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sábado, 23 de agosto de 2014

Exposição] "Patrimônio Imaterial" - a partir de 20 de agosto na Caixa Cultural Fortaleza







A cultura viva do povo brasileiro em exposição na CAIXA Cultural Fortaleza
Lugares, formas de expressão, saberes e ofícios das cinco regiões fazem parte da exposição

A CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, de 20 de agosto a 26 de outubro, a exposição "Patrimônio Imaterial – A Cultura Viva dos Povos". Um total de 30 bens imateriais do povo brasileiro – lugares, formas de expressão, saberes e ofícios transmitidos e renovados de geração em geração de todo o país – estarão à mostra em duas galerias do prédio.

Para compor a exposição, os idealizadores Fernanda Pereira (profissional de relações públicas – Porto Alegre), Mirna Brasil Portella (escritora e pesquisadora na área de cultura brasileira – Rio de Janeiro) e Luiz Prado (produtor cultural – Rio de Janeiro), contaram com a curadoria do historiador Luciano Figueiredo, que buscou bens imateriais registrados ao longo de 12 anos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do Governo Federal que apoia o projeto por meio do Departamento de Bens Imateriais. Entre o material exposto, estão peças gentilmente cedidas por vários museus do país.

Por meio de textos, fotos, vídeos, músicas, sons e objetos, os bens imateriais apresentados são distribuídos em três blocos, em forma de aldeias circulares que podem ser atravessadas em um percurso livre, de acordo com a vontade de cada visitante. A primeira aldeia representa os povos que construíram a identidade do brasileiro. São imagens de índios, portugueses, italianos, africanos, japoneses e alemães, cujos traços estão miscigenados na população brasileira, que cria e recria suas manifestações culturais.

Na segunda aldeia estão as paisagens, imagens de cidades, aldeias, sítios históricos, cachoeiras e praias que formam o rico patrimônio natural do país. Os ofícios, saberes e fazeres do povo brasileiro estão na terceira aldeia. Eles estão representados na pintura, no tear, na dança, entre outros bens reconhecidos como imateriais. Um exemplo: o Ofício das Baianas do Acarajé é apresentado por meio dos ingredientes usados para o quitute e do tacho onde é feita a massa. “O patrimônio não é o bolinho, mas tudo o que está envolvido na preparação, é essa imaterialidade que queremos passar para as pessoas”, explica o curador.

Os bens expostos: Entre os bens imateriais presentes à exposição estão: a Cajuína, que entrou para o Livro dos Saberes do Iphan no dia 15 de maio de 2014; o modo artesanal de fazer queijo de Minas nas regiões do Serro e das serras da Canastra e do Salitre, em Minas Gerais; e a Cachoeira de Iauaretê, lugar sagrado dos povos indígenas no Amazonas.

“O público poderá ver o barro usado para fazer a panela da moqueca, o processo da confecção, o significado desse trabalho; entender o saber envolvido na elaboração das bonecas Karajás, do acarajé, de uma festa religiosa, e a importância de uma cachoeira mítica", revela Figueiredo. "A maioria dos brasileiros não tem conhecimento sobre esses bens imateriais”, comenta.

Antes de chegar a Fortaleza, "Patrimônio Imaterial - A Cultura Viva dos Povos" esteve em exposição na Caixa Cultural do Rio de Janeiro. Depois de Fortaleza, a exposição segue para Salvador, onde será aberta em dezembro.

O Ceará: No Ceará, algumas manifestações culturais estão em processo de registro pelo Iphan. Em fase final da instrução do processo de registro estão: a Festa do Pau de Santo Antônio de Barbalha e o Teatro de bonecos popular do Nordeste. E mais: Romarias de Juazeiro do Norte, em devoção ao Padre Cícero e Nossa Senhora das Dores; Cocos do Nordeste; Ofício de Vaqueiro; Literatura de Cordel; Matrizes tradicionais do Forró; Romarias de Canindé, em devoção a São Francisco; e o Maracatu do Ceará.

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