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terça-feira, 22 de setembro de 2009

[Lançamento] Revista Farol

A quarta edição da revista Farol, publicada pela SECULTFOR, é lançada no Passeio Público, próximo dia 25, a partir de 17h30min, tendo como bandeira a defesa da gentileza.
“Há quem carregue água engarrafada na bolsa para dar alívio às árvores sedentas do meio do caminho. Há quem dê novo e nobre uso ao que iria para o lixo ou para o limbo. Há os que combatem o efeito cinza das cidades de concreto, colorindo espaços de convivência. Há quem, por compaixão, cuide de animais abandonados mais até do que de si. Há também os que criam dispositivos lúdicos a serviço da troca e do encontro. E há ainda os que acendem fogueiras para dar vazão, em tempo real, ao compartilhamento de histórias e memórias. Em comum, o princípio da gentileza como sentimento e atitude capazes de reorientar o mundo e as relações humanas. Em pauta, gestos mínimos de intensidade máxima capazes de gerar mais e mais gentileza”.
As pessoas e os gestos espontâneos que contribuem para retirar peso e dar mais leveza à vida na cidade saltam das páginas da quarta edição da revista Farol, publicação da Prefeitura Municipal de Fortaleza editada através da Secretaria de Cultura de Fortaleza (SECULTFOR). Lançando foco sobre um valor fundamental para a convivência humana, a matéria de capa deflagra o dispositivo da gentileza como condição sine qua non para reestabelecer a posse da vitalidade individual e coletiva, produzindo territórios existenciais alternativos àqueles mediados pelo capital. No próximo dia 25, sexta-feira, a partir de 17h30min, o Passeio Público acolhe o lançamento da revista e coloca em pauta trocas simbólicas afins. Dessa vez, a revista passeia ainda pelos corredores e apartamentos do lendário edifício Jacqueline, na avenida Beira Mar; conhece de perto um inventor de geringonças que é tão bom de embaixadinhas quanto de carpintaria de automóveis; serve de bandeja as peripécias da rotina dos garçons cearenses; experimenta a receita de simplicidade e perseverança de um badalado cozinheiro; visita cabeleireiros e barbearias para ouvir bravatas e confissões entre barbas, cabelos e bigodes e entra na Kombi do Emaús para observar a humanidade sob a ótica dos objetos que ela descarta. De caráter cultural e antropológico, Farol se vale da força da grande reportagem e do texto narrativo, próximo da crônica, para contar sobre a cidade através das histórias de vida de seus moradores, sujeitos sociais que reinventam o próprio cotidiano. Com tiragem de 25 mil exemplares, a primeira edição da revista foi lançada em outubro de 2006 e desde então se volta para a dinâmica do cotidiano nas ruas e bairros da cidade, sobretudo os da periferia, dando visibilidade às diversas formas de convivência e invenção possíveis nas muitas cidades que existem numa só. “O projeto editorial da Farol, originalmente, entende cultura como vida e não como algo estritamente relacionado às manifestações artísticas e seus produtos. Assim, todo e qualquer cidadão, sendo ele capaz de inventar e reinventar seu dia-a-dia, é também um artista capaz de narrar-se, uma pessoa interessante em si e não apenas pelo que faz ou produz em sociedade”, defende a jornalista Ethel de Paula, editora da revista e assessora de comunicação da SECULTFOR. Para a editora, as reportagens de rua, que colocam em evidência as experiências de pessoas comuns, ocupam um vácuo deixado ao longo dos anos pela grande mídia. “Entendemos que as ruas são os espaços públicos e democráticos por excelência, as ruas nos nivelam e por isso nos interessam como espaço da reportagem por excelência. Em paralelo, percebemos que as narrativas e bens simbólicos de boa parte da população – notadamente a que é economicamente desfavorecida - pouco ou nunca são objetos de interesse da grande mídia, que, cada vez mais, volta-se de imediato para o que é consagrado por uma indústria cultural de viés fortemente mercadológico, tratando o acontecimento como simples fato. Com raras e heróicas exceções, não vemos na grande mídia a vida pulsar, então estamos tentando abrir essa janela na Farol, apontando para o que é demasiado humano”, completa. Distribuída gratuitamente entre grupos sociais organizados, associações de moradores, meios de comunicação (massivos e alternativos), eventos públicos, centros culturais, ONGs, universidades, escolas públicas municipais, secretarias municipais e órgãos governamentais diversos, Farol também pretende se inserir, cada vez mais, no âmbito dos programas sociais desenvolvidos pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, contribuindo com a construção de políticas públicas mais afinadas com a vida nas comunidades e azeitando o necessário debate sobre a cidade que temos e aquela que queremos. Por isso, também é objeto deflagrador de fóruns de discussões e leitura crítica entre os mais diversos grupos e instituições. “A revista é um cartão de visitas para nos aproximarmos das pessoas e provocarmos um debate sobre a vida nas cidades. Através dela, queremos conhecer mais e melhor o lugar onde vivemos para poder pensar em como transformá-lo”, conclui a editora.
SERVIÇO:
Revista Farol – Lançamento da quarta edição da revista Farol, próximo dia 25 de setembro, a partir de 17h30min, no Passeio Público (rua Dr. João Moreira, s/n – ao lado da Santa Casa de Misericórdia)

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