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quinta-feira, 10 de junho de 2010

[Teatro – CE] Inveja dos Anjos, premiado espetáculo da Armazém Companhia de Teatro, faz três apresentações no TJA

Patricia Selonk e Thales Coutinho em INVEJA DOS ANJOS

Após as recentes e bem-sucedidas montagens de dois autores geniais do século XX, Bertolt Brecht (Mãe Coragem e seus Filhos) e Nelson Rodrigues (Toda Nudez será Castigada), a Armazém Companhia de Teatro retoma o caminho da dramaturgia própria. Inveja dos Anjos é mais um fruto do processo de criação forjado em 22 anos de grupo, radicalizando nas formas narrativa e espacial, para abordar as relações na família, na amizade e no amor. O espetáculo apresenta-se em Fortaleza, nos dias 11, 12 e 13 de junho, às 20 horas, no Theatro José de Alencar.


Marcelo Guerra em  INVEJA DOS ANJOS

O poeta Maurício Arruda Mendonça e o diretor Paulo de Moraes assinam a dramaturgia desta montagem que venceu o Prêmio Shell de Teatro 2008, nas categorias de Melhor Autor e Melhor Atriz (Patrícia Selonk), além do Prêmio APTR 2008, nas categorias de Melhor Espetáculo e Melhor Iluminação (Maneco Quinderé).
Ambientado numa ferrovia com trilhos que começam e terminam no infinito, "Inveja dos Anjos" traça uma narrativa que atravessa a história de Tomás (Ricardo Martins), Cecília (Patrícia Selonk) e Luísa (Simone Mazzer). E a partir do encontro dos três amigos – que discutem suas memórias -, o passado vai se materializando em cena e personagens como Eleazar (Marcelo Guerra), Branca (Simone Vianna), Rocco/homem sem braço (Thales Coutinho) e Natália (Verônica Rocha) surgem, na forma de afetos perdidos ou a serem descobertos.

A Turnê Nordeste de INVEJA DOS ANJOS inclui ainda as cidades de Salvador, João Pessoa, Mossoró, Natal e Recife.


Espetáculo - Inveja dos Anjos
Com Armazém Companhia de Teatro - www.armazemciadeteatro.com.br
Direção: Paulo de Moraes
Dramaturgia: Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes
Elenco: Marcelo Guerra (Eleazar), Patrícia Selonk (Cecília), Ricardo Martins (Tomás), Simone Mazzer (Luísa), Simone Vianna (Branca), Thales Coutinho (Rocco/homem sem braço) e Verônica Rocha (Natália).
Iluminação: Maneco Quinderé
Figurinos: Rita Murtinho
Cenografia: Paulo de Moraes e Carla Berri
Trilha Sonora (Composição e Pesquisa): Ricco Viana
Projeto Gráfico: Alexandre de Castro
Fotografias: Mauro Kury
Produção Executiva: Flávia Menezes
Produção: Armazém Companhia de Teatro
Patrocínio: Petrobras
Produção Local: Mário Alves - Procult

Ingressos à venda na bilheteria do Theatro José de Alencar:
R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, maiores de 60 anos, clientes com o Cartão Petrobras na compra de até 2 ingressos)

Serviço:
Dias 11, 12 e 13 de junho – sexta-feira, sábado e domingo
Horário: 20 horas
Local: Theatro José de Alencar
Informações: (85) 31012583
Duração: 1h45 
Gênero: Drama - Desaconselhável para menores de 12 anos
Capacidade: 776 lugares


Críticas sobre INVEJA DOS ANJOS:

Amor pelo teatro segundo a Armazém

 “ (...) É um trabalho de amor, que flui ao expor aos olhos da platéia aquelas vidas pobres porém ricas, que continuam por sua estrada como podem, curtindo pequenas alegrias, encarando as tristezas da melhor maneira.
O belo cenário, a estrada pela qual passam tanto o trem quanto as vidas dos que moram junto dela, é parte da trama, é personagem, uma contribuição fortíssima, porém não excessiva e nem exibicionista. Os figurinos de Rita Murtinho são exatos para o ambiente da trama e, por isso mesmo, também parte dela, e a luz de Maneco Quinderé completa o conjunto orgânico, funcional, que é a encenação de "Inveja dos anjos".
A direção de Paulo de Moraes, sendo ele um dos criadores do texto, conduz o espetáculo em cada detalhe no tom exato para as vidas que narra, com a vantagem da intimidade com o grupo que integra o Armazém. O elenco tem toda a harmonia da equipe, da comunicação de quem se conhece e trabalha junto já há tempos.
Esse trabalho de equipe resulta em um rendimento rico, sem preocupações de destaque. Mesmo assim é impossível não destacar Patrícia Selonk e Simone Mazzer, sem reconhecer, por isso, o bom nível do trabalho de Marcelo Guerra, Ricardo Martins, Simone Vianna, Thales Coutinho e Verônica Rocha.
Inveja dos anjos é mais um ótimo trabalho da Armazém Companhia de Teatro. É um dos melhores trabalhos do ano. Merece a atenção do público carioca.” Bárbara Heliodora (O Globo)

Um bonito trem chamado memória

“ (...) O que mobiliza a emoção é algo que paira sobre as histórias e as perpassa. Suavemente, percebe-se que a estação de trem não é só lugar geográfico, mas um ponto num tempo mítico, nesse trilho que começa e termina no infinito. Habilmente, a dramaturgia faz todos os elementos convergirem para a revelação de que esse espaço de suspensão não está isolado. Nunca será possível realizar o ritual individualista proposto no ponto de partida da peça - apagar o passado. Há um trilho que vincula todos nós à mesma memória ancestral, à história da humanidade. As narrativas comovem. Mas podiam ser outras. O que toca fundo é o sentido dessa estação, desse trilho: é a condição humana. Não somos anjos.”Beth Néspoli (O Estado de São Paulo)

Armazém combina palavra e imagem em Inveja dos Anjos

“(...) O encenador Paulo Moraes, que aqui é também, ao lado de Maurício Arruda Mendonça, dramaturgo, e, ao lado de Carla Berri, cenógrafo, propõe uma discussão sobre a potência criativa, seja aquela que resulta em obras, livros e espetáculos, seja a que se explicita na vida, e no fado que cada ser humano constrói para si.
Dois personagens --o do escritor que tenta colocar no papel o vivido para tentar dar sentido a ele e o do mágico que busca viver os seus sonhos, tentando transformar em realidade as ilusões da prestidigitação-- são exemplares da tensão entre o que parece possível e o que de fato se realiza.
Temperando os dois polos, há o carteiro que viola correspondências e faz o cruzamento entre o que se escreve e o que se vive. As personagens femininas --a garçonete abandonada, as filhas rejeitadas e as mães enlouquecidas-- propiciam as definições que irão explodir o que era previsível e transformar os destinos (...) A Cia. Armazém tem uma trajetória de quase 20 anos e, há mais de dez, trabalha em condições ideais com sede própria e subvenção segura. Um espetáculo como "Inveja dos Anjos" honra as apostas que se fizeram na companhia e confirma sua maturidade.
Além da direção de Paulo Moraes, aqui mais do que nunca um dramaturgo que encena, ou que escreve diretamente no espaço, ainda conciliado com a palavra, não se teria alcançado esse nível sem a qualidade homogênea de seus atores e atrizes, em que excede o talento de Patrícia Selonk. Seu trabalho é de causar inveja nos anjos.” Luiz Fernando Ramos (Folha de São Paulo)

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