► III Festival Internacional de
Folclore do Ceará
De 20 a 23 de novembro, o
Instituto União de Arte Educação e Culturas Populares, com a promoção da Encena
Produções, recebe em Fortaleza 18 grupos de tradições e cultura popular de
vários estados do Brasil e da Colômbia para a terceira edição do Festival Internacional
de Folclore do Ceará, que já é um dos maiores do Norte-Nordeste. A programação
abre no dia 20 com a realização de um seminário e apresentação artística em
comemoração ao dia da Consciência Negra.
A programação acontece de forma
itinerante tendo o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura como palco principal,
porém outros espaços e equipamentos culturais receberão também essa Mostra
Artística, como: Mercado dos Pinhões, Cagece, Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará, Centro Cultural Bom Jardim, Teatro Carlos Câmara, Colégio Agnus, North
Shopping Fortaleza, Via Sul Shopping, North Shopping Jóquei, Cuca Mondubim,
Asilo Casa de Nazaré e projetos sociais.
Além de apresentações, o festival propicia aos artistas do Ceará
oficinas e vivências, aula espetáculo e encontros de formação.
O Festival busca contribuir para
o intercâmbio e disseminação dos saberes e fazeres culturais entre os povos
fortalecendo a cultura popular, simbolizada pela integração e qualidade
artística dos grupos presentes ao evento. Trata-se de um evento que trabalha
formação, capacitação e entretenimento com oficinas, vivência, seminário,
intercâmbio, aula-show e apresentações de Danças Populares envolvendo Grupos
Folclóricos de Projeção Nacionais e Internacionais.
Um dos destaques é o grupo
colombiano Corporación Dancística Matices – (Medellin), além das atrações já
confirmadas de Pernambuco, Pará e Mato Grosso e 12 grupos cearenses sendo 10 de
Fortaleza e dois do interior do Ceará, Senador Pompeu e Umari. Aguardamos a
confirmação da Bolívia e do Rio Grande do Sul.
Sobre o projeto
O Festival Internacional de
Folclore do Ceará já recebeu mais 1.400 artistas e 44 grupos de projeção até
sua 2ª edição, recebendo inclusive o reconhecimento como um dos maiores
encontros das tradições folclóricas do País.
Em 2012 o festival cumpriu o anseio de grupos e público, que queriam
muito um evento dessa expressão. Em 2013 ampliou a programação, passou pelo
crivo de folcloristas, pesquisadores, jornalistas e críticos, fixou-se no
calendário oficial e torna o Ceará como um grande palco da cultura popular
brasileira que vem sendo procurado pelos grupos internacionais e nacionais.
A organização do Festival
Internacional de Folclore do Ceará, em sua 3ª edição, homenageia Lourdes Macena
(professora, folclorista e pesquisadora da cultura popular); Lyrysse Porto
(pioneira e incentivadora dos grupos de danças folclóricas de idosos,
ex-diretora do Teatro São José e do Museu do Maracatu Cearense) e Francisco
Silva de Freitas (in memorian) (professor, folclorista e pesquisador da cultura
popular), além do Grupo Parafolclórico Terra da Luz.
Sobre as atrações
Na abertura teremos o espetáculo
CeArial com o Grupo Parafolclórico Fulô do Sertão de Senador Pompeu/CE. Em
homenagem a Ariano Suassuna o grupo apresenta o caldeirão de cultura popular
brasileira sobre Movimento Armorial fazendo a ligação de ritmos como o maracatu
rural de Pernambuco e o Maracatu do Ceará, xote, xaxado, forró coco e baião
fazendo uma dobradinha cultural. CeArial
traz os encantos do Movimento Armorial e invadem os terreiros cearenses.
A Coorporación Dancística Matices
de Medellín da Colômbia é um dos destaques internacionais. O trabalho se
caracteriza pela criação de montagens coreográficas onde a tradição é
representada pela cultura e costumes de várias regiões do país. Desta forma, dá
ao espectador uma mostra de folia das próprias danças, as idiossincrasias das
danças do interior com sua espontaneidade e sentimento, a elegância da dança de
salão e o foowork desafiador das planícies oriental. Tudo isto acompanhada de
uma proposta cênica onde dança mesclada de forma sutil folk com elementos
técnicos da dança clássica, recria um novo estilo, onde predomina a elegância e
versatilidade.
