Um grupo de 78 jovens artistas da
orquestra da Fundação Raimundo Fagner, sendo 41 de Canto Coral e 37
instrumentistas, sobe neste sábado (17), às 17horas, no palco do Teatro Carlos
Câmara (R. Senador Pompeu, 454 - Centro), em Fortaleza, para mostrar o
resultado de um amplos estudos sobre a música no império brasileiro, que
resultou no espetáculo "Sarau Imperial". O recital traz canções de
compositores brasileiros de um dos períodos mais efusivos da história da música
brasileiras. no período do império no Brasil. O repertório da apresentação traz
obras dos principais compositores da época, como Padre José Maurício Nunes
Garcia (1767–1830) e Marcos Portugal (1762–1830). O recital Sarau Imperial tem
entrada franca. Mais informações pelo fone (85) 3274.3726.
O espetáculo faz um resgate à
revolução provocada no ambiente musical carioca depois da chegada da corte
portuguesa. Com base no projeto D. João VI no Brasil - Música para o Príncipe,
os alunos da Fundação Raimundo Fagner oferecem ao público presente um
espetáculo que une música e história. O Recital é resultado do trabalho do
projeto Aprendendo com Arte, que atende cerca de 370 crianças e adolescentes de
Fortaleza e do município de Orós, no interior cearense. No projeto, eles
participam de grupos de flautas, grupos vocais e grupos de violão que estudam a
música brasileira, com direção musical do maestro David Castelo e orientação do
maestro Ezequiel Moreira.
A vinda da família real para o
Brasil consolidou o Rio de Janeiro como centro do poder colonial e mudou
sensivelmente a fisionomia da cidade. A necessidade de criar-se uma estrutura
administrativa que viabilizasse o governo do reino fez com que D. João VI
criasse, imediatamente após sua chegado, todo um aparato burocrático. Ainda em
sua estada na Bahia, decretou a abertura dos portos. Ato que punha fim aos 300
anos de sistema colonial. Nesse mesmo ano foi instalada, no Hospital da Ordem
Terceira do Carmo, a Biblioteca Real, fundou-se a Impressão Régia do Rio de
Janeiro, o Arquivo Nacional, foi permitida a instalação de fábricas e
manufaturas no Brasil e foi criado o Banco do Brasil. No âmbito cultural, o
período joanino foi marcado pelo acesso a livros e a uma relativa circulação de
idéias. Em 1808, foi editado o primeiro jornal da colônia.
No tocante à música, era também
necessário criar-se uma estrutura capaz de prover a devida gala para as
solenidades oficiais e para a vida cotidiano da cidade onde estava sediada a
monarquia portuguesa. Por essa razão, D. João VI criou, logo após sua chegada
ao Rio de Janeiro, a Capela Real, cujo primeiro mestre foi o Padre José
Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830). Em 1813, foi inaugurado o Real Teatro São
João e, por ordem do príncipe regente, músicos da Capela Real de Lisboa foram
transferidos para o Rio de Janeiro. Assim, em 1811, chegou Marcos Portugal
(1762 - 1830) ao Brasil, que substituiu o Pe José Maurício no mestrado da
Capela Real do Rio de Janeiro. Outro importante fato que impactou a vida
musical do Rio de Janeiro foi a chegada da Missão Artística Francesa, em 1816.
Com ela chegou Sigismund Neukomm, compositor austríaco discípulo de Joseph
Haydn. D. João VI mandou vir também cantores Castrati da Europa. Em 1819,
estreou a primeira ópera de Rossini no Rio de Janeiro:Tancred. A partir de
então foram suas óperas que passam a dominar a cena carioca. Verificou-se,
ainda no período joanino, o desenvolvimento de uma prática de música
instrumental de salão.
É, portanto, indiscutível a
revolução provocada, no ambiente musical carioca, pela presença da corte
portuguesa.
