As bactérias infecciosas
acumuladas na boca podem ser causadoras de complicações em várias partes do
organismo. Problemas cardiorrespiratórios, parto prematuro, bebês com baixo
peso, até mesmo problemas musculares que acabam desencadeando outras doenças.
Segundo o odontologista Diego
Tavares, a saúde oral e algumas doenças cardíacas estão ligadas pela
proliferação de bactérias e outros micro-organismos, que partem da boca para
outras áreas do corpo pela corrente sanguínea. “Quando essas bactérias chegam
ao coração, elas se aderem a qualquer área lesionada e causam inflamação,
podendo até resultar numa endocardite, ou seja, uma infecção do revestimento
interno do coração”.
Este tipo de complicação
ocorre principalmente em pacientes com problemas crônicos, como gengivite ou
doença periodontal avançada. Isto causa um maior risco de desenvolver doenças
cardíacas causadas por precariedade na saúde oral, principalmente se não for
diagnosticada e tratada.
Estudos revelam que,
aproximadamente, 40% das endocardites, infecção do revestimento interno do
coração, são oriundas de focos infecciosos bucais. A bactéria que normalmente
se aloja na boca, a estafilococos, tem afinidade com a válvula do coração e
pode se alojar lá também.
Diego Tavares recomenda
visitas ao dentista a cada seis meses, de forma preventiva e sempre que
apresentar os seguintes sintomas: dor, alteração na mordida, alteração de cor,
textura e brilho nos dentes, gengivas sangrando e ferida na boca que não
cicatriza em mais de dez dias. Fumantes e pessoas que consomem muito açúcar,
devem aumentar a frequência de idas rotineiras para três ou quatro meses.
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