O Grupo de Xaxado Cabras de
Lampião é um musical de dança de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. É um
dos maiores divulgadores da dança xaxado e mantém a originalidade e
autenticidade conforme criada pelos bandoleiros do sertão. É uma trupe de
artistas sertanejos - exatamente da cidade que nasceu Virgulino Ferreira da
Silva, o Lampião - que reproduziu no palco como os cangaceiros se divertiam nas
caatingas, nos intervalos dos combates. O espetáculo conduz o espectador a um
mergulho no mundo místico do sertão.
Os grupos convidados apresentam
uma diversidade de ritmos e danças: maracatu, ciranda, lundu, siriri, carimbó,
boi, curussê, coco, dança do congo, baião, xote, xaxado, puxada de rede,
caninha verde, cumbia, pasillo, vueltas antioqueñas, merengue campesino,
fandango, abozao, jaleo sanjuanero, bambuco, porro chocano e danças espanhola.
_Dias 20, 21, 22 e 23 de
novembro, a partir das 19h, na Praça Verde. Acesso livre. Informações: (85)
3023.3064. Site:
www.festivaldefolcloredoceara.com.br
► Show Histórias de Luz – Calé
Alencar & Pingo de Fortaleza
100 anos sem Dragão do Mar e 130
anos da Abolição no Ceará em Livro e CD
O show Histórias de Luz, com os
artistas Calé Alencar & Pingo de Fortaleza acontecerá no dia 20 de novembro
de 2014, Dia Nacional da Consciência Negra, às 20 horas, no Teatro do Centro
Dragão do Mar de Arte & Cultura. Por ocasião do show, será lançado o projeto
Histórias de Luz – 100 Anos sem Dragão do Mar e 130 da Abolição no Ceará,
composto de livro e CD, abordando através das linguagens da literatura, artes
visuais e música a figura do líder abolicionista Francisco José do Nascimento,
o Dragão do Mar, e o acontecimento da abolição no Ceará, além de temas
correlatos a estes segmentos.
Parceiros de muitas andanças, o
caminhar compartilhando de Calé Alencar & Pingo de Fortaleza tem início
pelo fato de ambos serem nascidos sob o mesmo sol de Fortaleza, e pelo
exercício do diálogo mantido em suas respectivas carreiras artísticas, entre
casos e ocasos com os quais, ao longo das trajetórias individuais e coletivas,
a vida os presenteou com momentos de parceria e partilha. A união dos dois
artistas já resultou em outros projetos, a exemplo do CD Dragão Vivo, em
parceria com o cantor e compositor Dilson Pinheiro, lançado no ano de 2000.
O projeto Histórias de Luz – 100
Anos sem Dragão do Mar e 130 da Abolição no Ceará, organizado por Calé Alencar
e Pingo de Fortaleza, resultou em livro com textos assinados por Alex Ratts,
Descartes Gadelha, Francisco Pinheiro, Gilmar de Carvalho, Guaracy Rodrigues,
Hilário Ferreira, Ivaldo Paixão e Zé Melancia, além de um texto assinado pelos
próprios organizadores, que dialogam com as ilustrações de Descartes Gadelha e
as canções de Calé, Pingo e os parceiros Alan Mendonça, Carlos Pitta, Henrique
Beltrão, Descartes Gadelha e Dilson Pinheiro, gravadas no CD que acompanha o
livro.
Assim, textos canções e desenhos
destas Histórias de Luz do livro e CD dialogam não só em torno do Dragão do Mar
e da temática da libertação dos escravizados no Ceará, mas vão mais além e
refletem sobre nós mesmos e a presença do negro em nossa terra com suas lutas,
sua (in)visibilidade, suas irmandades e comunidades, seus entrelaçamentos e
casamentos, suas festas, figuras históricas, movimentos, formas de viver e de
se organizar, suas magias, paixões e sobre a produção artística que tudo isso
inspira e faz criar, porque estas Histórias de Luz são também as nossas
histórias aqui (re)cantadas e (re)desenhadas pelas luzes de todos que se
agruparam para sua construção.
O CD Histórias de Luz, produzido
por Calé Alencar e Pingo de Fortaleza, contou com a direção musical de Edmundo
Júnior e Luizinho Duarte, a participação dos músicos Adelson Viana, Cristiano
Pinho, Felipe Cazaux, Heriberto Porto, Marcus Vinnie e Pantico Rocha, além da
participação dos músicos da banda Donaleda, do Quarteto Cearense de Cordas e do
Trio de Metais.
No show de lançamento, que ocorre
no próximo dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, às 20 horas,
no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Calé Alencar e Pingo de
Fortaleza estarão acompanhados dos músicos Luizinho Duarte, Edmundo Júnior,
Marcus Vinnie, Descartes Gadelha e Kadu Lopes, entre outros.
