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quarta-feira, 23 de março de 2011

[Exposição] São Paulo acolhe exposição coletiva cujos artistas participantes são exclusivamente cearenses

A cidade de São Paulo vai acolher uma exposição coletiva cujo elenco de artistas visuais participantes é exclusivamente cearense ou radicado no Ceará. A exposição, intitulada "A 4 graus do Equador", acontecerá no Ateliê397 (rua Wisard, 397 - Vila Madalena - fone: (11) 3034.2132), com abertura no próximo sábado, 26, às 20 horas, com entrada franca.
No evento, haverá apresentação dos DJs Tiago Guiness, AD Ferrera e Jackson Araújo e performances de Solon Ribeiro, Enrico Rocha e Clarice Lima. Gratuita ao público, a visitação abrange o período de 29 de março a 27 de maio deste ano (terça-feira a sábado, de 14h às 18h).
Os artistas participantes da mostra - que apresentam instalações, vídeos, fotografias e performances - são os seguintes: Simone Barreto, Waléria Américo, Mariana Smith, Enrico Rocha, Vitor Cesar, Clarice Lima, Danilo Carvalho, Ivo Lopes, Solon Ribeiro, Alexandre Veras, Milena Travassos, Yuri Firmeza, Patrícia Araújo, Márcio Távora e Coletivo Transição Listrada.

Arte em Fluxo

A mostra integra o projeto Arte em Fluxo: Nordeste-Brasil, desenvolvido pelo Centro Cultural Banco do Nordeste. O objetivo do Arte em Fluxo é constituir uma rede de diálogo de artes visuais, que se materializa na realização de blocos de exposições com artistas contemporâneos que participaram de mostras nas sedes dos CCBNs dos últimos 12 anos, bem como de artistas emergentes que estão surgindo na cena artística brasileira.
Participam desta rede de diálogos não apenas artistas nordestinos, mas também de outras regiões brasileiras, possibilitando assim uma interculturalidade entre produção artística, instituições e público. Cada exposição elabora um significante percurso do processo criativo desses artistas, ao dialogar poéticas que se estruturam em pesquisas artísticas consistentes.
A primeira etapa do Arte em Fluxo foi o intercâmbio entre jovens artistas da cidade de Belém (PA) com artistas de Fortaleza (CE), realizando exposições nestas duas cidades - na Casa das Onze Janelas, em Belém, e no CCBN-Fortaleza. A etapa seguinte foi concretizada através da realização de miniresidências que promoveram o encontro de gravadores da Região do Cariri cearense com integrantes do Clube de Gravura do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

