Ilustração: Carlus Campos
Plataforma multistreaming OP
apresenta projeto "O POVO é História", publicação de reportagens
históricas que cartografam quase um século do Ceará
O jornalismo e a história caminham de mãos dadas. Neste vindouro século de criação, O POVO cartografou o Ceará em notícias, reportagens, crônicas, contos, cartas, fotos e vídeos — e construiu com você, leitor, a historiografia do Estado. Agora, o projeto "O POVO é História", promove uma espécie de visita guiada aos principais conteúdos publicados ao longo dos últimos 92 anos.
"O POVO é o jornal impresso mais antigo em circulação no Ceará. São 92 anos que agora se espraiam em outras plataformas, linguagens e maneiras não só de registrar e informar sobre o cotidiano, mas também formar e contribuir para a construção de uma cidadania, algo que o jornalismo tem feito com muita competência. O resgate desse conteúdo histórico bem mostra os princípios fundantes e permanentes desse jornalismo. Também abre a possibilidade de acesso a ideias e conceitos que nos atravessam. E o melhor: não se trata de uma simples reprodução de conteúdo. Há uma contextualização temporal, análise, assim como os efeitos de cada fato nos nossos dias", pontua a jornalista Fátima Sudário, coordenadora editorial do O POVO.
Sob coordenação da jornalista Regina Ribeiro, as reportagens históricas são publicadas na plataforma multistreaming O POVO+ (OP+). "O mais importante é recuperar temas e personagens que se destacaram no passado e, de alguma forma, estabelecer um diálogo entre esse passado e o presente. Como pessoas e assuntos são vistos hoje, após a maturação do tempo", ressalta.
São cinco reportagens
especiais. "O farol é o jornalismo de profundidade, o olhar mais apurado e
demorado sobre um tema. Em geral têm um forte caráter etnográfico, prezam pela
polifonia da Cidade, do comportamento. Aproveitamos os recursos que a
tecnologia oferece para imprimir leveza e fruição", complementa Fátima.
As reportagens disponíveis no
OP+:
- A primeira reportagem do projeto "O POVO é História", intitulada "Mulheres somem da história do Jornalismo do Ceará", resgata a trajetória das jornalistas Suzana de Alencar Guimarães e Rachel de Queiroz (ilustração anexada) — ambas estrearam textos ainda em 1928, mas seus nomes desapareceram da história do jornalismo no Estado: https://mais.opovo.com.br/reportagens-especiais/conteudo-historico/2020/08/26/mulheres-somem-da-historia-do-jornalismo-do-ceara.html
- O POVO publica em setembro
de 1928 foto dos agressores do jornalista Demócrito Rocha. Policiais
espancaram, em 1927, o fundador do jornal devido a críticas feitas por este ao
governo de Moreira da Rocha:
https://mais.opovo.com.br/reportagens-especiais/conteudo-historico/2020/09/15/democrito-rocha-enfrenta-autoritarismo-no-inicio-do-seculo-xx-no-ceara.html
- Por meio da prática de um
cristianismo primitivo, o beato José Lourenço arrebanha seguidores e constrói
uma experiência agrícola popular que desperta o medo e a ira das elites
políticas do Ceará, do Estado Novo, de Getúlio Vargas e da Igreja:
https://mais.opovo.com.br/reportagens-especiais/conteudo-historico/2020/09/22/no-sertao-do-ceara--beato-jose-lourenco-funda-o-caldeirao-e-assusta-as-elites.html
- A decisão do governo
revolucionário de Getúlio Vargas de eliminar o banditismo no Brasil teve como
alvo principal Lampião e seu bando. A campanha getulista, porém, aumentou o
interesse da imprensa brasileira pelo maior bandido da história da República:
https://mais.opovo.com.br/reportagens-especiais/entrevistas-historicas/2020/09/29/lampiao--o-rei-do-cangaco-na-imprensa.html
- Aos 87 anos, Padre Cícero
abriu as portas de casa para a reportagem do O POVO. Na entrevista, o retrato
do homem vaidoso, piadista, político, polêmico e já tratado como santo em vida.
Como pano de fundo, uma vívida descrição da Juazeiro do Norte de 90 anos atrás
- efervescente e vibrante polo comercial que ganhava ares carregados de
fanatismo perto da morada do “padim”:
https://mais.opovo.com.br/reportagens-especiais/entrevistas-historicas/2020/10/06/padre-cicero--o-homem-antes-do-santo.html
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