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quarta-feira, 10 de abril de 2013

[Teatro - CE] Beth Goulart em “Simplesmente eu, Clarice Lispector” sábado e domingo (13 e 14) no Theatro José de Alencar



Foto: Fabian - fotoweb


 Com a peça, Beth Goulart foi premiada como Melhor Atriz no Prêmio Shell, Revista Contigo, APTR-RJ (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) e Prêmio Qualidade Brasil. “Simplesmente eu, Clarice Lispector” também levou o troféu de Melhor Espetáculo no Prêmio Qualidade Brasil.



Neste sábado e domingo, dias 13 e 14 de abril, Beth Goulart apresenta no palco principal do Theatro José de Alencar o espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”. O texto de Clarice Lispector tem adaptação, interpretação e direção de Beth Goulart, com a supervisão de Amir Haddad. No sábado a sessão terá início às 20 horas e no domingo às 19h. 

Simplesmente eu, Clarice Lispector, com Beth Goulart

Joana, uma mulher inquieta e criativa foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu. No auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora, sua identificação foi inevitável. "Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia.", confessa Beth. Depois de Joana, que representa o impulso criativo selvagem, vieram outras mulheres na escrita de Clarice. Entre elas, está Ana, do conto "Amor", que leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico. Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos.


Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir o amor. Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor. Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto "Perdoando Deus", se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana, representando a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres, que, para Beth, "representam algumas facetas da própria Clarice", foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Em “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, espetáculo que teve estreia nacional em julho de 2009 em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil, a atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: "Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas".

Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, loucura, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já, "aquele momento único, que é como um flash, um insight", explica a atriz. Para o monólogo, que ela também dirige, passou dois anos mergulhada em longa pesquisa. A narrativa se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor. "Ela falava sobre o amor maternal, o do relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público." Para a atriz, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo. "Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena."

A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora. "O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por esses personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz."

O Espetáculo

O espetáculo mostra a trajetória desta mulher em direção ao entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições. Uma autora e seus personagens dialogando sobre a vida e morte, criação, Deus, cotidiano, palavra, silêncio, solidão, entrega, inspiração, aceitação e entendimento. O texto é extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências de Clarice e trechos das obras: "Perto do Coração Selvagem", "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres" e os contos "Amor" e "Perdoando Deus".

Encontro de Beth Goulart com Clarice Lispector

O que me levou a fazer Clarice Lispector no teatro foi o mistério do espelho, a identificação que sinto por ela. Além da vontade de trazer mais luz sobre esta mulher que revolucionou a literatura brasileira, redimensionou a linguagem falando do indizível com a delicadeza da música, usando a escrita como uma revelação, buscando o som do silêncio ou fotografar o perfume. “A arte é o vazio que a gente entendeu” diz Clarice. Quero atingir o vazio de mim mesma para refletir a profundidade desta mulher que conhece o segredo das palavras e suas dimensões.

O questionamento, é a busca constante do artista diante de sua escolha, e, como ela, eu gosto de intensidades. Há dois anos mergulhei num processo de pesquisa para escrever este roteiro lendo tudo o que podia de sua obra e livros biográficos. Fiz dois workshops com Daisy Justus uma psicanalista especializada em Clarice Lispector que analisa sua obra sob a ótica da psicanálise. Vi e ouvi tudo o que podia sobre ela, suas entrevistas, fotos, o depoimento no MIS, a entrevista póstuma na TV Cultura, enfim me tornei uma esponja de tudo o que se referia a ela. Neste olhar apaixonado escolhi sua obra para recontá-la.

Construí um corpo narrativo com trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências que preparam os personagens que irão se apresentar ao público como desdobramentos dela mesma. Os temas abordados são reflexões sobre criação, vida e morte, Deus, cotidiano, palavra, silêncio, solidão, arte, loucura, amor, inspiração, aceitação e entendimento. Clarice é muito pessoal em seus escritos e todos os seus personagens tem algo de si mesma. Acho que Joana de “Perto do coração selvagem” talvez seja a mais parecida com sua essência criativa e indomável. Ana do conto “Amor” é a dona de casa e mãe dedicada que Clarice certamente foi. Lori de “Uma Aprendizagem ou O livro dos prazeres” vive em cena as descobertas do amor e A Mulher do conto “Perdoando Deus” é uma bem humorada autocrítica.

A Direção – Beth Goulart

Optei na direção por uma linha de sutilezas e sugestões. Ao invés de estar maquiada como Clarice, escolhi uma máscara neutra para poder me transformar nos outros personagens e voltar para ela. Os personagens nascem pela energia de cada um, de dentro para fora e não ao contrário, assim como o figurino com pequenos detalhes que se somam a uma base também neutra. O cenário se utiliza do vazio essencial com os elementos mais concretos demarcando as áreas de ação da autora deixando o vazio para seus personagens. O tom de Clarice é mais narrativo, como uma conversa com o público e seus personagens são mais ousados na linguagem corporal e na dramaticidade e humor. A música ajuda na fluidez do espetáculo tornando tudo um movimento contínuo que se estende do início ao fim. A luz é fundamental para delinear os espaços e criar a magia das dimensões.