Exposição “A 4° do equador”
A exposição “A 4° do equador” acontecerá no Ateliê397 de 26 de março a 27 de maio de 2011. Participam os artistas Eduardo Frota, Simone Barreto, Waléria Américo, Enrico Rocha, Vitor Cesar, Clarice Lima, Danilo Carvalho, Ivo Lopes, Solon Ribeiro, Alexandre Veras, Milena Travassos, Yuri Firmeza, Marcio Távora, Mariana Smith, Patrícia Araújo, coletivo Transição Listrada. O projeto gráfico da exposição é de Renan Costa Lima.  Na abertura, haverá a participação dos DJs Jackson Araújo e Tiago Guiness.
Ao longo da exposição acontecerão duas Sessões Corredor:
Dia 02 de abril às 20h apresentação de três filmes, realizados por Alexandre Veras, e que integram a “Trilogia da Deriva”, caracterizada pelas obras “Marahope 14/07” (2006), “Partida” (2007) e “O Regresso de Ulisses” (2008). Após a apresentação do filme haverá uma conversa com o artista.
Dia 07 de maio às 20h apresentação do filme “Sábado à noite” realizado por Ivo Lopes. São imagens noturnas sobre a cidade de Fortaleza que resultam de uma percepção do indivíduo a partir da relação estabelecida com o lugar.  
A mostra “A 4° do equador” surge como uma proposta do Ateliê397 em adensar o debate sobre a arte contemporânea ampliando a circulação da produção artística nacional. A 4° do equador está o Ceará e, para além de uma mera indicação geográfica, o título remete também ao alargamento de fronteiras assumido pela arte e ao seu trânsito não restritivo a um campo cerrado por limites rígidos. 
A escolha por reunir artistas cearenses não é por acaso. Diante da profusão de discursos mecanicistas sobre o acelerado processo de institucionalização da arte, a voracidade com que o mercado atua e sua crescente internacionalização, investigar sobre o cenário artístico de Fortaleza acaba por problematizar um debate um tanto normatizado e programado. Afinal, quais são os termos possíveis para pensar uma produção não pautada por uma ideia de circuito protocolado? De que maneira a ausência de instituições de arte sólidas, capazes de fomentar a reflexão crítica, a produção e agenciar sua circulação, desautoriza a discussão?
Por certo, a debilidade de uma tradição não a impede de eventualmente formar parte forte de uma grande obra. E é apostando nesse argumento que se constata, mesmo no mais desarticulado dos contextos artísticos, a existência de trabalhos potentes. Disso não há dúvida. A questão que se coloca está em como o isolamento torna-se permissivo à possibilidade de formar algo, de criar conjuntos, agrupamentos, de viabilizar o surgimento de um corpo coeso de pessoas, ideias, ações, relações, diálogos.
Talvez essas sejam questões pertinentes a contextos artísticos de diferentes localidades do país. Embora não haja a intenção em levar Fortaleza a ocupar uma posição de exemplaridade, surge o interesse em centrar a discussão sobre uma produção que parece não se deixar render à dispersão. E é da investigação, da observação atenta sobre os trabalhos que permite uma compreensão sobre o modo como estão articulados a influências advindas daquele determinado contexto sócio-político e cultural constituído num tempo e espaço histórico por excelência.
São trabalhos que parecem estabelecer uma relação critica com aquele lugar não pela via de um embate direto e imediato, mas por meio de uma sutil desnaturalização de determinados aspectos que a todo instante insistem em pautar uma discussão refratada, que desvia a atenção sobre o próprio objeto de arte. Sobre os trabalhos:   
Waléria Américo apresentará o site-specific “Minutos antes ou ilusão” em que fala da altura e de sua relação com o possível e impossível. Problematiza a tensão entre o uso de algo e a sensação que provoca a quem apenas observa à distância; Enrico Rocha, com certo humor, provoca a relação entre “mercado” e “arte”, realizando, na abertura da mostra, uma performance em que vende barquinhos de papeis feitos a partir de bilhetes lotéricos a serem sorteados no concurso da semana seguinte;  Vitor Cesar apresentará uma instalação em que compõe um cenário repleto de sutilezas problematizando a presença da arquitetura moderna no país; Clarice Lima apresentará a performance “Árvore” em que investiga sobre o desejo de permanência; Danilo Carvalho apresentará uma projeção em vídeo e uma instalação montadas com imagens resultantes do projeto “Supermemórias”  desenvolvido a partir de arquivos em super-8; Ivo Lopes apresentará, na Sessão Corredor, o filme “Sábado à noite” em que traz uma percepção bastante peculiar sobre a cidade de Fortaleza; Solon Ribeiro apresentará uma performance em que provoca de modo crítico a relação entre trabalho de arte e mercado; Alexandre Veras apresentará, na Sessão Corredor, a “Trilogia da Deriva”, caracterizada pelas obras “Marahope 14/07(2006)”, “Partida” (2007) e “O Regresso de Ulisses” (2008). O filme se faz sob o viés de uma prática filosófica deleuziana, nos parâmetros dos devires-imagem, contensões imanentes e singulares de movimentos imperceptíveis; Eduardo Frota apresentará uma intervenção no espaço criando tensões e questionamentos sobre o próprio lugar da arte; Simone Barreto apresentará desenhos tendo como suporte a parede. Com um traçado sutil, produz imagens vagas, soltas, descoladas de narrativas e referenciais precisos; Milena Travassos apresentará a instalação “O Banho” em que projeta sobre a água de uma bacia imagens que lidam com a natureza inapreensível das coisas; Yuri Firmeza apresentará duas fotografias que compõem “A Fortaleza”. Com muito bom humor, o artista primeiro se apropria e amplia uma foto, de quando criança, fazendo pose de super-herói e, ao lado, coloca uma foto atual replicando a mesma pose; Márcio Távora apresentará duas fotografias cuja aparência supõe se tratar de uma apropriação de imagens antigas. Sem manipulação, o efeito é resultante tanto da técnica utilizada (o artista opta por câmaras analógicas antigas) como pela escolha dos objetos registrados; Mariana Smith apresentará o vídeo “Extravio”. São imagens do mar repletas de poesia que acabam por questionar o papel daquela paisagem como capaz de se constituir como referência de identidade simbólica de um determinado lugar; Patrícia Araújo apresentará uma fotografia em que a padronização da pose fotográfica e suas reverberações identitárias são questionadas por meio de certos ruídos que desnaturalizam a questão; Coletivo Transição Listrada apresentará o vídeo “Invasão” realizado em uma residência em Viena, em 2006. A proposta surge da maneira como se dá, naquela cidade, o acesso aos edifícios residências a partir do uso direto de um interfone e sem o intermédio de guaritas, portões etc.

Exposição “A 4° do equador”
De 26 de março a 27 de maio de 2011

Realização: Ateliê 397
Carolina Soares, Marcelo Amorim, Mariana Trevas e Thais Rivitti (coordenação)
Isabella Rjelli e César Rivitti (assistentes)

Parceria: Centro Cultural Banco do Nordeste

Sessões Corredor:

Dia 02 de abril às 20h apresentação de três filmes, realizados por Alexandre Veras, e que integram a “Trilogia da Deriva” (70min, 2009), caracterizada pelas obras “Marahope 14/07” (2006), “Partida” (2007) e “O Regresso de Ulisses” (2008). Em seguida haverá uma conversa com o artista.
Dia 07 de maio às 20h apresentação do filme “Sábado à noite” (62min, 2007) realizado por Ivo Lopes. São imagens noturnas sobre a cidade de Fortaleza que resultam de uma percepção do indivíduo a partir da relação estabelecida com o lugar. 


Local: Ateliê397
Endereço Rua Wisard, 397 Vila Madalena
Telefone (11) 30342132

Abertura: 26 de março de 2011 às 20h
Participação DJs Jackson Araújo e Tiago Guiness

Visitação: 29 de março a 27 de maio de 2011
Horário: terça a sábado das 14h - 18h

Contatos / informações:
Thais Rivitti – thais.rivitti@uol.com.br (cel.83262633)
Mariana Trevas – marianatrevas@uol.com.br (cel.89145952)
Carolina Soares – bodocongo@yahoo.com.br (cel.85815038)
Marcelo Amorim – marceloamorim397@gmail.com (cel. 91897539)

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