EBITDA Ajustado da Empresa
aumentou 21,7% em relação a 2016, totalizando R$ 2,1 bilhões
Miguel Setas
O Lucro Líquido Ajustado* da EDP,
empresa que atua em todos os segmentos da cadeia elétrica, somou R$ 570 milhões
em 2017, uma alta de 89,4% frente ao registrado em 2016. O EBITDA (lucro antes
de taxas, impostos, depreciação e amortização). Ajustado, por sua vez,
apresentou aumento de 21,7%, alcançando R$ 2,1 bilhões.
No Ceará, a empresa administra a
UTE Pecém I. A usina registrou melhorias operacionais e apresentou o mais alto
Lucro Líquido anual de sua história, de R$ 74 milhões. A disponibilidade média
da usina chegou à máxima histórica de 92% em 2017, ultrapassando a meta
regulatória, de 90%.
Já no quarto trimestre, o EBITDA
Ajustado da Companhia
totalizou R$ 551,4 milhões, 37,9%
a mais do que no mesmo período de 2016. O Lucro Líquido Ajustado chegou a R$
188,2 milhões, 380% maior na comparação anual.
Para os resultados, contribuíram
também os números recordes da Comercialização. O volume de energia
comercializada teve um crescimento de 37,2% em relação ao ano anterior, com uma
expansão na Margem Bruta de R$ 141,7 milhões.
No ano passado, a EDP alcançou
também importantes marcos no controle de custos e na manutenção dos gastos
gerenciáveis. O balanço anual apresentou uma redução de 0,4% dos gastos com
Pessoal, Material, Provisões e Outros (PMSO), abaixo da inflação.
“O ano de 2017 foi marcado pela
expansão de nossos negócios para novas geografias e novos segmentos, com o
desenvolvimento de tecnologias pioneiras. Os resultados que registramos são
sólidos e nos levam a encarar o ano de 2018 com otimismo”, avalia o presidente
da EDP Brasil, Miguel Setas.
Para este ano, a EDP prevê
investimentos de R$1,4 bilhão, aumento de 27,8% em relação ao mesmo período. Do
valor total, R$ 630 milhões serão investidos no segmento de Distribuição do
Grupo.
Reforço dos investimentos em
distribuição
A EDP manteve o seu compromisso
com a qualidade do fornecimento de energia nas áreas de concessão, investindo
cerca de R$ 570 milhões em melhorias nas redes, volume 18,3% superior ao de 2016. A maior parte dos
recursos foi destinada ao plano de obras de linhas e subestações, além do
programa de combate às perdas.
Recentemente, a EDP assinou um
contrato para aquisição de participação na Celesc (Centrais Elétricas de Santa
Catarina). A partir da conclusão desta transação e da Oferta Pública de Ações
(OPA) Voluntária, a Companhia poderá chegar a 33,6% do capital total da
distribuidora.
Novo ciclo de crescimento
rentável
O ano de 2017 representou para a
EDP o início de um novo ciclo de crescimento para as operações, que ampliou sua
presença geográfica de nove para 12 estados brasileiros. Maior vencedor do
Leilão de Transmissão organizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica) em abril, o Grupo assumiu o compromisso de investir R$ 3,1 bilhões
até 2023 na construção de 1,3 mil quilômetros de linhas e quatro subestações em
Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão.
No estado capixaba, o projeto
está adiantado sete meses em relação ao cronograma de licenciamento. Em
fevereiro de 2018, a
Empresa obteve a Licença de Instalação e as obras já foram iniciadas,
prevendo-se uma antecipação adicional de 10 meses no cronograma de construção,
face ao prazo contratual de agosto de 2020.
O empreendimento compreende 113
quilômetros de linha, entre Linhares e São Mateus, e uma subestação de 150 MVA
em São Mateus. O investimento total estimado para a implantação dos ativos é de
R$ 116 milhões, com a geração de cerca de 300 empregos diretos no período de
pico.
Execução superior
Em um ano marcado por um cenário
hidrológico adverso, a EDP mitigou parte dos riscos relativos à gestão
energética de suas usinas hidrelétricas. Prevendo uma piora dos impactos causados
pelos altos preços do Mercado Livre, a Empresa adotou uma estratégia de
ampliação da sua parcela de fornecimento sem contratos fixos, liberando parte
de sua energia gerada para cobrir qualquer necessidade e evitar possíveis
perdas. Além disso, com os resultados da comercializadora, a Companhia
conseguiu reduzir em R$ 627 milhões os efeitos do cenário hidrológico mais
desafiador.
No quarto trimestre, à semelhança
do que foi alcançado nas usinas de Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão,
também ocorreu a entrada da primeira Unidade Geradora da UHE São Manoel
(parceria entre EDP, Furnas e CTG Brasil), antecipada em quatro meses em
relação ao contrato assinado em leilão. Em janeiro de 2018, a segunda turbina
iniciou sua operação comercial. A terceira unidade já está em teste e a quarta
encontra-se em fase final de montagem.
Liderança em Sustentabilidade e
Inovação
A EDP foi pioneira em um de seus
projetos mais inovadores no setor de Utilities no Brasil: a implementação da
automação e da robotização de processos administrativos. O Grupo previa ter 40
robôs até o final de 2017, mas ultrapassou a meta e hoje conta com 46 sistemas
que auxiliam as atividades internas e promovem ganhos qualitativos de
eficiência. Para 2018, o objetivo é atingir mais de 100 processos robotizados.
Outro ponto de destaque é o
investimento da Companhia desde 2015 no “Projeto Cultura”, o engajamento da EDP
no Brasil subiu pelo terceiro ano consecutivo, para 84%, comparável com os 75%
que representam a média dos melhores grupos da amostra do Estudo.
Adicionalmente, foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, como uma das 150
melhores empresas para se trabalhar da revista Você S.A.
Por outro lado, está o
compromisso com a responsabilidade socioambiental que a EDP, pelo décimo segundo
ano consecutivo, foi selecionada para integrar a 13ª Carteira do Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, antiga BM&FBovespa, com pontuação
máxima em cinco das sete dimensões consideradas pela listagem.
A Companhia continuará investindo
em cultura, como já tem feito com a Recuperação do Museu da Língua Portuguesa.
A Empresa ampliou seu apoio à valorização do idioma, com o patrocínio à Festa
Literária Internacional de Paraty – FLIP e a exposição itinerante “A Energia da
Língua Portuguesa”.
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