Repertório - Recital "Sarau
Imperial"
Mater Divinae – Francisco Manuel
da Silva
Beijo a mão que me condena – José
Maurício Nunes Garcia
Quem me viu aflito e triste –
Anônimo – Modinha do sec. XIX
Pelo amor de Deus Anônimo –
Modinha do sec. XIX
Eu nasci sem coração Anônimo –
Modinha do sec. XIX
Antífona para o Cântico
Benedictus – José Maurício Nunes Garcia
Hino da Independência – D. Pedro
I
Ganinha, minha Ganinha –
Anônimo – Modinha do sec. XIX
Quem achou o qu’eu achei –
Anônimo – Modinha do sec. XIX
Homens errados e loucos –
Domingos Caldas Barbosa
Domine Jesu –-, José Maurício
Nunes Garcia
Cotilhão – Instrumental violão
Batuque – Instrumental violão
Miudinho – Instrumental violão
Contradança – Instrumental
violão
Menuette Afandangado –
Instrumental violão
Sobre a Fundação Raimundo Fagner
Para contribuir com o
desenvolvimento humano e social das famílias do município de Orós, o cantor
Raimundo Fagner, filho da cidade, criou em 3 de abril de 2000 a Fundação Social
Raimundo Fagner, investindo em educação complementar para o desenvolvimento de
crianças e adolescentes na faixa etária de 7 a 17 anos. Estes são em geral de famílias com
renda inferior a um salário mínimo, em situação de risco social e matriculadas
na rede pública de ensino.
A Fundação Raimundo Fagner
desenvolve suas ações por meio do Projeto Aprendendo com Arte, uma proposta de
educação em arte que visa promover o desenvolvimento humano, o pensamento
artístico e a percepção estética, com oficinas de sensibilização nas diversas
áreas artísticas, principalmente na música. São 400 alunos recebendo programas
que trabalham o incentivo à educação, com aulas de literatura e informática,
capoeira e esporte, atividades orientadas para o desenvolvimento da
criatividade e relacionamento grupal, integração de atividades pedagógicas às
ações de saúde, ações de cidadania e de fortalecimento das relações familiares.
Nas oficinas de música são
desenvolvidas aulas de teoria musical, instrumentos musicais e de história da
arte, visando compartilhar esse conhecimento com crianças e adolescentes, usando
como temas de estudos os seguintes períodos musicais: ‘Momento Histórico:
Renascença, Barroco, Clássico, Romântico, Moderno e Contemporâneo’; e ‘Desafio:
Conhecer o modo como os artistas, na sua época, criavam sua arte’.
Projeto Aprendendo com Arte
O projeto Aprender com Arte
oferece a 370 alunos programas que trabalham no incentivo à educação, à
leitura, aulas de literatura e informática, capoeira e esporte, atividades
orientadas para o desenvolvimento da criatividade e relacionamento grupal,
integração de atividades pedagógicas às ações de saúde, ações de cidadania e de
fortalecimento das relações familiares.
Nas oficinas de música são
desenvolvidas aulas de teoria musical, instrumentos musicais e de história da
arte, visando compartilhar este conhecimento para crianças e adolescentes,
usando como temas de estudos os seguintes períodos musicais: ‘Momento
Histórico: Renascença, Barroco, Clássico, Romântico, Moderno e Contemporâneo’;
‘Desafio: Conhecer o modo como os artistas, na sua época, criavam sua arte’.
Lá eles participam de atividades
desenvolvidas nos grupos de flautas, grupos vocais e grupos de violão, grupos
de capoeira e percussão. Deles, originaram os espetáculos: Bumba-Meu-Boi, da
Fundação; Romeu e Julieta, de William Shakespeare; e o Recital trabalhado neste
período, “Os Jesuítas e sua Música para a Catequese”.
• Recital “Sarau Imperial”
Alunos da Fundação Raimundo
Fagner
Local: Teatro Carlos Câmara, Rua
Senador Pompeu 454, Centro - Fortaleza
Data: 17 de maio (sábado)
Horário: 17 horas
Entrada Franca
Informações: (85) 3274.3726.
FICHA TECNICA
Direção Musical: David Castelo
Direção Artística: Tereza Tavares
Assistente de Direção Musical:
Ezequiel Moreira
Arranjos: Ezequiel Moreira e
Raimundo Nonato
Maestros: Ezequiel Moreira e Raimundo
Nonato
Educadores de Flauta: Ezequiel
Moreira, John de Souza e Átila Felix
Educador de Violão: Neuberjonhson
Educador de Canto Coral:
Flaudeanno Gomes
Produção Executiva: Sandra
Queiroz, Rebeca Lemos e Amanda Martins
Figurino e Adereços: Sandra Queiroz
e Anderson Mendes
Cenografia: Anderson Mendes
Confecção de Figurino: Terezinha
Florencio
Concepção Gráfica e Fotografia:
Antonio Carlos Dias
Assessoria de Imprensa: : AD2M
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