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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Saúde] Uso da chupeta em excesso pode causar problemas no desenvolvimento das crianças; veja os cuidados

Um dos métodos mais populares para acalmar os bebês, a adoção da chupeta pode ocasionar prejuízos na saúde e no desenvolvimento das crianças, se utilizada em excesso. A ortodontista Carolina Cavalcante explica que o uso de chupeta está ligado diretamente à necessidade fisiológica de sucção, mas alerta para os cuidados na frequência, no tempo e na intensidade que a criança permanece com o objeto na boca. “Quando esses três fatores são demasiados, acabamos interferindo no equilíbrio do sistema estomatognático (conjunto de estruturas da cabeça, face e pescoço, como ossos, músculos, dentes, glândulas, nervos e articulações), que é responsável pela mastigação, deglutição, respiração e fonoarticulação. E é exatamente aí que os prejuízos começam a aparecer”, afirma.

Ela explica que “a palavra chupeta em inglês quer dizer “Pacifier”, ou seja, pacificador, o que tranquiliza ou acalma. É exatamente por isso que a maioria dos pais começa a introduzir a chupeta ao cotidiano dos bebês. Sabe-se que, até os 2 anos de idade, a criança tem uma necessidade fisiológica de sucção. Onde a sucção no seio da mãe deveria satisfazê-la tanto em termos nutricionais quanto emocionais, mas isso começa a mudar nos primeiros meses de vida, transformando-se em hábito, quando mesmo na ausência da fome o bebê procura sugar, levando tudo à boca, apenas na busca de prazer. É o jeito do bebê conhecer o mundo, sentindo gostos, texturas, temperaturas”.

A especialista explica também que os bebês que fazem uso da chupeta têm até duas vezes mais chances de desenvolver algum tipo de problema durante o desenvolvimento, sem contar com a bagagem genética que pode potencializar ainda mais. “Isso ocorre porque a chupeta causa uma deformação nas arcadas dentárias do bebê, projetando seus dentinhos superiores e maxila para frente, criando um espaço entre os dentinhos de cima e de baixo e não permitindo que eles se apoiem e consigam fechar a boca de forma adequada, sem esforço muscular. É o que chamamos de mordida aberta”, ressalta.

Diante dessa situação, a criança pode apresentar problemas:
- na respiração: o bebê passa a respirar pela boca, porque está sempre aberta, por interposição da língua, com isso, o ar não passa pelo nariz nem pelos seios da face, deixando de estimular o desenvolvimento e crescimento normal dessas estruturas. Também não permite que o ar que entra pela boca seja aquecido e nem filtrado, como seria feito pelos pêlos do nariz, causando irritações recorrentes na orofaringe, laringe e pulmão. A respiração oral leva à diminuição da produção da saliva, que pode aumentar o risco de cáries;
- na deglutição: o bebê não consegue mastigar direito porque a língua fica se interpondo no espaço aberto pela chupeta;
- na fonação: os dentes funcionam como um anteparo, determinando até aonde a língua pode ir, e assim, produzir os sons corretamente. Como existe um espaço entre os dentes da frente, a língua passa, se interpões aos dentes e produz um som sibilante.
Muitas vezes, o próprio pediatra chama atenção para algum transtorno que a chupeta pode estar causando e já solicita a visita a um especialista para maiores informações e acompanhamento. Esta visita pode e deve ser feita logo quando aparece na boca o primeiro dentinho, para que a mãe seja orientada da forma correta quanto à higiene e demais cuidados.  Quando já existe alguma má oclusão instalada, é preciso intervir.

Algumas dicas para diminuir o uso da chupeta é associá-la à hora de dormir. Assim, deixe-a no berço e sempre que a criança a pedir, pergunte se ela quer dormir, e a coloque no berço. Se a criança pedir para sair do berço, dando os braços, peça que ela deixe a chupeta no berço. E assim, você condiciona o uso da chupeta à hora de dormir. Você também pode retirar a chupeta da boca da criança depois que ela dormir.

DEDO
E chupar o dedo, pode? Pior do que o uso da chupeta, é quando as crianças descobrem o próprio dedo. Isso porque fica difícil de afastar o objeto da criança ou mesmo deixá-lo no berço, pois o dedo faz parte do seu corpinho. Mas existem alguns artifícios para ajudar. Nunca chame atenção para o ato da criança chupar o dedo, assim você marca o comportamento de forma negativa; tente sempre mudar o foco, como oferecer algum objeto para que a criança tire o dedo da boca e pegue-o.

Alternativas
Para evitar problemas desse tipo, Carolina Cavalcante aconselha que a chupeta deve ser usada de forma racional, respeitando as reais necessidades de sucção da criança. “A severidade dos efeitos nocivos está relacionada à duração, frequência e intensidade com que é usada, podendo determinar má-oclusão dentária, má-postura de língua e problemas articulatórios. Também é possível ver outras formas de acalmar as crianças, como música, um carinho e, principalmente, colo”, esclarece. “Essas são as melhores maneiras para fazer o choro parar e, além disso, ainda estamos aumentando nosso vínculo com nossos filhos, fazendo com que eles percebam que nós é quem somos o porto seguro deles, e não a chupeta. Esse simples ato de colocar no colo e acalentar, pertinho da mãe, faz com que os bebês sintam-se ‘em casa’, pois reconhecem seu cheiro e batimentos cardíacos. É o que dá segurança e tranquilidade à criança, além do toque, da voz e do olhar afetuoso da mãe. Por isso, não raro o bebê para de chorar quando está em seus braços, segundo estudos do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo”.

A especialista afirma que “a velha teoria de que colo deixa a criança mimada está perdendo adeptos, para sorte dos bebês. Entre os argumentos a favor, estão a segurança e o afeto transmitidos a eles, sentimentos que mesmo em excesso não fazem mal a ninguém”.
            
 Carolina Cavalcante
Graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e especialista em ortodontia pelo Grupo de Estudos Ortodônticos e Serviços (Gestos/SP),  Carolina Cavalcante tem cursos avançados em Aparelho Autoligado e Oclusão e DSD (Instituto Vellini, SP). Em Fortaleza, mantém uma clínica homônima com técnicas e equipamentos modernos e coordena uma equipe de dentistas especializados que oferecem um atendimento personalizado em nove tratamentos de excelência: ortodontia veloz; ortodontia convencional; ortodontia estética; infantis; clareamento dental; facetas de porcelana e lentes de contato; implantes e próteses; gengivais e disfunção; na ATM. A Clínica Carolina Cavalcante fica na Duets Office Tower (Rua Dr. Gilberto Studart, 55 - Cocó), em Fortaleza. Informações: (85) 3181.8157 e carolinacavalcanteortodontia@gmail.com.


SUGESTÃO QUADRO COM DICAS:

- Até os 2 anos de idade, existem a necessidade de sucção;
- Ofereça mordedores, brinquedos para que a criança possa levar a boca. Este é o jeito dela de conhecer o mundo;
- Fique de olho na intensidade, frequência e duração do uso da chupeta;
- A chupeta deve ser associada à hora de dormir. Deixe-a no berço sempre;
- Se a criança começar a chupar o dedo, sempre que ver, ofereça objetos para que a criança retire o dedo da boca para pegá-los;
- Existem outras formas de acalmar seu filho, e colo é uma das melhores;

- Procure um dentista de forma preventiva, para não permitir que alguma má oclusão se instale e precise de intervenção.

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