décadas de 1940
a 1960 e a morte – esta, abordada não só do ponto de
vista humano, mas também material, mostrando o abandono de diferentes espaços.
Abertura: dia 17 de janeiro de
2017, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Visitação de 18
de janeiro a 26 de março de 2016. Horários: de terça a sexta, das 9h às 19h
(acesso até as 18h30); e sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso
até as 20h30). Gratuito.
Debate
Antes da vernissage de A Arte da
Lembrança, o Itaú Cultural e o MAC-CE realizam um debate com mesa composta por
Diógenes Moura e o fotógrafo cearense Tiago Santana. Intitulada "Um
Processo Curatorial: Fotografia, Literatura e Existência", nesta mesa o
curador conversa com o público sobre os dez anos de pesquisa que culminaram
nessa exposição, e dialoga com o fotógrafo, que tem um trabalho voltado para a
arte e a religiosidade.
Dia 16 de janeiro de 2017, às
19h, no Auditório do Porto Iracema das Artes (Rua Dragão do Mar, 80 - Praia de
Iracema). Gratuito.
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