O projeto Histórias de Luz – 100
Anos sem Dragão do Mar e 130 da Abolição no Ceará é uma realização da
Associação Cultural Solidariedade e Arte – Solar em parceria com a Casa da
Memória Equatorial, contando com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do
Ceará e da Coelce, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Ceará
(Lei do Mecenato). O show de lançamento é uma iniciativa do Centro Dragão do
Mar de Arte & Cultura e da Ceppir – Coordenadoria Especial de Políticas
Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, com entrada franqueada ao
público.
_Dia 20, às 20h, no Teatro Dragão
do Mar. Acesso gratuito.
► Espetáculo Made in Ceará
[teatro adulto]
Imaginem as diferenças culturais
entre brasileiros e americanos. Agora, imaginem estas diferenças do ponto de
vista do humor cearense, através do olhar criativo e particular de um cearense
naturalizado americano. É neste contexto que se insere o espetáculo "Made
in Ceará", monólogo protagonizado por Edmilson Filho, premiado ator de
cinema, que iniciou sua carreira como humorista. Tocando em assuntos diversos,
o ator leva o público a uma viagem fascinante de lembranças e comparações sobre
as realidades dos dois países de uma forma engraçada e original.
Da diferença entre um mero
diálogo em uma fila da Disney nos EUA e uma fila em um terminal de ônibus
qualquer no Ceará a assuntos mais complexos, como as formas de abordagens das
professoras infantis aos pais dos alunos, o espetáculo discorre com muito humor
e um olhar único e inédito do contraste cultural que, ao contrário do que
muitos imaginam, diferenciam drasticamente Brasil e EUA.
Se os EUA tem no Super-Homem,
Homem-Aranha, dentre outros, suas referências de histórias de super-heróis, no
Brasil temos o Saci-Pererê. Em compensação, quando o Saci resolve lutar, todo
chute é uma "voadora".
Sem perder a autoestima diante
das dificuldades sofridas para a adaptação em um país "estranho" e
sem falar a língua, o exemplo do Saci reflete o olhar observador e bem humorado
de Edmilson, que a partir de tais observações começou a criar um paralelo entre
as duas culturas, resgatando memórias de infância e unindo-as às novas
experiências que transitam por temas como as relações familiares, inseguranças,
sexualidade, festas, consumo de bebidas, linguagens e expressões corporais,
dentre vários outros temas divertidos e até mesmo insólitos.
O espetáculo MADE IN CEARÁ não é
só humor, mas um brinde a nossa cearensidade. As sutilezas da vida passam ali,
mostrando especificidades nossas que só um cearense entende de verdade. A
comparação ao povo americano nos faz pensar o quanto somos diferentes, mas o
quanto somos de verdade, o quanto somos a nata do lixo, o luxo da aldeia, somos
do Ceará, como diz Ednardo em Terral.
Carregamos na bagagem um
palavreado só nosso, repleto de afetações, transgressões, mas que representa o
que há de mais importante em um povo: a sua cultura. Dizer “o cão comendo
mariola”, “menino amofinado”, “Aí dentro” é tão legítimo quanto um “Oh my God”
dos americanos, e não nos faz grosseiros ou rudes, pelo contrário, nos faz
gente, gente com toda a intensidade da palavra. Edmilson incorpora o cearense
feliz e realizado que traz na pele as sentenças de um povo de bem com a vida.
Por ser cidadão americano e presenciar as especificidades desse povo, consegue
como ninguém retratar o seu dia a dia. Comparar as várias situações do
cotidiano desses povos (cearenses e americanos) é no mínimo inusitado, pois
quem os conhece sabe que há uma cratera entre os dois. Mas aí é que está o
grande charme de MADE IN CEARÁ, mostrar que as diferenças muitas vezes
aproximam e que apesar de tão diferentes sempre há uma intersecção. O humor
consegue deixá-los em um único patamar: povos diferentes, sem superioridade nem
inferioridade.
Edmilson consegue ser engraçado
não só pelo texto, mas pela apresentação corporal. Os gestos, a fisionomia, os
trejeitos dão equilíbrio ao que um ator precisa em cena. O palco é dele e de
mais ninguém.
_Dias 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de
novembro, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos e horário a definir.
