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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Show] FREE LANCER PRODUCÇÕES TRAZ NAÇÃO ZUMBI A FORTALEZA







 
Dentro do ciclo de espetáculos em comemoração aos 30 anos da Free Lancer Producções, a produtora cearense traz a Fortaleza a banda Nação Zumbi, que fará uma única apresentação na Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura no próximo dia 06/12, às 21h. A abertura e encerramento do show ficam por conta do DJ Guga de Castro e toda a sua mistura de ritmos, em perfeita harmonia com o som da Nação Zumbi. Os ingressos já estão à venda na Bilheteria do Dragão do Mar, no quiosque da Bilheteria Virtual do Shopping Del Paseo e pelo site www.bilheteriavirtual.com.br e custam R$ 50,00 (meia front stage) e R$ 30,00 (meia pista).
A banda pernambucana apresenta em Fortaleza o show de lançamento do seu mais recente trabalho, o disco Nação Zumbi (slap/Natura Musical). No palco, Jorge Du Peixe (voz), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupillo (bateria), Toca Ogan (percussão), Gilmar Bola 8, Da Lua e Tom Rocha (alfaias) tocam as inéditas “Cicatriz”, “Bala perdida”, “Foi de amor”, “Defeito perfeito”, além das clássicas “Manguetown”, “Meu maracatu pesa uma tonelada”, “Blunt of Judah” e “Hoje, amanhã e depois”, entre outras.
 “Cicatriz” está entre o iê-iê-iê e o bolero pós-moderno, com a guitarra de Lucio Maia por vezes entoando surf music, e comprova a vontade da banda em não se ater a modelos consagrados. “Bala Perdida” traz o baixo marcante de Dengue e uma letra inspiradíssima – uma crônica que narra o quase encontro com um projétil. “Defeito Perfeito”, canção de letra ultrarrealista, parte do reggae com zumbidos eletrônicos, comprovando um certo ecletismo ao longo da audição.
Nação Zumbi conta com canções como “Um Sonho”, que habita um patamar bem acima das costumeiras músicas românticas, confundindo a lógica. Na mesma pegada vem “Nunca Te Vi”, uma espécie de insight recorrente sobre amores idealizados que caminha para uma psicodélica sonora. “Não entendo muito bem quando querem definir a unidade de um disco”, du Peixe discorre sobre uma medida para lá de arbitrária. “Aqui são onze faixas como se fossem onze capítulos diferentes de um livro”, ele completa.
Assim, episódios mais introspectivos, como “Novas Auroras” e as “saudades do que nem foi” – uma investigação do tempo e seus ardis, marcada por vários timbres de guitarras – convivem com o rock que invita à dança e ao jogo de palavras de “Cuidado”, a belíssima “Foi de Amor”, e “Pegando Fogo”, que fecha o disco com uma guitarra nervosa junto com a familiar tonelada sonora fornecida por Toca Ogan (percussão), Gilmar Bola 8 (tambor) e Pupillo (bateria). Nação Zumbi agrega todos os elementos que tornou a banda uma das mais respeitadas e influentes desde a década de 90.

Breve história de uma Nação
Há exatos 20 anos, um dos grupos mais importantes do país lançava seu primeiro registro para a posteridade. Da Lama ao Caos, álbum de estreia de Chico Science & Nação Zumbi saiu em abril de 1994. O trabalho foi um marco de uma turma que criou uma cena que criou um movimento que, enfim, desestabilizou o eixo da produção musical no Brasil. Como a obra de outras bandas conterrâneas, era o expressar sonoro dos caranguejos com cérebro, da parabólica na lama, e tudo o mais que as pessoas sabem, sentem, ou ouvem dizer como manguebeat. A diferença é que essa banda das cercanias de Recife se fez conhecida no mundo, muito mais do que todas as outras.
O segundo álbum, Afrociberdelia, foi lançado em junho de 1996, e em menos de um ano, a banda – e o mundo – perdeu Chico Science. Apesar do baque gigantesco, não foi o fim. “Quando fica a cicatriz, fica difícil de esquecer…”, mas a Nação Zumbi se reestruturou e soube se reinventar ano após ano, disco após disco até chegar aqui. Acumulou então mais seis álbuns de estúdio – CSNZ (1998), Rádio S.Amb.A (2000), Nação Zumbi (2002), Futura (2005), Fome de Tudo (2007) e o novíssimo, novamente intitulado Nação Zumbi – além de dois álbuns ao vivo que também viraram vídeos em DVD: Propagando ao Vivo (2006) e Ao Vivo no Recife (2007). O lançamento do décimo álbum da carreira vem perto do show da Nação Zumbi no Lollapalooza, oportunidade para mostrar as músicas novas e relembrar tantas outras desses 20 anos.
Milhares de passos e milhões de outros lugares, o que era leitmotiv então ficou na essência. Hoje, a banda suscita o manguebeat, mas também faz nascer outros sons, de uma seara lavrada por tantos anos. Não é acaso a Nação Zumbi ser até hoje uma das bandas mais influentes e respeitadas na música brasileira.
José Julio do Espirito Santo - Abril/2014 - www.nacaozumbi.com.br

SERVIÇO:
Show Nação Zumbi e DJ Guga de Castro
Data: 06 de dezembro de 2014, sábado
Hora: 21h
Local: Praça Verde do Dragão do Mar
Pontos de venda: Bilheteria do Dragão do Mar (terça a domingo, das 14h às 20h) / Quiosque da bilheteria virtual no 3º Piso do Shopping Del Paseo / www.bilheterialvirtual.com.br
Preços: Front Stage: R$ 50,00 (meia) e Pista: R$ 30,00 (meia) + R$ 2,00 Taxa ADM por ingresso

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