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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Novembro] Pesquisa da Academia Brasileira de Neurologia aponta insatisfação de especialistas com planos de saúde

De 25 de setembro a 20 de outubro, a ABN promoveu uma pesquisa com os associados para mapear as relações entre os especialistas e as empresas de seguro e planos de saúde. A consulta teve 224 participantes e identificou os principais problemas para o atendimento médico no sistema suplementar.

A maior parte (51,34%) possui mais de 15 anos de formado, pertencendo às regiões Sudeste (46,43%) e Sul (23,21%). Do total, 32,59% atendem de um a três planos de saúde, 4,46% de quatro a cinco e 26,34% trabalham para mais de cinco operadoras.
Os outros 36,61% não atuam no segmento. Entre eles, prevalece a justificativa da baixa remuneração para evitar vínculos com as operadoras (82,39%).

“O Sudeste concentra a maior população dos entrevistados,  presentes em polos regionais, decorrentes, provavelmente, da superespecialização. Havendo desigualdade geográfica entre a oferta e a procura, são necessários programas de incentivo para viabilizar os perfis desses profissionais, sob um olhar para o futuro. Já o fato de 36,61% não trabalharem com planos de saúde reflete uma tendência atual, consequente à competitividade do mercado privado e às exigências, sobretudo, nos consultórios. Baixa remuneração salarial, dificuldades nos relacionamentos, interferência nas propostas de tratamento e restrição na solicitação e na autorização de exames são fatores que dificultam os neurologistas a atuarem com planos de saúde”, avalia Francisca Goreth Fantini, coordenadora da Comissão de Exercício Profissional da ABN.

Interferência no exercício da medicina é gritante
Do grupo que atende planos de saúde, menos de 30% consideram o relacionamento bom ou ótimo. E apenas 1,41% diz que a remuneração é boa. A avaliação ótima não teve uma só indicação. Trocando em miúdos, isso significa que praticamente 99% estão insatisfeitos com os valores dos honorários.

A autonomia no exercício profissional da medicina é desrespeitada de maneira alarmante. Oito entre cada dez especialistas responderam que sofrem interferência em suas decisões (56,34% às vezes e 15,49% com frequência).


Restrições na solicitação e na autorização de exames foram apontadas por 87,47%. Cinco em cada dez médicos enfrentam dificuldades para internar um paciente, algo inconcebível.

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