►Recital e Feira Cordel com a
Corda Toda
Tão característica da cultura
nordestina, a literatura de cordel tem vez e lugar no Centro Dragão do Mar de
Arte e Cultura. Todo mês, tem Recital e Feira Cordel com a Corda Toda,
realizado em parceria com a AESTROFE – Associação de Escritores, Trovadores e
Folheteiros do Estado do Ceará, instituição que congrega boa parte dos poetas
populares do nosso estado. A Feira ocorre sempre paralelamente ao recital com
os principais expoentes da Literatura de Cordel na atualidade, das 17h às 21h.
Os artistas declamarão versos autorais e de vários outros poetas populares.
_Dia 21, às 17h, no Espaço
Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito.
► Mostra As Travestidas
O Coletivo Artístico As
Travestidas, atuante desde 2008 em Fortaleza e outras cidades do Nordeste,
consiste em um grupo de oito artistas de diferentes vertentes, como teatro,
dança, música, vídeo e performance, visando a legitimação da cultura Trans, tão
presente em nossa sociedade, mas sempre vítima de preconceito.
A Mostra As Travestidas irá
trazer para o público alguns dos espetáculos que fizeram deste coletivo um dos
destaques do cenário cultural do Ceará:
21 de Novembro
"UMA FLOR DE DAMA" (50
min) - Texto e direção: Silvero Pereira
22 e 23 de Novembro
"BR-TRANS" (70 min) -
Texto: Silvero Pereira - Direção: Jezebel de Carli
_Dias 21, 22 e 23, às 20h, no
Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia) + 1kg de alimento não
perecível
► A Arca – Acústico [show
musical]
Tributo à banda Legião Urbana
Através da música, num novo show
acústico, a banda procura mostrar grandes sucessos da Banda Legião Urbana. A
banda natural do Bairro Bom Jardim já toca a bastante tempo, suas canções
românticas, protestantes e profundas, levando o público a refletir nos assuntos
abordados no evento. Com um repertório compostas pelas mais belas canções de
bandas como Legião Urbana, Rosa de Saron, Engenheiros do Hawai, capital inicial
e Outras. Na bagagem a banda já traz apresentações no CCBJ, CAIC, Shopping Bom
Mix, Hotel Porto da Aldeia, Praça de Santa Cecília, Barraca Atlantes, Clubes
dos Correios e Circo Escola do Bom Jardim. No vocal, violões e baixo Alexandre
Queiros, Violões e Guitarras Dalton Victor, no teclado e violões Francisco
Iran, e convidados.
_Dia 22, às 20h, no Espaço
Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito.
► Quarteto Cearense [Circuito de
Música Erudita]
O Quarteto Cearense é um dos
grupos solos da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho e apresenta, todo mês,
repertório que vai do barroco ao contemporâneo.
_Dia 23, às 18h, no Auditório.
Ingressos R$ 4 e R$ 2 (meia).
► Homenagem ao Dia da Consciência
Negra “Contando um ponto”
Em alusão ao Dia da Consciência
Negra, dia 20 de novembro, o Museu da Cultura Cearense oferecerá uma reflexão
lúdica sobre as heranças culturais do povo africano, através de contações de
histórias e reflexão sobre contos africanos, discutindo assim, a identidade
afro brasileira.
_ Dia 21, das 9h às 12h, no MCC.
Vagas para grupos que agendarem a visita para a atividade. Informações:
3488-8621 ou educativomcc@dragaodomar.org.br
► Oficina “Meu bairro é um museu”
Como é a paisagem do bairro onde
você vive? Qual a sua história nele? Qual monumento o caracteriza? Nesta
atividade, você será levado a pensar sobre seu bairro, construindo um
sentimento de apropriação da paisagem por meio da criação de lindos postais com
fotos, figuras e desenhos de ruas, ladeiras, casas, etc...
_Dia 22, das 16h30 às 18h, no
miniauditório do MCC. Vagas: 15 pessoas com 10 anos de idade ou mais.
Educadores: Iarla Lima e Joice Forte. Informações: 3488-8621 ou
educativomcc@dragaodomar.org.br
► Oficina Cores e Giros
Como um exercício para a pintura,
focando na obra de Ione Saldanha, artista presente na Mostra Carioca, o
Educativo MAC convida os visitantes a participarem de uma vivência que dialoga
as cores, a visão e a cidade dentro da trajetória da artista, possibilitando,
através desta experiência, novos olhares.
_ Dia 22, às 16h, no piso
inferior do MAC. Vagas: 10. Classificação etária: 12 anos. Acesso gratuito.
Educadores: Ada Ponte e Renata Damasceno.
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