Os Parceiros + ficha técnica

A supervisão de direção é do mestre Amir Haddad que irá questionar as escolhas da atriz e diretora para atingir melhor o público e compartilhar a alegria do ato teatral. A trilha foi criada por Beth e especialmente composta por Alfredo Sertã inspirada em Eric Satie, Arvo Part, Debussy e Lalo Schifrin. A iluminação é de Maneco Quinderé. A direção de movimento de Márcia Rubin é fundamental para a sutileza das transmutações e a precisão de gestos e coreografias. Rose Gonçalves ajuda a visualização de cada palavra em sua preparação vocal dando maior noção de tempo à narrativa. O cenário de Ronald Teixeira e Leobruno Gama remete a ideia de um útero branco que abraça todo o espaço cênico dando a neutralidade do vazio e a magia do onírico. O figurino de Beth Filipecki com elegância e simplicidade aproxima Beth de Clarice. As fotos são da italiana radicada no Brasil Fabian e de Lenise Pinheiro. O visagismo das fotos é de Rose Verçosa. O visagismo do espetáculo é de Westerley Dornellas. A programação visual de João Gabriel Carneiro e direção de produção e assessoria de imprensa nacional são de Pierina Morais.

MAIS TEATRO EM ABRIL no TJA



Dia 10

UM TOC DE RISO - Espetáculo do grupo TOC – Teatro Ópera Cabaret às 19h30 no Teatro Morro do Ouro (Anexo do Theatro José de Alencar). Grátis. 12 anos. 1h30min. 90 lugares. 

Dias 11, 16, 18, 23, 25

VISITA ESPETACULAR: Visita guiada + espetáculo O segredo de Cocachim – às 9h e 15h no Teatro Morro do Ouro (Anexo do Theatro José de Alencar). *Para escolas públicas previamente agendadas. Grátis. Livre. 90 lugares.

Dias 12, 19 e 26

CCBNB ARTE RETIRANTE : Dr. Qorpo - Espetáculo do grupo Imagens de Teatro, às 19h na Sala de Teatro (Anexo do Theatro José de Alencar). Grátis. 16 anos. 60 min. 100 lugares.

Dia 13

TJA CRIANÇA: Fabulosa - Espetáculo da Cia Arteiro de Teatro, às 17h no Teatro Morro do Ouro (Anexo do Theatro José de Alencar). Grátis. Livre. 60min. 90 lugares.

Dia 17 e 24

UM TOC DE RISO - Espetáculo do grupo TOC – Teatro Ópera Cabaret às 19h30 no Teatro Morro do Ouro (Anexo do Theatro José de Alencar) Grátis. 12 anos. 1h30min. 90 lugares. 

Dias 19 e 20

HISTÓRIA DE ANDARILHOS - Espetáculo do Grupo Teruá, às 17h no Teatro Morro do Ouro (Anexo do Theatro José de Alencar). R$ 5 e 10. Livre. Duração: 60min. 90 lugares.

Dias 20 e 21

OS IMPOSTORES - Espetáculo do Coletivo Encruzilhada, às 19h na sala de teatro (Anexo do Theatro José de Alencar) R$ 5 e 10. Livre. 70min. 100 lugares.

Dias 20 e 21

SÃO MANUEL BUENO, MÁRTIR - Espetáculo do Grupo Sobrevento (SP) - Tteatro de bonecos para adultos, às 19h30, no palco principal do Theatro José de Alencar. Grátis 16 anos. Duração: 85min. 60 lugares.

Dia 26

GÊNEROS TEATRAIS - Espetáculo do Grupo de Teatro Representante de Vida (AC GTRV), às 19h30 no Teatro Morro do Ouro - Anexo do Theatro José de Alencar. Grátis. Livre. 50 min.

Dias 27 e 28

A MÃO NA FACE - Espetáculo do Grupo Bagaceira, às 19h, no palco principal do Theatro José de Alencar. R$ 15 e 30. 50min. 16 anos. 40 lugares.

 PARA CONHECER O TJA

Teatro-monumento inaugurado em 1910, o Theatro José de Alencar tem uma porgramação de Visita Guada de terça a domingo, voltada para público de todas as idades. São 40 horários para percorrer o TJA com um guia que apresenta o 'mais exuberante exemplar da arquitetura de ferro no Brasil', como é citado por estudiosos da área, incluindo bastidores e rotinas de usos e ocupações. A Visita Guiada é um percurso que varia de acordo com a programação do teatro centenário. Aos domingos e feriados é realizada a Visita Guiada ao Jardim do TJA, projetodo pelo paisagista Roberto Burle Marx.





SERVIÇOS:

Simplesmente eu, Clarice Lispector, com Beth Goulart - Sábado (13.04) às 20h e domingo (14.04) às 19h no palco principal do Theatro José de Alencar (Rua Liberato Barroso, 525, Praça José de Alencar, Centro, Fortaleza). R$ 35 e 70. 12 anos. Duração: 70min. 750 lugares. Tel: (85)3101.2583.

Visita Guiada ao TJA - Terça a sexta: 9h, 10h, 11h, 12h + 14h, 15h, 16h, 17h. Sábados, domingos e feriados: 14h, 15h, 16h, 17h. R$ 2 e 4. Grátis todo dia 17 e todo último domingo do mês. Grátis sob prévio agendamento para escolas públicas e projetos sociais: (85)3101.2567 e 3101.2568.

Visita Guiada ao Jardim do TJA - Domingos e feriados: 14h, 15h, 16h, 17h. R$ 2 e 4. Grátis todo último domingo do mês.




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